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Polícia anuncia detenção de homens da "Junta Militar"

21 de novembro de 2019

Polícia moçambicana deteve seis alegados guerrilheiros da autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO, que estariam a preparar ataque na província da Zambézia. Corporação assegura estar preparada para proteger cidadãos.

Foto: DW/M. Mueia

A polícia garante estar a postos para combater os homens armados que têm realizado ataques no centro de Moçambique. Desde agosto, 10 pessoas morreram nos ataques e o Presidente Filipe Nyusi prometeu, na semana passada, que o Estado iria perseguir os responsáveis.

Timóteo Bernardo, vice-comandante geral da Polícia da República de Moçambique, assegurou esta quinta-feira (21.11) numa conferência de imprensa em Quelimane que a corporação já pôs mãos à obra.

"A partir do nosso comandante-em-chefe, o Presidente da República, recebemos um comando para agirmos no sentido de assegurarmos a pacificação do país", sublinhou.

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Detidos supostos guerrilheiros

Na quarta-feira, a polícia deteve seis supostos guerrilheiros da autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO. O grupo de dissidentes do maior partido da oposição é liderado por Mariano Nhongo.

Um dos detidos, suspeito de pertencer à "Junta Militar", Carlos L., afirmou à imprensa que recebeu ordens de Nhongo para recrutar guerrilheiros na província da Zambézia.

"Saí de Gorongosa para aqui na Zambézia, destacado pelo general Mariano Nhongo para recrutar jovens para fazer um quartel na Zambézia. Consegui recrutar 18 jovens e, porque fui capturado, não consegui completar a meta de 50 Jovens, para começar com ataques aqui na Zambézia", disse o suspeito.

A DW não pôde verificar estas informações de forma independente. Esta semana, Mariano Nhongo disse que estava disponível para negociar com o Governo moçambicano para acabar com a violência no centro do país. Mas voltou a ameaçar recorrer às armas se o Executivo se recusasse a dialogar.

Timóteo Bernardo, vice-comandante geral da PRMFoto: DW/M. Mueia

PRM garante proteção

A "Junta Militar" rejeita o líder da RENAMO, Ossufo Momade, e quer renegociar o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) no âmbito do Acordo de Paz, assinado em agosto entre Momade e o Governo moçambicano.

Face aos ataques no centro do país, o Presidente Filipe Nyusi sublinhou na semana passada que "não há mais espaço para guerra".

Timóteo Bernardo, vice-comandante geral da Polícia da República de Moçambique, garante a proteção dos cidadãos: "Nós todos acompanhámos os acordos de cessação das hostilidades de Gorongosa. As Forças de Defesa e Segurança, no geral, e a Polícia da República de Moçambique, em particular, têm-se desdobrado em medidas de proteção de pessoas e bens e também se têm desdobrado em medidas que conduzam à livre circulação de pessoas e bens".

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