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Zelensky volta a pedir "coligação de caças" no Reino Unido

tm | com agências
15 de maio de 2023

No Reino Unido, Zelensky recebe promessa de drones, mísseis e treinamento de pilotos, mas não de aviões de combate. Rússia diz que travou entrada de aviões de patrulha franceses e alemães no seu espaço aéreo.

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (esq.), e primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak
Foto: Carl Court/Getty Images

A visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao Reino Unido ocorreu no mesmo momento em que um ataque de mísseis russos matou quatro pessoas e atingiu um hospital no leste da Ucrânia, mas também enquanto o Exército ucraniano prepara uma contraofensiva contra a Rússia, anunciada há muito. 

Nesta segunda-feira, depois de se ter reunido com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, Zelensky afirmou estar "muito otimista" em relação à criação de uma "coligação" para o fornecimento de caças ao seu país, esperando-se que uma decisão seja tomada "o mais rápido possível".

Recusa dos países ocidentais

Os países ocidentais têm-se recusado a fornecer aviões de combate para ajudar a Ucrânia a assumir o comando dos céus contra a Rússia.

Mas o primeiro-ministro britânico disse que o Reino Unido está a preparar a abertura de uma escola de aviação para treinar pilotos e prometeu centenas de novos mísseis de defesa aérea e drones de longo alcance à Ucrânia.

Sunak recebeu Zelensky na mesma sala utilizada pelo líder britânico Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial, para transmitir discursos que prometiam a vitória sobre os nazis. "Da mesma forma, hoje, a sua liderança, a bravura e a coragem do seu país são uma inspiração para todos nós", disse Sunak a Zelensky.

O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak e Volodymyr Zelensky, em LondresFoto: Carl Court/AFP/Getty Images

"Mais destruição"

Em reação, a Rússia afirmou que as novas armas britânicas só causariam "mais destruição" e disse ter abatido um míssil de longo alcance "Storm Shadow", poucos dias depois de Londres ter anunciado que estava a entregar este tipo de armamento às forças armadas de Kiev.

Também nesta segunda-feira, o ministério da Defesa russo anunciou que enviou um caça para impedir que aviões de patrulha franceses e alemães entrassem no seu espaço aéreo sobre o Mar Báltico, depois de os ter detetado a voar em direção à Rússia.

De acordo com Moscovo, os voos estavam a ser efetuados por um avião de patrulha alemão P-3C e um jato de patrulha marítima francês Atlantic-2.

"Foram detectados dois alvos aéreos que se aproximavam da fronteira do Estado russo", afirmou o Ministério da Defesa no seu comunicado.

Caça russo Su-27 da força aérea da frota do Mar BálticoFoto: Vitaly Timkiv/Sputnik/dpa/picture alliance

"A fim de identificar os alvos e evitar que a fronteira russa fosse violada, foi ativado um caça Su-27 da força aérea da frota do [Mar] Báltico", acrescentou. Depois de o jato russo ter sido ativado e de os franceses e alemães se terem afastado da Rússia, o Su-27 regressou à base, disse o Ministério da Defesa.

A informação sobre os movimentos dos aviões não pôde ser verificada pela agência de notícias Reuters, que avançou a notícia.

O Presidente ucraniano de visita à Alemanha neste fim-de-semana e, ao fundo (em baixo, à esquerda), o chanceler alemão, Olaf ScholzFoto: Federico Gambarini/AFP/Getty Images

Contraofensiva ucraniana

A digressão do líder ucraniano pela Europa acontece enquanto se aguarda a contraofensiva ucraniana, prevista para o início do ano.

O momento e o foco da contraofensiva de alto risco da Ucrânia não são claros, mas a digressão de Zelensky pelas capitais europeias sublinhou a importância de garantir armas pesadas e munições ocidentais.

Nos últimos dias, a França ofereceu novamente dezenas de tanques ligeiros e veículos blindados, enquanto a Alemanha disse que estava a preparar um novo pacote militar no valor de 2,7 mil milhões de euros - o maior de sempre para a Ucrânia.

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