Zidane: Nome incontornável da vitória do Real Madrid
António Deus
18 de julho de 2020
Sob o comando de Zinédine Zidane, os "merengues" conquistaram o campeonato espanhol pela 34ª vez na história do clube. É o terceiro campeonato conquistado na última década.
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Na passada quinta-feira (16.07), o Real Madrid sagrou-se campeão espanhol de futebol. A uma jornada do fim da "La Liga", os "galáticos" venceram o Villarreal por 2-1 e nem precisaram da derrota do Barcelona, em casa, perante o Osasuna.
"Remontada” com selo "Zizou”
Antes do futebol espanhol parar devido ao surto do novo coronavírus, a casa de apostas apontava ao "tri" do Barcelona e não à vitória do Real Madrid. À 27ª jornada, o Barcelona liderava o campeonato, com dois pontos de avanço sobre o Real Madrid.
No entanto, após a paragem do campeonato, o Real Madrid, sob o comando de Zinédine Zidane, "varreu" a reta final da Liga. O Real Madrid venceu em todas as jornadas, dez consecutivas. Destaques para Sérgio Ramos e também para Karim Benzema. Autêntico abono de família dos "merengues", Benzema marcou 28 golos e prestou oito assistências nesta época.
Zinédine Zidane é um nome incontornável deste título de campeão. Esta é a segunda passagem do treinador francês de 48 anos pelo comando do Real Madrid. A primeira, entre 2015/16 e 2017/18, culminou com três vitórias na Liga dos Campeões e uma no campeonato espanhol. Desta vez e sem Cristiano Ronaldo, Zidane voltou a refazer uma equipa competitiva para combater a hegemonia interna do Barcelona, que também vive tempos de revolução no balneário.
Logo após a conquista do título de campeão nacional, Zidane admitiu que aquele momento tinha sido "um dos melhores dias da minha carreira".
"Vencer a Liga Espanhola é muito difícil, são 38 jornadas muito duras," disse o técnico do Real Madrid que deixou escapar um palavrão para expressar a sua satisfação com a conquista da "La Liga".
Zidane tem contrato até 2022, mas deixou em aberto se vai ou não cumprir o contrato até ao fim. Como treinador do Real Madrid, Zidane já soma 11 títulos e é o 2º treinador com mais troféus na história do clube - apenas atrás de Miguel Muñoz, lenda do Real Madrid, que conquistou 14 títulos entre 1960 e 1974.
Liga dos Campeões
Com o campeonato e a supertaça já no bolso, a situação na Liga dos Campeões não é a melhor. Na primeira mão dos oitavos de final da "Champions", o Real Madrid perdeu em casa por 1-2 para o Manchester City, de Pep Guardiola. A 2ª mão está marcada para o dia 7 de agosto. O Real Madrid não poderá contar com o patrão da defesa, Sérgio Ramos, que foi expulso no primeiro encontro. O Manchester City, depois de ter perdido o título para o Liverpool, aponta à "Champions" para "salvar" a época, troféu que nunca conquistou.
Guardiola lidera treinadores milionários
O técnico catalão do Manchester City é, atualmente, o mais bem pago no mundo do futebol. Uma lista em que a única exceção ao domínio dos treinadores europeus é o argentino Mauricio Pochettino, responsável pelo Tottenham.
Foto: picture-alliance/empics/S. Heavey
Pep Guardiola (Manchester City)
O técnico catalão, que depois do Barcelona e do Bayern de Munique assentou arraiais em Manchester, treina o City com sucesso e é o treinador mais bem pago do mundo do futebol. Ganha mais de 17 milhões de euros anuais de salário no clube inglês.
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José Mourinho (sem clube)
O ex-técnico do Manchester United, que orientou também o FC Porto, o Chelsea (por duas vezes), o Inter de Milão e o Real Madrid, aufere normalmente perto de 15,7 milhões de euros por ano nos seus contratos. Atualmente aguarda novos desafios, certamente também milionários...
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Carlo Ancelotti (Nápoles)
O italiano de 59 anos tem uma das folhas de serviço mais valiosas do futebol atual: AC Milan, Chelsea, Juventus, Paris Saint-Germain, Real Madrid e Bayern Munique. Agora em Nápoles, o treinador de Reggiolo ganha 10,2 milhões de euros por época.
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Mauricio Pochettino (Tottenham)
É um dos mais cobiçados treinadores do momento. O antigo "internacional" argentino está há cinco anos em Londres, treinando o Tottenham, e é o quarto técnico na lista de milionários: ganha anualmente no clube da capital inglesa 9,7 milhões de euros. Está há algum tempo na lista de desejos de alguns dos mais poderosos emblemas do mundo.
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Arsène Wenger (sem clube)
O treinador que marcou uma era no Arsenal tem um vencimento calculado em cerca de 9 milhões e meio de euros por ano. Depois de deixar os "gunners", aguarda por novos desafios. Há uma forte probabilidade de vir a assumir o cargo de diretor geral do Paris Saint-Germain no final da temporada, rendendo o português Antero Henrique.
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Zinedine Zidane (sem clube)
A antiga estrela francesa orientou com sucesso o Real Madrid, mas concedeu a si próprio um ano de pausa após a conquista de três Ligas dos Campeões consecutivas pelos "merengues". O seu salário habitual (um pouco superior a 9 milhões de euros) não deverá ser entrave ao regresso aos "bancos" na próxima temporada.
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Jürgen Klopp (Liverpool)
A nova estrela do futebol alemão está a conduzir o Liverpool aos dias de glória que, durante muitos anos, andaram arredados de Anfield Road. Vence, por ano, oito milhões de euros, sendo muito provável que, com os sucessos no horizonte, a sua folha salarial venha a sofrer uma ampla revisão em alta.
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Ernesto Valverde (Barcelona)
A cumprir a sua segunda temporada no Barcelona, o treinador de Viandar de la Vera ganha cerca de oito milhões de euros por época. Depois de duas saídas para o Olympiakos do Pireu (Grécia), Valverde parece ter encontrado o rumo certo no comando do gigante catalão.
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Antonio Conte (sem clube)
Depois da Juventus e do Chelsea, sendo campeão em Itália e em Inglaterra, o antigo "internacional" transalpino aguarda novo projeto. Porém, quem o desejar contratar sabe que tem de desembolsar, no mínimo, 7,5 milhões de euros por temporada. Não é barato, mas garante quase sempre excelentes resultados nas equipas por onde passa.
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Maurizio Sarri (Chelsea)
O italiano que deu nas vistas no Nápoles está agora em Inglaterra a fechar a lista dos dez treinadores mais bem pagos do mundo do futebol. Maurizio Sarri ganha em Stamford Bridge uma verba próxima dos 6,9 milhões de euros. O Chelsea, mesmo assim, parece não estar muito feliz com o sucessor de Antonio Conte, e os problemas entre Sarri e alguns jogadores começam a sair do segredo do balneário...