Tagesschau: "Às vésperas dos Jogos, situação no Rio é tensa"
14 de julho de 2016
Em reportagem intitulada "Bem-vindo ao inferno", Tagesschau destaca protestos e más condições de trabalho de policiais e a falta de vontade política para mudanças.
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"Somente neste ano, 58 policiais morreram ao combaterem o tráfico de drogas no Rio de Janeiro", destaca reportagem publicada nesta quinta-feira (14/07) pelo site alemão Tagesschau.de, um dos mais populares do país.
Com o título "Bem-vindo ao inferno", em referência ao slogan usado em protestos de policiais civis do Rio, a matéria aborda as dificuldades enfrentadas pelas forças de segurança às vésperas dos Jogos Olímpicos.
"Há meses não recebemos salário. Mas todos os dias um policial é morto. Ontem um foi atingido por oito tiros", diz o policial Ronaldo Nunes, citado pela reportagem. "Não há segurança. O Rio de Janeiro é uma vergonha. Que tipo de Jogos Olímpicos teremos?", prossegue.
Apesar de 85 mil homens terem sido destacados para o evento e as autoridades garantirem que os turistas não precisam se preocupar, não é bem essa sensação que se tem nos bastidores do "espetáculo", escreve a correspondente Anne Herrberg.
"Desconfiança mútua"
A repórter cita o caso de uma mãe de Manguinhos, no norte do Rio, cujo filho foi morto pela polícia por supostamente ser traficante de drogas. "Somente no ano passado, 640 pessoas foram mortas por policiais, [...] e a maioria dos casos ficou impune", afirma o texto.
Segundo um policial, que pediu anonimato, ainda é vigente na polícia a mentalidade dos tempos da ditadura militar: "Nós contra o inimigo, contra o qual até mesmo os meios mais brutais são justificados". Ele ainda menciona "condições de trabalho ruins, gangues da droga, uma população que não está acostumada com autoridade" e "a desconfiança mútua" entre população e policiais.
Para o policial entrevistado, a falta de controle, os baixos salários e a crise econômica no país pioraram a segurança antes dos Jogos Olímpicos. E o problema principal seria antigo: "A falta de vontade política para reformar estruturas anacrônicas e realmente mudar algo no status quo".
LPF/ots
As medalhas dos Jogos Olímpicos no Rio
Enfim, elas estão prontas e foram apresentadas pela Casa da Moeda. As mais de 5 mil medalhas da Rio 2016 pesam 500 gramas cada, foram feitas de acordo com critérios sustentáveis e algumas têm até chocalho.
Foto: Reuters/S. Moraes
Concepção de designers e computadores
As medalhas para os Jogos Olímpicos no Rio foram concebidas primeiramente por designers com a ajuda de computadores. Elas ostentam, de um lado, a deusa da vitória, Nike, com o Estádio Panathinaikos e a Acrópole. Do outro lado, está a marca dos Jogos e uma coroa de louros estilizada.
Foto: Reuters/S. Moraes
Um punhado de ouro
Esta medalha será entregue a um dos campeões de vôlei nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Na borda, pode-se ver que é destinada à equipe masculina.
Foto: Reuters/S. Moraes
Mãos de artistas fazem obras para atletas
Estas são as mãos de Nélson Carneiro. Ele é o artista que fez a modelagem para as medalhas para depois serem cunhadas na casa da Moeda no Rio de Janeiro.
Foto: Reuters/S. Moraes
Trabalho quase artesanal
Até a medalha ficar pronta, ela passa por várias etapas. No final, ela leva um banho de ácido para ficar limpa.
Foto: Reuters/S. Moraes
Segundo colocado, primeiro perdedor?
Os participantes de competições passadas dizem que antigamente as medalhas de prata e bronze eram muito mais bonitas. Pode ser uma questão de gosto, mas é o título de campeão que entra para a história.
Foto: Reuters/S. Moraes
Produção brasileira
A Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro, foi encarregada pelos organizadores dos Jogos e pelo Comitê Olímpico Internacional de fazer as medalhas.
Foto: Reuters/S. Moraes
Medalhas sustentáveis
As medalhas de ouro foram produzidas sem mercúrio, e as de prata e bronze têm 30% de material reciclado. Já as fitas levam em sua composição 50% de PET reciclado.
Foto: Reuters/S. Moraes
O som do sucesso
As medalhas paralímpicas serão sonoras para facilitar a percepção por atletas cegos. Elas contêm uma espécie de guizo com esferas de aço que produzem sons. O som de cada medalha é diferente, sendo o da de ouro mais forte.
Foto: Reuters/S. Moraes
Mais de 5 mil medalhas
Cada medalha pesa 500 gramas. No total, foram produzidas 5.130 medalhas, sendo 2.488 olímpicas e 2.642 paralímpicas. São 812 olímpicas e 877 paralímpicas de ouro; 812 olímpicas e 876 paralímpicas de prata; e 864 medalhas olímpicas e 889 paralímpicas de bronze.
Foto: Reuters/S. Moraes
Ouro, prata e bronze
A tradicional folha de louro que aparece em uma das faces da medalha representa a relação entre as forças da natureza e os heróis olímpicos. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serão realizados entre 5 e 21 de agosto de 2016.