Água potável chega a mais pessoas no mundo
8 de maio de 2014A parcela da população que não tem acesso à água potável e a instalações sanitárias diminuiu significativamente nas últimas décadas, mas o progresso não está chegando, muitas vezes, às camadas mais carentes, diz um estudo das Nações Unidas em relatório publicado nesta quinta-feira (08/05).
Segundo o estudo, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2012, 89% da população mundial possuía acesso a água potável, um aumento de 13 pontos percentuais em relação a duas décadas antes.
Nesse período, cerca de 2,3 bilhões de pessoas foram beneficiadas com água potável. Mas ainda cerca de 748 milhões – 90% vivendo nas regiões da África Subsariana e Ásia – carecem desse serviço.
O acesso a vasos sanitários aumentou em 15 pontos percentuais desde 1990. Em 2012, 64% da população global possuiu essa instalação. Entretanto, em no mínimo 46 países do mundo apenas metade da população tinha tal recurso.
"Muitas pessoas ainda não têm um nível básico de água potável e saneamento. A mudança agora é tomar medidas concretas para acelerar o acesso a grupos desfavorecidos", afirma a diretora de Saúde Pública da OMS, Maria Neira.
Carência na região rural
A maior parte das pessoas que ainda vive sem instalações sanitárias e acesso à água potável mora no campo. Enquanto, em 1990, 95% da população urbana possuíam esse serviço, na área rural eram apenas 62%. Em 2012, nas cidades a cifra aumentou a 96% e no campo a 82%.
Com relação a sanitários, atualmente, 80% da população urbana possuem essa instalação, contra apenas 47% dos habitantes da área rural. "O progresso no saneamento rural, quando ocorreu, beneficiou pessoas ricas, aumentando as desigualdades", reforça Neira.
No Brasil, em 1990, 67% da população possuíam instalações sanitárias, em 2012 o número passou para 81%. Com relação ao acesso à água potável, a cifra era de 88% em 1990 e chegou a 98% em 2012.
CN/dpa/afp