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SaúdeÁustria

Áustria anuncia imposição de lockdown e vacina obrigatória

19 de novembro de 2021

País se torna o primeiro na UE a adotar a obrigatoriedade da imunização contra a covid-19 para toda a população. Confinamento deve vigorar no máximo até 13 de dezembro.

Três policiais em rua de pedestres na Áustria
Lockdown é anunciado poucos dias após Viena ter decidido confinar quem não foi vacinadoFoto: Lisi Niesner/REUTERS

O governo da Áustria anunciou nesta sexta-feira (19/11) que o país voltará ao regime de lockdown nacional a partir da próxima segunda-feira e tornará a vacinação obrigatória a partir de 1° de fevereiro, diante do aumento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus.

"A população deverá respeitar novas restrições, porque muitos não se mostraram solidários. Peço a vocês que sigam as medidas e reduzam os contatos", afirmou o chanceler federal do país, Alexander Schallenberg, após reunião com governadores em que foi tomada a decisão.

O lockdown vigora, segundo Schallenberg, no máximo até 13 dezembro, primeiramente por dez dias, prorrogáveis por mais dez após avaliação. A nova regra é anunciada poucos dias depois de o país ter decidido confinar as pessoas que não foram vacinadas. Apenas 66% da população austríaca completou o esquema de imunização, uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental.

Vacina obrigatória

A Áustria se torna assim o primeiro país da União Europeia a adotar a obrigatoriedade da vacinação contra covid-19 para toda a população, com imposições de sanções a quem descumprir a determinação.

Atualmente, o país tem um dos índices de contágio mais altos do continente, com quase mil casos de infecção para cada 100 mil pessoas nos últimos sete dias, de acordo com dados oficiais.

"Apesar de meses de insistência, apesar de todas as campanhas nos meios de comunicação, apesar de tudo, não conseguimos convencer as pessoas a se vacinarem", lamentou Schallenberg.

O político conservador fez crítica aberta às correntes políticas austríacas que se opõem ao processo de imunização, como a legenda ultradireitista Partido da Liberdade (FPÖ). "Um atentado contra o sistema sanitário", criticou o chanceler austríaco.

O líder do FPÖ, Herbert Kickl, que cumpre regime de quarentena por ter testado positivo para a covid-19, usou as redes sociais para criticar a vacinação obrigatória e garantiu que, com ela, a Áustria se torna "uma ditadura". O partido convocou uma manifestação contra a medida para este sábado.

Lockdown

Médicos e outros especialistas vinham cobrando medidas mais duras no país, depois que os hospitais de duas das regiões mais afetadas, Salzburg e Alta Áustria, ficaram perto do colapso, já que o confinamento apenas dos não vacinados não havia mostrado resultado.

O confinamento que vigorará a partir de segunda-feira é o quarto decretado no país desde o início da pandemia. As pessoas só poderão sair de suas casas para realizar algumas tarefas, como ida a médicos, ajudar outras pessoas e fazer exercícios ao ar livre.

Os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais, como restaurantes, academias, outros locais de entretenimento e lazer ficarão fechados. Supermercados e farmácias, por sua vez, continuam abertos.

Diferente do que aconteceu em outros confinamentos, as creches e escolas não terão atividades totalmente suspensas. O ministro da Saúde austríaco, Wolfgang Mueckstein, explicou, entretanto, que as escolas funcionarão para aqueles que tiverem necessidade de enviar seus filhos, mas apelou a todos os pais para, se possível, manterem os seus filhos em casa.

md/ek (Lusa, Efe, Reuters)

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