Ideia é inspirada na corrida pelo produto que ocorreu no início da pandemia. Bloco comemorativo será vendido por 2,75 euros e lembra regras de distanciamento social.
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A Áustria lançou nesta sexta-feira (23/10) um selo especial feito de papel higiênico, no qual são lembradas as regras de distanciamento social em ilustrações de animais. A ação visa arrecada dinheiro para afetados pela crise gerada pela pandemia de covid-19.
O bloco comemorativo tem o tamanho exato de uma folha de papel higiênico e será vendido por 2,75 euros – pouco mais de 18 reais. Para tornar o material mais resistente, no verso, foi colocada uma camada adesiva feita de papel de fibra natural. O selo pode ser descartado do bloco e usado para o envio de cartas.
O selo apresenta um filhote de elefante, que se tornou símbolo no país para ilustrar a distância mínima de um metro que deve ser mantida em espaços públicos. Essa medida voltará a entrar em vigor no próximo domingo. O desenho compara o tamanho do filhote de elefantes com outros animais e a distância equivalente de cada um deles.
A ideia para o novo selo surgiu na primavera, quando consumidores começaram repentinamente a estocar papel higiênico e o produto sumiu das prateleiras de supermercados por dias.
O bloco comemorativo começará ser vendido a partir do dia 30 de outubro. A edição especial tem apenas 300 mil exemplares.
CN/dpa/dw
Falco, o austríaco que virou ícone mundial do pop
Falco conquistou as paradas mundiais em 1982 e chegou ao primeiro lugar nos EUA com uma homenagem a Mozart. O ícone pop da Áustria morreu há exatos 20 anos num acidente de carro.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Kerstin
"Ele era um virtuoso, um ídolo do rock"
Definitivamente, Falco é um nome artístico bem melhor do que Johann "Hans" Hölzel. O cantor admirava muito o esquiador Falko Weißpflog, da antiga RDA. Por isso, Hölzel emprestou o nome do atleta e passou a se apresentar como Falco. Ficou famoso. Excêntrico, obstinado – um homem de terno e pomada nos cabelos, conhecido pelo estilo e pelos escândalos. Há muito tempo, Falco é uma lenda na Áustria.
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Quem precisa estudar música?
Seu primeiro instrumento foi um piano de cauda – e seu brinquedo preferido, um toca-discos. Mais tarde, ele tocou em bandas de punk rock que tinham nomes como "Umspannwerk" (estação de transformação) e "Drahdiwaberl", que coloquialmente quer dizer "oportunista". Falco tocava vários instrumentos. Abandonou o conservatório porque queria se tornar popstar. Emplacou seu primeiro sucesso em 1981.
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Topo das paradas
Inacreditável! O austríaco desconhecido com forte sotaque vienense estourou nas paradas alemãs fazendo rap – com batidas eletrônicas e de funk! Uma mescla que agradou muito aos fãs alemães, que levaram a música "Der Komissar" ao topo das paradas do país. Falco passou a ser convidado frequente nos maiores programas de TV da Alemanha – como na foto, com o apresentador Joachim Fuchsberger.
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Falco e sua fiel banda
Uma figura tão ostensiva quanto Falco precisava de pessoas igualmente fascinantes à sua volta. Esta é sua banda – nos anos 1980. Os músicos se reúnem regularmente até hoje para tocar os maiores hits de Falco nas chamadas "Falco-Conventions" (convenções Falco). Hoje, todos têm cabelos curtos e deixaram de usar peruca.
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"Rock me Amadeus"
Em 1985, o filme "Amadeus" tinha acabado de estrear nos cinemas, contando a história de Mozart e retratando o compositor como punk excêntrico. Que inspiração para um músico vienense! Falco fez mais uma homenagem ao punk barroco com "Rock me Amadeus", canção na qual também descreve a si mesmo. "Rock me Amadeus" foi o primeiro hit em língua alemã a alcançar o topo das paradas americanas.
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Sucesso, estresse e drogas demais
O sucesso impulsionou Falco, e a Bolland & Bolland, sua equipe holandesa de produção, criou um hit após o outro com ele. Drogas e álcool eram os amigos sombrios do músico. A imprensa de fofocas sempre estava presente quando ele saía bêbado de uma discoteca ou caía no chão do lobby de um hotel. Mas, no show business, ele recebeu inúmeros prêmios.
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Letra polêmica
A letra da música "Jeanny" causou polêmica: uma moça sequestrada, maquiada, deitada sobre um altar e enfeitada com flores. Ela morreu ou dorme? Ao lado dela, o sequestrador e um cenário inspirado no filme "M, O Vampiro de Düsseldorf", de Fritz Lang. Críticos falaram em incitação à violência. Muitas estações de rádio se recusaram a tocar a música. Mesmo assim, ela chegou ao topo das paradas.
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Fim de uma era
Falco se apresentou no Japão e planejava uma turnê pelos EUA. Mas, de repente, desistiu da carreira e abandonou os palcos. Seus discos seguintes só fizeram sucesso na Áustria. Em 1992, com "Titanic", ele reeditou sucessos do passado, e conseguiu uma volta inesperada em 1995 com a canção tecno "Mãe, chegou o homem com a cocaína". Em 1996, saiu "Naked", último título lançado durante sua vida.
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Morte no paraíso
Falco escolheu a República Dominicana para viver. No país caribenho, ele bateu seu jipe num ônibus no dia 6 de fevereiro de 1998 e morreu imediatamente. A autópsia mostrou que ele bebeu muito, fumou maconha e cheirou cocaína. As especulações em torno de sua morte não tardaram: foi suicídio? Vinte anos depois, as circunstâncias ainda não foram completamente esclarecidas.
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"Falco não morreu"
Duas décadas depois de sua morte, os fãs de Falco ainda comemoram seu aniversário ou lembram o dia de sua morte no mundo todo. No seu aniversário de 50 anos, foi lançado um álbum-retrospectiva. Em 2013, foi encenada uma peça de teatro sobre sua vida. Em 2017, ano em que faria 60 anos, foi a vez de "Falco 60", com as melhores músicas, videoclipes inéditos, faixas raras e remixes de famosos DJs.
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O maior popstar da Áustria
Não dá para ignorar o túmulo de Falco no cemitério central de Viena. O obelisco em homenagem ao músico tem três metros de altura. A placa de vidro com sua imagem lembra sua obra artística. A lápide se tornou centro de peregrinação para seus fãs e para turistas que visitam Viena.