Áustria vai abolir quarentena para infectados assintomáticos
26 de julho de 2022
Contaminados com covid-19 que não tiverem sintomas poderão sair de casa, desde que usem máscara. Nova regra entra em vigor em 1º de agosto.
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Pessoas infectadas com covid-19 que estejam assintomáticas não precisarão mais ficar em quarentena na Áustria, anunciou terça-feira (26/07) o Ministério da Saúde do país. A nova regra entra em vigor em 1º de agosto, mesmo com o país enfrentando uma nova onda de infecções.
"Aqueles que estão doentes, fiquem em casa", pediu o ministro da Saúde, Johannes Rauch, ao anunciar a mudança.
Rauch disse que a decisão foi tomada tendo em vista, também, as consequências psicológicas e sociais da pandemia que se arrasta em seu terceiro ano, descrevendo isso como uma "nova fase". A notificação obrigatória de infecções às autoridades de saúde continua em vigor.
Em entrevista ao jornal austríaco Tiroler Tageszeitung, Rauch disse que é preciso "simplesmente observar que não podemos viver por anos com esse nível de clima de crise relacionado à pandemia".
Segundo ele, as medidas contra o coronavírus poderão voltar a ser reforçadas se a situação se agravar.
Uso de máscara PFF2
Os infectados assintomáticos que saírem de casa precisarão usar máscaras PFF2, a menos que estejam do lado de fora ou possam manter uma distância de pelo menos dois metros de outras pessoas. Os contaminados são proibidos de entrar em locais que atendam pessoas especialmente vulneráveis, como hospitais, casas de repouso e instalações para deficientes.
A Áustria registra atualmente cerca de 900 casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos sete dias – índice, por exemplo, maior do que o da vizinha Alemanha.
Atualmente, muito mais pacientes precisam de atendimento em hospitais do que em comparação com o verão europeu do ano passado.
le (AP,DPA)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.