Após uma primeira tentativa ter sido abortada, sonda não tripulada Chandrayaan-2 inicia viagem ao espaço. Missão visa explorar o polo sul da superfície lunar, estudar a composição mineral do satélite e procurar por água.
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A Índia lançou nesta segunda-feira (22/07), com sucesso, sua missão Chandrayaan-2 ao inexplorado polo sul da Lua. É o projeto mais ambicioso da agência espacial do país. Há uma semana, o lançamento fora abortado momentos antes da decolagem.
O foguete GSLV Mark 3, de 44 metros de altura, decolou às 14h43 (horário local) a partir da plataforma de lançamento do Centro Espacial de Satish Dhawan, no sul do país. O lançamento foi exibido ao vivo pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês).
A Chandrayaan-2, que significa "veículo lunar" em sânscrito e compreende um módulo orbital, um lander e um rover, deve pousar no polo sul lunar em 7 de setembro, de acordo com a ISRO.
"Estou muito feliz de anunciar que o veículo GSLV Mark 3 injetou com sucesso a Chandrayaan-2 na órbita esperada", anunciou sob aplausos o chefe da ISRO, Kailasavadivoo Sivan, no centro de controle da agência espacial.
O êxito da operação foi confirmado 17 minutos depois do lançamento, levando alívio para a agência espacial indiana, depois de uma semana difícil após o cancelamento de uma primeira tentativa. "Este é o começo de uma viagem histórica da Índia para a Lua, com sua aterrissagem em um local próximo ao polo sul, para realizar experimentos científicos", acrescentou Sivan.
Nas próximas semanas, um total de 15 manobras será realizado para elevar a órbita da espaçonave que a levará para a órbita lunar, numa jornada de 384 mil quilômetros.
O chefe da ISRO também lembrou como a primeira tentativa, que tinha sido programada para a madrugada da segunda-feira passada, teve que ser suspensa por um problema no sistema do veículo de lançamento, quando faltava apenas uma hora para a decolagem. O problema foi resolvido em 24 horas, segundo ele.
Essa é a segunda missão de exploração lunar da Índia, depois que sua versão anterior, Chandrayaan-1, foi colocada na órbita lunar em novembro de 2008, mas não pousou no satélite.
A missão, de 142 milhões de dólares, pretende explorar o polo sul da superfície lunar, mapear a superfície da Lua, descobrir, em 14 dias de experimentos, mais sobre a composição mineral do satélite e procurar por água. Traços da substância foram descobertos de forma conclusiva pela Chandrayaan-1.
A missão indiana começa num momento em que há um renovado interesse global na ciência lunar. Os Estados Unidos pretendem promover um retorno de astronautas ao satélite até 2024. A sonda chinesa não tripulada Chang'e 4 já pousou no hemisfério sul do lado oculto da Lua no início de janeiro. Em abril, uma nave israelense não tripulada caiu na Lua em uma tentativa fracassada de aterrissar.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que o programa lunar da Índia ganhará um impulso substancial, acrescentando que o conhecimento existente do país sobre a Lua será "significativamente melhorado".
Se tiver êxito, a Chandrayaan-2 transformará a Índia no quarto membro do clube de nações a chegarem à Lua – composto por Rússia, Estados Unidos e China – e o primeiro país a promover um pouso no polo sul do satélite.
Em 1969, Neil Armstrong se tornava o primeiro homem a pisar na Lua. Um passo incrível. Ainda hoje, o satélite terrestre nos fascina – especialmente quando vemos fotos tiradas na época da histórica missão espacial.
Foto: NASA
"Um pequeno passo para um homem"
Primeiros passos na Lua. Ao pisar na superfície lunar, em 20 de julho de 1969, o americano Neil Armstrong disse uma das frases mais famosas de todos os tempos: "Este é um pequeno passo para [um] homem, mas um grande salto para a humanidade." Ainda hoje se discute como e quando o astronauta chegou a essa frase, e se ao dizê-la ele esqueceu o artigo "um". Existem até mesmo estudos sobre isso.
Foto: NASA
A partida
Da sala de controle do Centro Espacial Kennedy (KSC), o diretor do programa Apollo, Samuel C. Phillips, supervisiona as atividades antes da partida, em 16 de julho de 1969. Apollo 11, a primeira missão de pouso lunar, foi lançada com o foguete Saturno 5. A bordo da espaçonave estavam Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins.
Foto: NASA
TV espacial
Estas três pessoas estavam entre os milhares de curiosos que acamparam em praias e estradas próximas ao Centro Espacial Kennedy, a estação de lançamento da Nasa, no Cabo Canaveral, na Flórida, para acompanhar de perto a partida da Apollo 11. Cerca de um milhão de pessoas foram ao local ver de perto o voo espacial histórico.
Foto: NASA/Kennedy Space Center
Luzes, câmera, ação, decolar!
Mas não apenas milhares de entusiastas estavam presentes, também milhares de repórteres cobriram a partida da missão Apollo 11. Um total de 3.497 jornalistas foi oficialmente credenciado para o acontecimento, e todos se amontoaram na área de imprensa do Centro Espacial Kennedy. Em 16 de julho de 1969, o Saturno 5 decolou.
Foto: NASA
Trabalho em equipe
Um dos tripulantes não pôde pisar na Lua e teve que ficar em órbita. Michael Collins (centro) disse em 2009: "Eu me senti parte do que aconteceu na Lua. Sei que eu seria um mentiroso ou um idiota se dissesse que ocupei o melhor dos três assentos [da Apollo 11], mas posso dizer honestamente que estou satisfeito com o que fiz."
Foto: NASA/Kennedy Space Center
"A águia pousou!", mas...
Às 20h17min58s (UTC) de 20 de julho de 1969, Neil Armstrong fez uma transmissão concisa: "A águia aterrissou!" Mas demorou um pouco até os dois astronautas realmente pisarem na Lua. Primeiro, o voo de retorno tinha que ser preparado. Finalmente, no dia 21 de julho, às 2h56min20s (UTC), chegou o grande momento: Neil Armstrong pisou na superfície lunar.
Esta foto foi tirada por Michael Collins em 21 de julho. O módulo lunar Eagle pode ser visto em seu retorno da Lua; atrás dele, vê-se a superfície lunar e, em seu horizonte, a Terra. Enquanto Armstrong e Aldrin foram os primeiros humanos a pisar na Lua, Collins manteve seu posto no módulo de comando Columbia e ficou à espera em órbita lunar.
Foto: NASA
Amostra n° 10.003
Durante o passeio exploratório de mais de duas horas fora do Eagle, Armstrong e Aldrin coletaram 21,5 quilos de material lunar. Esta pequena rocha é parte dele. A foto foi tirada em 27 de julho, após o retorno à Terra. Durante os seis desembarques lunares, os astronautas coletaram 2.415 amostras, totalizando quase 400 quilos. Elas estão todas listadas no "Catálogo de amostras e fotos lunares".
Foto: NASA/AccuSoft Inc.
Curiosidades astrais
Mas os astronautas deixaram para trás todo tipo de coisa. Este broche de Neil Armstrong ainda é um dos itens mais emblemáticos. O ramo de oliveira de 15 centímetros de comprimento representa a paz. Futuros visitantes também poderão se deparar com bolas de golfe, uma foto de família junto a uma câmera, obras de Andy Warhol ou uma pena de falcão. E cuidado com os excrementos dos astronautas.
Foto: NASA/Johnson Space Center
De volta à Terra
Às 16h50 (UTC) de 24 de julho, a tripulação desembarcou no Pacífico, a 21 quilômetros do porta-aviões USS Hornet e a 1.480 quilômetros a sudoeste do Havaí. Na chegada, os astronautas tiveram que preencher um formulário da alfândega, declarando as rochas lunares. Indagados se eles poderiam ter trazido agentes patógenos, eles responderam: "A ser determinado." E assim foram primeiro para quarentena.
Foto: NASA/Johnson Space Center
Estrelas não apenas em trajes espaciais
Nesta foto, os astronautas da missão Apollo 11 não usam trajes espaciais, mas sombreiros e ponchos. Uma turnê os levou para 24 países e 27 cidades em 45 dias. Os Estados Unidos queriam enfatizar sua disposição de compartilhar seu conhecimento espacial. Os astronautas foram celebrados como estrelas, como aqui, na Cidade do México, em 23 de setembro de 1969.