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SaúdeÍndia

Índia vacina 1,4 milhão de agentes de saúde em uma semana

23 de janeiro de 2021

País vacinou mais de 347 mil pessoas contra covid-19 nas últimas 24 horas, apesar de problemas técnicos com aplicativo. Meta é vacinar 300 milhões em seis meses.

Indien | Coronavirus | Impfung, staatliches Krankenhaus
Foto: Mahesh Kumar A/AP Photo/picture alliance

O programa de imunização da Índia contra o novo coronavírus já resultou na aplicação de vacina em 1,4 milhão de trabalhadores do setor de saúde, segundo dados divulgados neste sábado (23/01) pelas autoridades do país. A marca foi alcançada uma semana após o início da campanha de imunização.

As autoridades informaram que o país ultrapassou a marca de 1 milhão de doses aplicadas em uma quantidade menor de dias do que os EUA e o Reino Unido, alguns dos primeiros países que começaram a aplicar a vacina, ainda em dezembro.

A meta do governo da Índia, que afirma estar realizando "a maior campanha de vacinação contra o novo coronavírus no mundo", é a de imunizar 300 milhões de pessoas em seis meses, em três fases, a primeira delas com os profissionais de saúde.

Apenas nas últimas 24 horas, de acordo com balanço oficial, foram 347 mil aplicações de vacina, o que elevaram o total desde o início da campanha para 1.390.592. Para efeito de comparação, o Brasil aplicou 404 mil doses em seis dias.

No entanto, a quantidade de vacinas aplicadas na Índia em sete dias ficou abaixo do objetivo traçado no país para os primeiros dias de programa, devido problemas técnicos. Para alcançar a meta de 300 milhões de imunizações em seis meses, o país teria que vacinar mais de dez milhões de pessoas por semana.

Nesta semana, o país registrou problemas com o aplicativo criado para enviar aos profissionais de saúde mensagens informando quando e onde eles serão imunizados. Na última quinta-feira, inclusive o estado de Maharastra precisou suspender a vacinação, devido dificuldades técnicas com o aplicativo, batizado como Co-Win.

Desconfiança inicial

A campanha, que começou no último sábado, gerou certa desconfiança na Índia, por causa do uso da Covaxin, vacina desenvolvida pelo laboratório local Bharat Biotech, que ainda está em fase de testes, sem o índice de eficácia verificado.

A percepção só começou a mudar ao longo desta semana, quando a revista científica britânica The Lancet apontou que os resultados da Covaxin apresentam uma resposta imunológica positiva, similar a de outras vacinas que usam o novo coronavírus inativados.

Além disso, também está sendo utilizada a Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e a companhia britânica AstraZeneca, que é fabricada na Índia pelo Instituto Serum.

O coordenador da campanha de vacinação com a Covaxin no hospital de Rohtak, no estado de Haryana, Pawan Kumar Singh, afirma que, atualmente, a dificuldade de convencer as pessoas a serem imunizadas, já não tem relação com a confiança nos agentes imunizantes.

Segundo país mais afetado na pandemia da covid-19, com 10,6 milhões de casos, a Índia vem registrando menos de 20 mil novos positivos diários nas últimas semanas, número muito abaixo ao registrado no pico da pandemia, em setembro do ano passado. O país acumula  153.184 mortes desde o início da pandemia, o terceiro país com mais óbitos no mundo, depois dos EUA e do Brasil.

JPS/efe

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