Companhia ferroviária Deutsche Bahn introduz ônibus autônomo para levar passageiros ao longo de um percurso pré-programado na Baviera. Em caso de emergência, motorista humano pode assumir o controle.
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Um ônibus sem motorista fez sua estreia nesta quarta-feira (25/10) na Alemanha, ao deixar seus primeiros passageiros em Bad Birnach, no estado da Baviera.
A rota, de oito minutos, vai das fontes termais da cidade até a área central e estação ferroviária. O ônibus EZ10 tem seis lugares sentados e seis para passageiros de pé. O passeio é gratuito.
É a primeira vez que um ônibus de direção autônoma é incorporado ao sistema de transporte público na Alemanha.
Entre os passageiros da viagem de estreia estava Richard Lutz, presidente da Deutsche Bahn, a poderosa companhia ferroviária alemã por trás do projeto piloto.
"Acabamos de andar de forma totalmente autônoma em direção a uma nova era de transporte", afirmou Lutz depois da primeira viagem.
O veículo foi desenvolvido pela start-up francesa EasyMile. Ele está equipado com sensores que podem detectar obstáculos e ativar os freios.
Em Bad Birnach, o veículo se move ao longo de uma rota pré-programada com velocidade inicial limitada a 15 km/h, numa rua com limite de velocidade de 30 km/h.
De acordo com Sebastian Krieg, gestor do projeto, o miniônibus pode chegar a uma velocidade de 40 km/h.
Mas o veículo ainda não é capaz de contornar obstáculos por conta própria. Em caso de um carro estacionado em local errado ao longo do percurso, um motorista humano pode assumir o controle do veículo usando um joystick.
A partir de 2018, os novos ônibus serão testados também em cidades maiores alemãs, como Hamburgo.
"A condução autônoma se tornará uma realidade nas ruas alemãs", afirmou Lutz.
Outras cidades do mundo, como Paris, Lyon, Las Vegas e Dubai, também já estão experimentando veículos autônomos.
CA/afp/dpa
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Dez fatos sobre a autobahn
O carro é tão importante para os alemães que eles inventaram um tipo de rodovia onde podem andar livres de semáforos, ciclistas e pedestres. Veja algumas particularidades das autoestradas alemãs.
Foto: picture-alliance/dpa
Autobahn
A "Autobahn" (= via para carros) tem, tradicionalmente, ao menos duas faixas de tráfego em cada sentido e é restrita a veículos a motor que andem a no mínimo 60 km/h. Não há cruzamentos de veículos na via, e as saídas sempre são para a direita (com uma exceção perto de Stuttgart). Em geral, a pavimentação tem o dobro da espessura de rodovias em outros países.
Foto: picture-alliance/dpa
A mais velha
A primeira autobahn pública começou a ser construída em 1929. É a A555, que liga Colônia a Bonn, no oeste do país. Sua inauguração foi em 1932, um ano antes da nomeação de Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
Foto: DW/M. Nelioubin
Sem limites
A Alemanha é o único país da Europa sem limite de velocidade em suas autoestradas. Existe uma velocidade recomendada de 130 km/h, que atinge praticamente 50% das autobahnen (plural de autobahn). Por questões de riscos à segurança, um terço tem limitação de velocidade e, nas demais, a limitação entra em vigor conforme as condições do tempo e do trânsito.
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Milhares de quilômetros
A rede de rodovias expressas da Alemanha tem uma extensão de 13 mil km (dado de 2015). Juntando-se todas, poderia-se ligar Hamburgo a Santiago do Chile. A autobahn mais longa é a A7, com 962 km.
Foto: Imago/J. Huebner
Identificação por números
As autoestradas alemãs são identificadas pela letra A e por um número. As que vão de norte a sul geralmente têm números ímpares, e as de oeste para leste, pares.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Strauß
Pouso e decolagem
Há trechos das autobahnen especialmente preparadas para serem usadas por aviões militares. Isso aconteceu já na 2ª Guerra Mundial, quando muitos aeroportos estavam destruídos. Na Guerra Fria, mais trechos foram preparados para eventuais operações da Otan.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Em fila
Segundo o automóvel clube Adac, o ano de 2015 foi recorde, com 568 mil engarrafamentos, somando 1,1 milhão de quilômetros de extensão. Daria para fazer 28 voltas em torno do planeta. Apesar das informações sobre problemas no trânsito passadas pelo rádio a cada meia hora, os motoristas ficaram um total de 341 mil horas presos em congestionamentos.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Friederichs
Engavetamentos
Em outubro de 1990 aconteceu um dos maiores acidentes em uma rodovia alemã. Um engavetamento devido a um nevoeiro na A9 em Münchberg envolveu 170 veículos, entre os quais seis ônibus e oito caminhões. Dez pessoas morreram e 123 ficaram feridas. O maior engavetamento da história foi em 2009, quando 259 automóveis se envolveram num acidente perto de Hanover. Ninguém morreu na ocasião.
Foto: picture-alliance/dpa
Pedágios
Desde 2005, a Alemanha tem um sistema de pedágio obrigatório para caminhões pesados. A Toll Collect, um empreendimento conjunto liderado pela Deutsche Telekom, Daimler Financial Services e a francesa Cofiroute, é responsável pelo sistema de cobrança, que envolve o uso de transponders a bordo dos veículos e também sensores instalados nas autoestradas de todo o país.
Foto: picture-alliance/dpa
Serviço e religião
Além das áreas de descanso e de serviço, com brinquedos, postos de gasolina e restaurantes, ao longo das rodovias alemãs há capelas e igrejas para descanso e reflexão dos viajantes.