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Últimos acertos para a Constituição européia

(av)20 de junho de 2003

O esperado encontro de cúpula da UE na Grécia tem como palco a cidade balneária de Porto Carras. Entre os temas: a Constituição da UE, imigração e o Oriente Médio. Em torno, um monstruoso aparato de segurança.

Alta segurança no norte da GréciaFoto: AP

Após sua ampliação, no próximo ano, a União Européia poderia entrar numa "fase de sobriedade". Esta é a opinião do chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, a caminho do encontro de cúpula em Salônica, Grécia. Com freqüência superestima-se o que a UE pode fazer por seus países-membros, do ponto de vista econômico, advertiu o premiê. Porém, o processo de ampliação é irreversível.

Schröder antecipa uma "fase difícil" após a ampliação, entre outros motivos, pela necessidade de os membros mais pobres como Portugal e Espanha "entenderem que têm que compartilhar com os países do sudeste e do leste europeu". Ele enfatizou que a Alemanha estará do lado dos que pedem a partilha.

Agenda cheia

O ponto focal dos debates na conferência de cúpula da União Européia, neste fim-de-semana, será a nova Constituição da UE, com base na proposta apresentada pela Convenção Européia. Schröder deseja a aprovação da carta constitucional ainda antes das eleições na UE, no final de 2004.

A decisão final deveria caber exclusivamente à conferência dos governos, declarou ao jornal Passauer Neue Presse: "Não queremos que uma legião de burocratas – com todo respeito por seu trabalho – se atire sobre o resultado dos esforços da Convenção". Durante a cúpula, o primeiro-ministro alemão se baterá para que apenas os chefes de governo e Estado, assim como os ministros de Relações Exteriores, participem da citada conferência.

As preocupações em torno da política atômica do Irã também serão abordadas nos dois dias da reunião de cúpula. Segundo o ministro de Relações Exteriores da Grécia, Giorgos Papandreou, a UE espera que o Irã coopere estreitamente com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). Tal atitude aumentará a sensação de segurança, comentou o atual presidente do Conselho de Ministros da UE. Neste ponto, a Europa estaria de acordo com os Estados Unidos: "Ambos queremos transparência."

Da pauta da reunião e cúpula em Salônica consta ainda a política de imigração e de concessão de asilo na UE.

Tranqüilidade e segurança absoluta

Para garantir tranqüilidade e isolamento aos participantes, o encontro não será exatamente em Salônica, mas sim na turística Porto Carras, a 140 quilômetros daquela cidade portuária no Norte da Grécia.

Mais de 20 mil policiais, militares, bombeiros e funcionários da guarda costeira zelarão pela segurança dos representantes de 25 países europeus. O traslado dos chefes de governo e Estado e seus ministros de Relações Exteriores é feito, na maior parte, em helicópteros. Somente os diplomatas atravessam a península de automóvel, em verdadeiros comboios, protegidos tanto por lanchas de patrulha, como por baterias antiaéreas.

Nota-se a enorme importância do evento para a Grécia, que encerra agora o seu mandato na presidência rotativa da UE. Com tantas medidas de segurança, não houve problema em deixar Salônica para os milhares de opositores da globalização, que anunciaram manifestações. Num gesto de magnanimidade que beira a ironia, o governo de Atenas até lhes reservou um acampamento e uma área para manifestação no campus da universidade. "Todos devem poder expressar seu ponto de vista. Mas pacificamente, por favor", apelou o ministro grego de Relações Exteriores.

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