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Últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados

8 de novembro de 2016

Dados apresentados na conferência do clima, no Marrocos, apontam países em desenvolvimento como os mais prejudicados pelas mudanças climáticas.

Deutschland O2-Tower in München - Sonnenlicht
Foto: picture-alliance/dpa/M. Müller

Os últimos cinco anos foram os mais quentes da história, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta terça-feira (08/11), em paralelo à conferência climática que acontece em Marrakesh, no Marrocos.

De acordo com os dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), entidade da ONU que coordena o levantamento, o período entre 2011 e 2015 foi o mais quente já registrado no planeta. Em 2015, aponta o estudo, o aumento da temperatura global média do período pré-industrial já excedeu um grau Celsius.

O estudo diz que as mudanças climáticas têm provocado mais ondas mortais de calor, furações, inundações e secas, que têm sido mais frequentes e intensas nos últimos anos. Ainda segundo o relatório, os países em desenvolvimento são os mais vulneráveis a estes efeitos.

Outro estudo semelhante divulgado pela organização Germanwatch verificou que eventos relacionados às mudanças climáticas têm provocado estragos nas economias dos países e também têm causado a morte de milhares de pessoas.

Nas duas últimas décadas antes de 2015, o estudo apontou que mais de 528 mil pessoas morreram por causa de desastres ligados às mudanças do clima. As perdas totais nos países já somam mais de 3 trilhões de dólares.

"Para muitas pessoas, a mudança climática é algo distante – mas com nosso relatório também mostramos que as discussões que promovemos aqui (na conferência do clima no Marrocos) estão enraizadas em eventos do mundo real", disse o porta-voz da Germanwatch, Soenke Kreft.

No relatório, baseado em dados de 1996 a 2015, a Germanwatch revela que Honduras, Mianmar e Haiti foram os mais afetados pelas mudanças climáticas. Somente em 2015, Moçambique, Dominica e Maláui foram os que mais sofreram com o fenômeno.

De acordo com o relatório divulgado em Marrakesh, a cobertura de gelo do Ártico, no verão, esteve 28% abaixo da média de 1981-2010, alcançando o nível mais baixo em 2012. Pelo contrário, o gelo no mar Antártico ficou acima da média, especialmente no inverno.

Também a superfície de gelo derretido na Groelândia, que contribui para a elevação do nível do mar, continuou, período de 2011 a 2015, em valores acima da média, registrados todos os cinco anos, de 1981 a 2010.

TMS/dpa/lusa

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