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HistóriaEuropa

1814: Começava o Congresso de Viena

Catrin Möderler 18 de setembro de 2016

No dia 18 de setembro de 1814, representantes de quase todas as nações europeias participaram da Conferência de Paz de Viena. Seu objetivo foi a reordenação política da Europa após as guerras napoleônicas.

Congresso de Viena
Congresso de VienaFoto: Getty Images

Tema de operetas e de comédias do cinema, o Congresso de Viena foi a base de sérias decisões para a Europa. Napoleão havia sido derrotado, pondo um fim à hegemonia da França no continente. Os territórios tinham de ser redistribuídos e as relações de poder, reequilibradas.

No dia 18 de setembro de 1814, chefes de Estado e de governo das grandes potências de então reuniram-se pela primeira vez no palácio Hofburg, em Viena.

Charles Maurice de Talleyrand, príncipe de Benevent, representava a França no Congresso de Viena. O organizador do evento foi o ministro austríaco das Relações Exteriores, Clemens Wenzel, príncipe de Metternich – um diplomata astuto.

Quando Napoleão estava no apogeu do seu poder, foi Metternich quem arranjou seu casamento com a filha do imperador austríaco. Quando a estrela de Napoleão caiu, foi Metternich quem deu as cartas para a época posterior.

Festas e aumento dos impostos

Como presidente do Congresso de Viena, Metternich tentou manter o controle sobre todas as decisões. Ele procurou desviar a atenção dos participantes.

Nos meses do Congresso, toda a capital austríaca era um verdadeiro salão de festas: bailes de máscara, banquetes e apresentações de gala geraram custos da ordem de 7,3 milhões de florins. Para os diplomatas, as festas representaram diversão sem fim; para a população, um aumento dos impostos.

As grandes potências foram representadas pelos seus mais altos dignitários. O czar Alexandre 1º representou a Rússia. A Prússia enviou o rei Frederico Guilherme 3º. Pela Inglaterra, esteve presente o duque de Wellington. A Áustria foi representada pelo imperador Francisco 1º e pelo príncipe de Metternich. Quarenta e sete governos europeus enviaram delegados ao Congresso de Viena.

O Congresso foi acompanhado pelos acordes do mais novo estilo musical, a valsa vienense. O marechal-de-campo príncipe Carl de Ligne fez a constatação resignada: "O Congresso dança, mas não vai para frente". Finalmente, houve resultados. Eles foram registrados na ata do Congresso de Viena de 8 de junho de 1815.

Derrota definitiva de Napoleão

A França foi pressionada de volta às suas fronteiras de 1792. A Suíça recuperou a neutralidade perdida. A Polônia tornou-se parte da Rússia. A Liga Alemã, sob a presidência austríaca, tomou o lugar do Sacro Império Romano de Nação Germânica, há muito desfeito.

A Áustria tornou-se assim, durante uma certa época, o centro da ordem europeia. Em fevereiro de 1815, Napoleão deixou o seu exílio na Ilha de Elba, embarcando rumo à França. Reuniu novamente seus correligionários mais fanáticos e retornou a Paris.

Mais uma vez, assumiu o poder como imperador. Mas durante apenas cem dias, sendo então derrotado definitivamente pelas grandes potências europeias na batalha de Waterloo. A paz retornou à Europa. O Congresso de Viena terminou.