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História

1826: Primeira fotografia

Catrin Möderler (rw)

Em 9 de maio de 1826, usando uma caixa de madeira, o francês Joseph Nicéphore Niepce conseguiu, pela primeira vez na história, gravar uma imagem numa folha de papel sensibilizado quimicamente.

Erste Photographie der Welt
Foto: picture-alliance/akg-images

Já no século 15, Leonardo da Vinci descrevera o método e os efeitos da câmara escura. Ele havia constatado que, se na janela de um quarto totalmente escuro fosse recortado um pequeno furo, a imagem do que estava do lado de fora da janela seria projetada na parede dentro do quarto. Só que de cabeça para baixo. As proporções, no entanto, seriam perfeitas.

Depois disso, vários pintores e desenhistas adotaram esta técnica para reproduzir a realidade, através de caixas de madeira pintadas de preto, as chamadas câmaras escuras. No século 19, as invenções e descobertas relacionadas com a Revolução Industrial possibilitaram que se fixasse, em papel ou em metal, a imagem projetada pela câmara escura.

Êxito, obra do acaso

Niepce, inventor típico de sua época, interessou-se por essa técnica. Depois de muitos anos de frustração, ele conseguiu, finalmente, fixar a imagem, em maio de 1826, com sua Mesa Posta.

Niepce (1765–1833) colocou uma folha de papel sensibilizado quimicamente dentro de uma câmara primitiva apontada para uma mesa posta em seu jardim. Depois de várias horas, ficou gravada no papel uma tênue imagem, considerada hoje a primeira fotografia do mundo. O êxito, entretanto, parece mais ter sido obra do acaso, pois as primeiras fotografias realmente estáveis, que não desapareciam quando expostas à luz, estão separadas umas das outras por muitos meses e até mesmo anos.

Sociedade com Daguerre

Também o pintor e cenógrafo Louis Jacques Daguerre (1787–1851) estava tentando fixar as imagens do mundo real em placas de metal polido, usando o mesmo método da câmara escura. Em 1826, ele começou uma sociedade com Niepce, para a troca de informações. Depois que o sócio morreu, em 1833, Daguerre prosseguiu com as pesquisas sozinho, mas abandonou o papel sensibilizado e se dedicou à placa polida de metal.

Por acaso, descobriu o método da fixação da imagem e assumiu a paternidade do processo que chamou de "daguerreotipia". Com o passar do tempo, a câmara escura, suas lentes e as placas foram substituídas pelo filme e o papel fotográfico, que hoje também já perderam importância com o desenvolvimento da fotografia digital.

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