No dia 5 de maio de 1922, pela primeira vez um automóvel – um Ford modelo T – foi equipado com um rádio. O que a princípio parecia excêntrico, em cinco anos tornou-se produção em série.
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Duas importantes invenções do mundo moderno aconteceram quase simultaneamente. O automóvel existia há algumas décadas, e Henry Ford havia começado sua produção em série no começo do século.
A técnica do rádio, no entanto, ainda estava sendo desenvolvida quando, em 1922, George Frost sentou-se confortavelmente em seu modelo T, deu a partida e ligou o aparelho. Um gesto que entrou para a história.
Hoje mal se pode imaginar um carro sem rádio. O jovem estudante de 18 anos e presidente de um radioclube pode, entretanto, não ter sido o primeiro na invenção, como conta um porta-voz da Ford em Colônia: "Como nessa época houve várias pessoas que adaptaram um receptor no carro, é difícil dizer quem foi o primeiro, mas oficialmente Frost é considerado seu inventor".
Dos gigantescos aos removíveis
Nos seus primórdios, o rádio nos veículos ocupava tanto espaço que, se o automóvel tivesse dois bancos, o de trás seria tomado pelo aparelho e sua antena.
Hoje, os modelos são cada vez mais compactos e versáteis. Além de música e informação, os mais avançados já oferecem sistema de navegação, telefone e internet – avanços que tornam o autorrádio um objeto cada vez mais cobiçado por ladrões.
Mas esse problema, em parte, foi resolvido pela indústria, com equipamentos de rádio cada vez menores e de painel removível. Um conforto, desde que não seja esquecido em casa.
10 favoritos entre os carros antigos
Automóveis clássicos são ícones do passado que não perdem o fascínio. Confira aqui uma seleção de veículos, alguns até com mais de 100 anos, mas que muitos ainda gostariam de dirigir.
Foto: picture alliance/dpa/H. Galuschka
Ford Modelo T (1908)
Henry Ford revolucionou a indústria automotiva com o Modelo T, o primeiro carro popular. A montagem em esteiras introduzida por Ford contribuiu para o sucesso do veículo, e estabeleceu novos padrões na produção industrial. Imortalizado por Aldous Huxley no livro "Admirável mundo novo", o Ford T anunciou uma nova era nas estradas, e se tornou o pai de todos os itens de colecionador.
Foto: picture-alliance/dpa/dpaweb/Ford
Rolls-Royce Ghost (1925)
Os loucos anos 1920 estavam a todo vapor quando a Rolls-Royce lançou seu carro de luxo, o Ghost (fantasma) – nome que também foi usado para oito modelos posteriores. Rodando com uma potência de 40 cavalos-vapor, seu interior era configurado de acordo com as exigências do proprietário. Na Índia, membros da classe dominante encomendaram designs especialmente luxuosos, que hoje valem milhões.
Foto: picture alliance//HIP/National Motor Museum
Alfa Romeo 8C (1938)
O Alfa Romeo 8C, um carro de passeio também usado em corridas, cuidou para que a marca – e os automóveis italianos em geral – fosse vista como o endereço certo para carros velozes e "sexy". Nos anos 1930, a primeira edição se destacou por seu motor de oito cilindros em linha. Nos primeiros anos, o volume de produção foi limitado, o que o tornou o sonho de todo colecionador.
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Mercedes Benz 300 SL (1957)
Famoso pelo formato de suas portas, o modelo "asa de gaivota" foi concebido como carro de corrida para rua. O Mercedes 300 SL é também notório por ter sido o primeiro veículo com injeção direta de combustível. Projetado como um carro leve, ele teve 29 exemplares fabricados com carroceria toda em alumínio, e eles fazem inveja a qualquer fã de carros antigos.
Foto: picture alliance//HIP/National Motor Museum
Cadillac Eldorado (1959)
Nos anos 1980, Natalie Cole e Bruce Springsteen celebraram a luxuosa marca americana com a canção "Pink Cadillac". Entusiasmo baseado na nostalgia, pois a primeira edição do Eldorado esteve auge na década de 1950, mas sua popularidade decaiu constantemente a cada nova geração de modelos. No entanto, o Eldorado original permanece um ícone do design automobilístico.
Foto: picture-alliance/H. Lade Fotoagentur GmbH
Jaguar E-Type (1961)
Ninguém melhor do que os britânicos para aliar design atemporal a lindos detalhes e excelente desempenho. O Jaguar E-Type (também conhecido por XK-E nos EUA) simbolizou o estilo mutante dos anos 1960 e foi considerado pelo jornal "Daily Telegraph" um dos "100 carros mais belos do mundo". O próprio Enzo Ferrari o consagrou "o carro mais bonito de todos os tempos."
Foto: picture alliance/Photoshot
Aston Martin DB5 (1964)
O nome é Martin. Aston Martin. Assim como um martíni mexido, mas não batido, esse carro também faz parte do arsenal sedutor de dispositivos de James Bond. Com somente mil modelos em circulação, o DB5 assumiu status de enigma automobilístico desde de seu papel protagonista no filme de 007 "Goldfinger", de 1964.
Foto: picture alliance/Photoshot
Ford Shelby GT 350 Mustang (1965)
Quer "Mustang Sally" de Wilson Picket, quer "Mustang cor de sangue" de Wilson Simonal, o sucesso do mais ousado design da Ford foi cantado em verso e prosa. Originalmente concebido como Shelby GT 350 pelo projetista e piloto Carroll Shelby, o modelo ainda é passatempo para muitos mecânicos. A cada modelo, seu capô ficou cada vez mais longo, mas não somente para acomodar motores maiores e melhores.
Foto: imago/All Canada Photos
Chevrolet Camaro RS/SS (1969)
Em concorrência direta com o Ford Mustang, a Chevrolet introduziu o Camaro em 1967. Fiel à preferência por nomes começando com "C", a montadora pôs de lado o nome original, "Panther", apenas poucos dias antes de divulgar seu mais novo design. Reagindo à publicidade negativa sobre modelos anteriores, ela também incluiu novos elementos de segurança no Camaro.
Foto: imago/imagebroker
MG MGB Roadster
O MGB Roadster é possivelmente o modelo "vintage" encontrado com mais frequência nas convenções de colecionadores automobilísticos. Campeão por suas características de segurança, ele foi um dos primeiros a apresentar uma zona deformável. O desempenho desse esportivo leve britânico ainda consegue superar a de alguns modelos premium atuais. Uma boa escolha para se iniciar uma coleção.