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História

11 de julho de 1926

Catrin Möderler (rw)

No dia 11 de julho de 1926, o piloto alemão Rudolf Caracciola tornava-se campeão do Grande Prêmio nacional, no circuito de Avus, em Berlim.

Caracciola siegt auf der Avus 11.7.1926
Foto: picture-alliance/akg-images

Até os últimos metros do Grande Prêmio da Alemanha, em 10 de julho de 1926, o piloto Rudolf Caracciola não sabia em que colocação se encontrava. O azar havia começado já na largada, quando seu Mercedes ficou parado, enquanto todos os demais concorrentes passavam por ele.

Porém após cinco voltas ele já havia avançado para uma colocação intermediária. O favorito era Adolf Rosenberger, segundo colocado, que acabou provocando um grave acidente numa tentativa de ultrapassagem na pista molhada. Apesar do saldo de três mortos e piloto e copiloto feridos, a corrida não foi interrompida.

Somente quando parou nos boxes para a troca de velas, Caracciola descobriu que a corrida acabara. Foi recebido com uma coroa de louros por Ferdinand Porsche, chefe da Mercedes à época. O alemão foi um dos primeiros pilotos a ser contratado por uma montadora; os outros concorrentes pilotavam quase sempre carros particulares.

Natural da Renânia, o piloto de sobrenome italiano começou sua carreira no início dos anos 1920 como vendedor na Daimler-Benz. Como a fábrica precisasse de pilotos, "Caratsch", como passou a ser chamado pelos fãs, estreou na Mercedes em 1923.

O auge de sua carreira aconteceu em 1934, quando foram instituídas novas regras para o automobilismo. Como os carros não devessem ultrapassar 750 quilos, a Mercedes construiu especialmente para Caracciola um veículo branco, de 354 HP, de cilindro com volume de 3,6 litros e velocidade máxima de 450 quilômetros por hora.

Flecha de Prata

A decepção veio logo na primeira competição: o carro ainda pesava demais, e os mecânicos tiveram de raspar sua tinta às pressas. Devido à cor metálica, entrou para a história do automobilismo como Silberpfeil (Flecha de Prata).

Em sua biografia, o piloto descreveu: "O vento assobiava nos ouvidos e os motores rugiam. Você parecia ouvir esse barulho dentro de si mesmo, o que lhe dava a certeza de ser o todo-poderoso sobre esse potente colosso de metal. Ou você pensa tão rápido e preciso como essa fera, ou ela assume o controle sobre você".

Caracciola ganhou o GP da Alemanha seis vezes. Entre as diversas conquistas internacionais, as duas mais importantes foram as dos principais torneios antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial: o britânico Tourist Trophy e o italiano Mille Miglia.

A carreira de Rudolf Caracciola foi encerrada por uma série de acidentes, em meados de 1940. Contudo, até sua morte, em 1959, ele continuou no automobilismo, na qualidade de observador ou conselheiro.

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