3 de junho de 1952
É enorme a quantidade de documentos guardados no registro nacional da Alemanha, na cidade de Koblenz. Colocadas lado a lado, as estantes do Arquivo Central cobririam uma distância de 250 quilômetros. Na sua inauguração, o arquivo possuía apenas sete funcionários. Hoje em dia, são 260, e mais 580 nas filiais de Aachen, Bayreuth, Frankfurt, Potsdam e Rastatt.
Embora na época de sua fundação a escolha de Koblenz para sede tenha sido motivo de controvérsia – pois alguns queriam que fosse Bonn, sede provisória do governo da Alemanha Federal –, com o passar do tempo a polêmica acabou sendo esquecida.
A tarefa primordial do Arquivo Central continua sendo, até hoje, a documentação dos acontecimentos na Alemanha, por meio do arquivamento dos atos do governo. Com exceção dos documentos do tempo do nazismo e da ex-Alemanha Oriental, os registros do governo são guardados durante 30 anos.
Aberto a consultas particulares
Em 1986, o arquivo ganhou uma sede nova, mas continuou na cidade onde se encontram os rios Reno e Mosela. Mais tarde, com a reunificação alemã (1990), seu acervo foi enriquecido com documentos históricos da ex-República Democrática Alemã (RDA). Cada uma das filiais é dedicada a um setor específico, como o arquivo militar, que fica em Freiburg, ou o cinematográfico, em Berlim.
A partir de 1987, uma alteração na legislação regulamentou o uso do arquivo central. Cada cidadão alemão pode consultar o acervo, seja para objetivos jornalísticos, científicos ou da administração pública, desde que o faça em pedido oficial, justificando o motivo de seu interesse.
Estão armazenados no arquivo documentos desde 1815, passando pelo Deutsches Reich (o Império Alemão, de 1867/71-1945), pelos tempos da ocupação dos Aliados (1945-1949), a República Democrática Alemã (1949-1990) e a República Federal da Alemanha (a partir de 1949).