1956: Israel ocupa o Sinai
Publicado 29 de outubro de 2015Última atualização 29 de outubro de 2019Em pouco menos de uma semana de combates, as tropas israelenses, por meio de paraquedistas, unidades de tanques e com o apoio da Força Aérea, avançaram e conquistaram grande parte da Península do Sinai.
Pararam apenas a dez milhas do Canal de Suez, conforme haviam pedido os britânicos e franceses, que apoiaram Israel na invasão, ocorrida em 29 de outubro de 1956.
França e Reino Unido não aceitavam a estatização do canal, feita pelo carismático líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Era a intenção de Paris e de Londres reconquistá-lo e, além disso, a França pretendia vingar o apoio do Egito aos rebeldes na Argélia.
Por seu lado, o fundador de Israel e chefe de governo, David Ben Gurion, queria demonstrar o potencial de seu país, criado oito anos antes.
O Egito proibia a passagem de navios de Israel pelo Estreito de Tiran e pelo Canal de Suez. Além disso, o país havia fechado um pacto militar com a Síria e a Jordânia. Ao mesmo tempo, escalava o conflito ao longo da fronteira entre Israel e Egito, principalmente na Faixa de Gaza.
Moscou ameaçou intervir em favor do Egito, enquanto a ONU fez um apelo não só pelo cessar-fogo, mas também pediu a retirada dos agressores israelenses da Península do Sinai. A saída foi concluída em janeiro de 1957. Em março, a ONU estacionou uma tropa especial ao longo da linha de cessar-fogo.
Israel continuou não podendo usar o Canal de Suez, mas acabaram os conflitos além-fronteira. e os israelenses conseguiram um acesso ao porto de Eilat, no Mar Vermelho.
Esta situação perdurou até 1967, quando o presidente Nasser exigiu a retirada das tropas da ONU e fechou o Estreito de Tiran, provocando a Guerra dos Seis Dias.