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História

1977: Choque de aviões causa recorde de mortes

Oliver Ramme (rw)

Em 27 de março de 1977, um Boeing 747 da KLM colidiu com um Jumbo da PanAm no aeroporto de Tenerife, nas Ilhas Canárias. A explosão matou 583 pessoas, o maior número de vítimas fatais da história da aviação.

Pessoa parada dentro de uma turbina de avião acidentado
Acidente causou total destruição das aeronavesFoto: Getty Images/Central Press

Eram 10h20 no aeroporto de Amsterdã quando um Boeing 747 da companhia aérea holandesa KLM partiu com 235 passageiros e 14 tripulantes a bordo em direção à ilha Grã-Canária. O capitão era Veldhuizen Van Zanten, de 51 anos, com larga experiência profissional.

Durante o voo de quatro horas, ele recebeu uma importante mensagem do aeroporto de destino: um atentado a bomba num dos terminais provocou o desvio de todos os voos para a vizinha Ilha de Tenerife. No início da tarde, o avião da KLM pousou com segurança no aeroporto de Los Rodeos.

Apenas algumas centenas de metros dali, um Jumbo 747 da PanAm, com 378 passageiros e 16 tripulantes a bordo, era abastecido. Esse avião vinha de Los Angeles e também havia sido desviado para Tenerife.

Como a situação no aeroporto de Grã-Canária tivesse se tranquilizado, os voos voltaram a ser liberados. O capitão Veldhuizen manobrou seu avião em direção à pista de decolagem. Como o pequeno aeroporto de Los Rodeos não tinha capacidade para aviões deste porte, o capitão holandês seguiu as instruções da torre e às 18h estava em posição de decolagem.

Devido à forte neblina, ele mal conseguia ver a torre e nem o 747 norte-americano que se aproximava. Os dois aviões estavam a dois quilômetros um do outro e recebiam instruções pela mesma frequência de rádio. Talvez pelos poucos conhecimentos de inglês do pessoal da torre ou por problemas técnicos, houve algum mal-entendido, e o capitão da KLM entendeu que poderia decolar.

O piloto americano pressentiu a catástrofe e tentou sair da pista, mas já era tarde. O 747 da KLM cortou a lateral do Jumbo da Pan Am a uma velocidade de 250 quilômetros por hora. A explosão foi imediata. Os poucos sobreviventes contaram que, em cinco minutos, estava tudo praticamente reduzido a cinzas.

As equipes de resgate levaram nove horas para apagar o incêndio. Saldo da catástrofe: 583 mortos. Nenhuma pessoa do avião holandês sobreviveu à tragédia. O relatório final dos peritos assinala que o acidente com o maior número de mortos da história da aviação  se deveu a problemas de comunicação e a um erro do comandante holandês.

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