Datafolha mostra tucano em empate técnico com candidata do PSB. No Ibope, distância cai para cinco pontos. Pesquisas apontam Dilma com 40% e à frente dos dois adversários em eventual segundo turno.
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A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (02/10), a três dias das eleições, mostra Aécio Neves (PSDB) tecnicamente empatado com Marina Silva (PSB).
O tucano cresceu um ponto e chegou a 21%. Enquanto a pessebista caiu de 25% para 24%. A diferença entre os dois candidatos chegou a ser de 20 pontos no início de setembro.
A presidente Dilma Roussef (PT) manteve o mesmo patamar desde o último levantamento, de 40%. Se as eleições fossem hoje, a pesquisa indica que haveria segundo turno.
Dilma tem 45% dos votos válidos, seguida de Marina, com 27%, e Aécio, com 24%. Para ganhar já no dia 5 de outubro, a atual presidente teria que ter 50% mais um.
Em um segundo turno contra Marina, Dilma venceria, segundo o Datafolha. A candidata a reeleição teria 48%, contra 41% da ambientalista. Contra Aécio, o resultado é o mesmo.
O Datafolha realizou 12.022 entrevistas em 433 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Ibope
Segundo o levantamento do Ibope, também divulgado nesta quinta-feira (02/10), Marina ainda está à frente de Aécio.
A ambientalista manteve a tendência de queda, perdendo um ponto e chegando a 24%. Já o tucano segue no mesmo patamar, de 19%.
Momentos marcantes da campanha eleitoral
Durante quase três meses os candidatos à Presidência da República disputaram votos. A campanha eleitoral foi intensa e marcada por ataques, escândalos e a morte de um presidenciável.
Foto: Reuters
Começa a disputa
Com a presidente Dilma Rousseff com amplo favoritismo e ainda com Eduardo Campos, a corrida ao Planalto começou em 6 de julho. A partir de então foi liberada a propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência, governos estaduais, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas.
Foto: Antonio Cruz/ABr
Tragédia muda cenário
A corrida eleitoral, que começara em 6 de julho, teve seus primeiros meses marcados pela morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB. Campos estava em plena campanha, quando o jato particular que o levava caiu em Santos, no litoral paulista, no dia 13 de agosto. Devido à tragédia, Dilma Rousseff e Aécio Neves suspenderam suas campanhas por alguns dias.
Foto: picture-alliance/dpa
Nova candidata
Depois de sete dias de reuniões e discussões, o PSB confirmou em 20 de agosto os nomes de Marina Silva e Beto Albuquerque como novos candidatos à Presidência e vice pelo partido. A entrada da nova candidata representou uma guinada na corrida eleitoral.
Foto: Getty Images/Mario Tama
No rádio e na TV
A propaganda eleitoral no rádio e na TV começou no dia 19 de agosto. O primeiro programa foi marcado por homenagens a Eduardo Campos. Logo, porém, o tempo passou a ser usado pelos partidos, sobretudo PSDB e PT, para ataques aos adversários.
Foto: AFP/Getty Images/Evaristo Sa
Ataques e debates
O espaço destinado ao debate entre os presidenciáveis foi marcado por ataques mútuos e discussões sobre escândalos de corrupçao. A apresentação de propostas acabou ficando em segundo plano.
Foto: picture-alliance/dpa/Sebastião Moreira
Altos e baixos
A entrada de Marina Silva na disputa pela Presidência casou uma reviravolta nas intenções de voto. A candidata teve um crescimento vertiginoso. Deixou para trás Aécio Neves, ficando em segundo lugar nas pesquisas, e passou a disputar votos acirradamente com Dilma Rousseff. Mas nas últimas sondagens, Marina vem perdendo força.
Foto: Reuters/Paulo Whitaker
Escândalos de corrupção
A um mês da eleição, o vazamento do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, à Polícia Federal, sobre políticos beneficiados por um esquema de corrupção na estatal, serviu de munição para ataques a Dilma. Em sua defesa, ela vem afirmando ser a única presidenciável a apresentar propostas de combate à corrupção.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Campanha na ONU
A presidente Dilma Rousseff levou um discurso similar ao de sua campanha à abertura da Assembleia Geral da ONU. Ela usou o espaço para ressaltar os êxitos sociais de seu governo. Dilma negou ter usado o evento de campanha eleitoral e afirmou que o discurso seguiu a linha adotada nos anos anteriores.
Foto: Reuters/Mike Segar
Declarações homofóbicas
O quarto debate dos presidenciáveis da televisão foi marcado pelas declarações homofóbicas do candidato pelo PRTB, Levy Fidelix. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a cassação de sua candidatura. Em algumas cidades do país, simpatizantes da causa LGBT organizaram beijaços em repúdio às declarações.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Reta final
A corrida eleitoral entrou na sua reta final. A propaganda eleitoral no rádio e na TV termina nesta quinta-feira (02/10) e na sexta é o último dia de vinculação de propaganda paga. No domingo, o Brasil vai às urnas eleger o próximo presidente da República, além de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Foto: Reuters
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Dilma cresceu um ponto, ampliando a vantagem em relação a Marina e atingindo os 40%.
Assim como no levantamento do Datafolha, o Ibope indica que haveria um segundo turno. Dilma tem 47% dos votos válidos, Marina, 28%, e Aécio, 22%.
Em caso de um segundo turno com Marina, a petista tem 43%, contra 36% da ex-senadora. Pela primeira vez na pesquisa, Dilma ultrapassou a margem de erro, que configurava empate técnico entre as duas candidatas. Contra Aécio, Dilma ganha com mais folga, de 46% a 33%.
O levantamento aponta que a atual presidente cresceu cinco pontos no Nordeste, seu principal reduto eleitoral. Na região, a petista tem 54% dos votos. Marina aparece com 24%, e Aécio, com 7%.
A petista também subiu no Sudeste, passando de 30% para 32%, o que lhe permitiu sair do empate técnico com Marina, que caiu de 27% para 25%. Aécio continuou com 23%.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.