Quem veste a camisa da Seleção durante a Copa é um "coxinha", "golpista" e "machista"? Nem mesmo o futebol escapa da polarização política brasileira, constata o jornalista Thomas Milz.
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Copas do Mundo costumam ser um momento em que as pessoas, de uma hora para a outra, passam a fazer uma análise crítica de si mesmas e de seu país. Quando a seleção nacional vence, isso supostamente diz alguma coisa também sobre o funcionamento da própria sociedade. No nosso caso, o dos alemães, significa que a seleção é uma máquina bem azeitada, uma obra-prima da engenharia – como uma Mercedes. Se ela vence jogando bem, claro.
Se, ao contrário, o caos domina a equipe, como nos jogos contra o México e a Suécia, isso só pode ser um reflexo do caos político que predomina na Alemanha. Como as carreiras do treinador Joachim Löw e da chanceler federal Angela Merkel sempre correram em paralelo, é simplesmente lógico que os seus próprios sistemas estejam agora, ao mesmo tempo, caindo sobre suas cabeças.
No Brasil parece não ser muito diferente. Os grandes triunfos de 1958 e 1962 representavam, claro, o "momento Bossa Nova", quando o país de repente ascendeu e passou a ser percebido internacionalmente. Quando a Seleção cai de forma inglória, o fracasso da equipe é um reflexo da disfuncionalidade de toda a sociedade, como mostra a autodilaceração da sociedade brasileira desde o 7 a 1 em Belo Horizonte.
Nessas horas, jogadores de futebol são o bode expiatório perfeito. Os jogadores da seleção alemã que têm raízes no exterior sabem disso melhor do que ninguém. Quando as coisas não andam bem, eles são os primeiros a serem criticados. Mais ainda, passa a ser questionado até se eles deveriam fazer parte do selecionado nacional, devido às suas raízes.
No Brasil também se pode observar uma discussão semelhante sobre supostos "traidores da pátria". Quem ganha seus milhões no exterior tem mais chances de ser visto como um "mercenário" que não se empenha com a paixão suficiente. A paciência é maior com aqueles jogadores que defendem as cores do próprio clube, jogando no Brasil.
É difícil escapar desse dilema. No nosso mundo globalizado, as Copas do Mundo substituíram as guerras. Não é mais necessário conquistar outros países para satisfazer sentimentos patrióticos – basta derrotá-los em campo para acalmar nosso fervor nacionalista. Bola em vez de bala – o futebol é uma das melhores conquistas da civilização.
Porém, a coisa fica mais complicada quando um grupo político se adona de um símbolo nacional, como a amarelinha, e passa a monopolizá-lo. Foi o que aconteceu durante os protestos contra a então presidente Dilma Rousseff, em 2015 e 2016. Usar as cores do Brasil em oposição ao vermelho do PT é, claro, enviar a mensagem de que apenas quem enverga a camisa da Seleção é um patriota e de fato brasileiro. Todos os outros não são. Pior ainda, eles são tachados de agentes estrangeiros. "A nossa bandeira jamais será vermelha" era o grito de guerra daqueles protestos. Todos os outros fariam melhor em se mandar para Cuba ou para a Venezuela, sua pátria de fato, era a mensagem.
O uso da amarelinha pelo movimento #ForaDilma certamente colaborou para o interesse apenas morno pela atual Copa do Mundo. Amigos meus que são de esquerda automaticamente identificam pessoas que usam a amarelinha como "coxinhas" e, portanto, "golpistas". Claro que também essa estigmatização automática é horrível e simplista, mas ela reflete a polarização extrema da sociedade.
E o próximo degrau desse acirramento ocorre agora nas redes sociais, depois que apareceram vídeos que mostram torcedores brasileiros vestindo a amarelinha e ofendendo mulheres e jovens russos no país-sede da Copa. Agora, além de "coxinha" e "golpista", quem veste a camisa da Seleção corre o risco de ser também "machista" e "fascista".
Um título para o Brasil acabaria com a polarização entre esses dois lados que parecem irreconciliáveis? Os dois lados poderiam se abraçar em paz com o Brasil campeão? É algo desejável. Leio no jornal que, nos últimos dias, a camisa azul da Seleção vendeu melhor do que a amarelinha. O azul é a cor da paz, isso dá esperança de que os "amarelos" e os "vermelhos" voltem a se entender – mesmo que seja de azul.
Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como o Bayerischer Rundfunk, a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.
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Momentos da Copa do Mundo de 2018
A Rússia é sede da 21ª edição do Mundial. São 32 seleções, 64 jogos, em 12 estádios e em quatro fusos horários. Ao todo, 732 jogadores correm atrás do mesmo objetivo: estar na final, em Moscou, em 15 de julho.
Foto: REUTERS
França é bicampeã mundial!
Sob muita chuva, o capitão da seleção francesa, o goleiro Hugo Lloris, levanta a taça de campeão da Copa do Mundo de 2018. Praticamente 20 anos depois da conquista contra o Brasil, a Équipe Tricolore iguala Uruguai e Argentina no número de títulos mundiais. Vive la France! (15/07)
Foto: REUTERS
Os melhores da Copa
O meia croata Luka Modric recebeu o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo de 2018, enquanto o atacante francês Kylian Mbappé foi eleito o melhor jogador jovem da competição. A chuteira de ouro ficou com o inglês Harry Kane (seis gols) e o melhor goleiro foi o belga Thibaut Cortois. Por fim, a Espanha recebeu o prêmio Fair Play. (15/07)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Deschamps iguala Zagallo e Beckenbauer
O técnico francês Didier Deschamps entrou no seleto grupo de campeões mundiais como jogador e treinador. O capitão da Équipe Tricolore campeã em 1998 igualou os feitos de Mario Jorge Lobo Zagallo (1958 e 1962 como jogador e 1970 como técnico) e Franz Beckenbauer (1974 como jogador e 1990 como técnico). (15/07)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Ataque fulminante dos Diabos Vermelhos
A seleção belga fez jus às expectativas em torno da chamada "ótima geração". Com talentos como Kevin De Bruyne, Eden Hazard, Dries Mertens, Romelu Lukaku e Thibaut Courtois, os Diabos Vermelhos venceram seis das sete partidas e terminaram a Copa do Mundo de 2018 na terceira colocação – a melhor da história da Bélgica. Os belgas tiveram ainda o melhor ataque do torneio, com 16 gols. (14/07)
Foto: Reuters/T. Hanai
It's not coming home!
A campanha dos Three Lions na Copa do Mundo de 2018 empolgou a torcida inglesa, mas a Croácia colocou um fim ao sonho da Inglaterra. Curiosamente, os croatas não venceram nenhum dos jogos na fase mata-mata no tempo normal – todos foram à prorrogação. Enquanto a busca pelo bicampeonato mundial dos ingleses continua, os croatas alcançaram a final pela primeira vez. (11/07)
O treinador Didier Deschamps sabe a quem agradecer e abraça o autor do único gol na vitória contra a Bélgica: o zagueiro Samuel Umtiti. A França disputará sua terceira final de Mundial, depois de 1998 e 2006. Capitão em 1998, Deschamps pode se tornar o terceiro a vencer uma Copa do Mundo como jogador e treinador – depois de Zagallo e Franz Beckenbauer. (10/07)
Foto: Reuters/L. Smith
Rugido dos Three Lions
A seleção inglesa não tomou conhecimento da Suécia e garantiu sua vaga na semifinal. Embora a Inglaterra ostente tradição no futebol, uma liga extremamente competitiva e craques ao longo da história, esta é apenas a terceira (!) semifinal dos Three Lions num Mundial – 1966, 1990 e 2018. O zagueiro Harry Maguire (6), autor do primeiro gol, ainda era um mero torcedor na Euro 2016. (07/07)
Foto: Reuters/C. G. Rawlins
Adeus dos anfitriões
Foi bonito enquanto durou! A anfitriã Rússia sucumbiu nas penalidades para a Croácia e deu adeus à Copa do Mundo. O lateral brasileiro Mário Fernandes manteve o sonho vivo ao empatar no fim da prorrogação, mas ele e Fedor Smolov erraram suas cobranças na disputa por pênaltis. A Croácia alcançou sua segunda semifinal na história, depois de 1998. (07/07)
Foto: Reuters/M. Shemetov
Sonho do hexa adiado
A talentosa geração belga comprovou as expectativas e, em sua primeira prova de fogo, eliminou a favorita seleção brasileira da Copa do Mundo de 2018. Com a vitória, a Bélgica igualou sua melhor campanha ao alcançar a semifinal pela segunda vez em sua história. A Seleção, por outro lado, teve de adiar o sonho do hexa para 2022. (06/07)
Foto: Reuters/T. Hanai
Fim de tabu nos pênaltis
A Inglaterra encerrou o tabu de nunca ter vencido uma disputa de pênaltis na história das Copas do Mundo e se classificou para as quartas de final ao vencer a Colômbia, por 4 a 3, após empate por 1 a 1 no tempo normal. O artilheiro Harry Kane converteu suas duas cobranças – uma durante o tempo regulamentar e outra na disputa eliminatória. (03/07)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
A Bélgica e o imponderável
Que jogo! Que virada! O Japão chegou a fazer 2 a 0 no segundo tempo, mas a Bélgica conseguiu a improvável virada, nos acréscimos, com este gol de Nacer Chadli. A seleção belga é a primeira a vencer no tempo normal um mata-mata de Copa após estar dois gols atrás no segundo tempo – e a primeira a se classificar, após estar perdendo por dois gols desde a Alemanha contra a França, em 1982. (02/07)
Foto: Reuters/T. Hanai
Neymar brilha e sela recorde
De carrinho, Neymar abriu o placar contra o México e marcou o 227º gol do Brasil em Copas do Mundo. Com isso o Brasil ultrapassou a Alemanha e ostenta o recorde de seleção com mais gols marcados em Mundiais. Neymar ainda deu a assistência para o gol de Roberto Firmino, que selou a vitória por 2 a 0 contra os mexicanos. (02/07)
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Subasic iguala recorde
Os goleiros brilharam no empate em 1 a 1 entre Croácia e Dinamarca. Nas penalidades, o croata Danijel Subasic defendeu três cobranças e igualou o recorde do português Ricardo, estabelecido em 2006. Seu colega de posição Kasper Schmeichel também pegou três penais, um deles no segundo tempo da prorrogação. (1º/07)
Foto: Reuters/J. Cairnduff
Akinfeev enlouquece a Rússia
No jogo da retranca russa contra a defesa espanhola com posse de bola, melhor para os anfitriões. Depois de 120 minutos de pouco futebol, o goleiro russo Igor Akinfeev defende as penalidades de Koke e Iago Aspas e coloca a Sbornaya nas quartas de final da Copa. Esta foi a sétima decisão por pênaltis envolvendo anfitriões – nas últimas cinco, a força da torcida local fez a diferença. (1º/07)
Foto: Reuters/C. Recine
Cavani supera CR7
Edinson Cavani é ajudado por Cristiano Ronaldo – um deixa o campo lesionado, o outro a Copa do Mundo. Enquanto o atacante uruguaio anotou os dois gols que garantiram a classificação da Celeste, o craque português teve uma atuação apagada. No mesmo dia, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são eliminados do Mundial. Pior para o futebol, pior para a Copa! (30/06)
Foto: Reuters/M. Sezer
Mbappé elimina Messi
Com 19 anos e seis meses, Kylian Mbappé se tornou o jogador mais jovem a marcar dois gols num jogo de Copa do Mundo desde Pelé, que anotou dois gols na final de 1958, contra a Suécia, com 17 anos e oito meses de idade. Mbappé foi o protagonista da vitória da França, por 4 a 3, contra a Argentina, que resultou na eliminação de Lionel Messi. (30/06)
Foto: Reuters/P. Olivares
Africanos não superam fase de grupos
Depois de 40 anos, a Tunísia volta a celebrar uma vitória numa Copa do Mundo ao derrotar o Panamá por 2 a 1. Em sua quinta participação, a única vitória havia sido justamente em seu primeiro jogo, em 1978: 3 a 1 no México. No Mundial da Rússia, porém, os cinco representantes africanos foram eliminados na fase de grupos – algo que não ocorria desde a Copa de 1982, na Espanha. (28/06)
Foto: Getty Images/C. Ivill
Primeira classificação por Fair Play
Mesmo perdendo para a Polônia por 1 a 0, o Japão avançou para as oitavas de final como a primeira seleção na Copa do Mundo a se classificar pelo critério do Fair Play. A derrota do Senegal para a Colômbia, primeira no Grupo H, deixou japoneses e senegaleses iguais em número de pontos e saldo de gols. Assim, o critério de desempate foram os cartões amarelos: Japão tinha dois a menos. (28/06)
Foto: Reuters/T. Hanai
Vexame histórico da Alemanha
A Alemanha perde para a Coreia do Sul e se despede de forma melancólica da Copa do Mundo de 2018. É o maior fiasco da história da seleção alemã, que, pela primeira vez, não supera a fase de grupos num Mundial. Detalhe: bastava uma vitória simples contra a virtualmente eliminada Coreia do Sul. (27/06)
Foto: Reuters/M. Dalder
Speedy González
O lateral Jesus Gallardo entrou para a história das Copas do Mundo. O lateral mexicano recebeu o cartão amarelo com apenas 15 segundos de jogo – a advertência mais rápida num Mundial. O México foi derrotado pela Suécia, por 3 a 0, mas garantiu a classificação graças ao tropeço da Alemanha contra a Coreia do Sul. (27/06)
Foto: Reuters/D. Sagolj
Rojo salva Messi
Com um gol aos 43 minutos do segundo tempo, o lateral Marcos Rojo salvou a Argentina da vexatória eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo de 2018. O craque Lionel Messi, que anotou o primeiro gol argentino na vitória por 2 a 1 contra a Nigéria, agradece. (26/06)
Foto: Reuters/H. Rmoero
36 anos depois...
A última participação do Peru em Copas havia sido em 1982, na Itália. A longa espera foi recompensada no terceiro jogo da fase de grupos na Rússia. Depois de 36 anos, o Peru voltou a marcar um gol. Depois de 40 anos, o Peru voltou a vencer um jogo de Copa do Mundo. Graças também ao atacante Paolo Guerrero, liberado da suspensão por doping pouco antes do Mundial. (26/06)
Foto: Reuters/M. Rossi
VAR protagonista
Os minutos finais de Espanha x Marrocos e de Portugal x Irã foram decididos pelo árbitro de vídeo (VAR). Em Kaliningrado, a decisão correta em validar o gol de empate de Isco. Em Saransk, pênalti duvidoso dado para o Irã, apesar de consultas às imagens. Com empates nos dois jogos, a Espanha se classificou em primeiro lugar e fugiu do chaveamento, teoricamente, mais complicado. (25/06)
Foto: Reuters/M. Sezer
Passeio inglês
Sempre vista com desconfiança em Copas do Mundo, a Inglaterra apresentou seu cartão de visitas para entrar na lista de favoritas ao título desta edição do torneio ao golear o Panamá por 6 a 1. O centroavante Harry Kane marcou três vezes – primeiro "hattrick" inglês desde Gary Lineker, na Copa de 1986. (24/06)
Foto: Reuters/M. Childs
Vai dali, amigo?
Aos 49 minutos do segundo tempo, sob pressão de precisar da vitória para manter vivas as chances de classificação, Toni Kroos assumiu a responsabilidade e colocou no ângulo do goleiro sueco Robin Olsen. Êxtase e alívio para os atuais campeões mundiais, que novamente jogaram abaixo de suas capacidades. (23/06)
Foto: Reuters/
Diabos Vermelhos endiabrados
A ótima geração belga mostrou que quer ser levada a sério na Copa do Mundo de 2018. Os belgas mostraram um futebol envolvente e golearam com autoridade a Tunísia, por 5 a 2. Destaque para Romelu Lukaku (9) e Eden Hazard (10), que marcaram dois gols cada. Pela primeira vez a Bélgica marcou cinco gols numa partida de Mundial. (23/06)
Foto: imago/Photonews/Panoramic
Na bacia das almas
O Brasil sofreu - e sofreu muito para conseguir sua primeira vitória na Copa. Foram mais de 90 minutos até que Coutinho surgisse na área e, com um toque por baixo das pernas do goleiro Navas, até então herói absoluto da partida, abrisse o placar. Marcou também o jogo um pênalti apontado em Neymar (foto), mas sobre o qual o juiz, após interferência do VAR, voltou atrás. (22/06)
Foto: Reuters/M. Brindicci
Así no, Caballero!
Uma falha grotesca de Willy Caballero abre o caminho para a vitória conduntente, por 3 a 0, da Croácia sobre a Argentina. O goleiro reserva do Manchester City tentou encobrir Ante Rebic, mas o tiro saiu pela culatra. Com gols de Rebic, Modric e Rakitic, a Croácia garante sua classificação às oitavas de final, a primeira depois de 1998. (21/06)
Foto: Reuters/I. Alvarado
É ele e mais dez
Imparável! Na segunda rodada da Copa, Cristiano Ronaldo brilhou de novo. O atacante português foi decisivo e marcou, de cabeça no início do primeiro tempo, o gol que deu a vitória à sua seleção contra o Marrocos. (20/06)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Uma andorinha só não faz verão
A estrela egípica Mohamed "Mo" Salah – ausente na estreia – até marcou de pênalti, mas não conseguiu evitar a segunda vitória da anfitriã Rússia. Salah é apenas o terceiro egípcio a marcar em Copas, depois de Abdulrahman Fawzi, que balançou as redes duas vezes em 1934, e Magdi Abdelghani, em 1990. (19/06)
Foto: Reuters/P. Olivares
Quintero à la Ronaldinho Gaúcho
A surpreendente vitória do Japão contra a Colômbia – muito por conta da expulsão de Carlos Sánchez no terceiro minuto de jogo – contou com uma cobrança de falta inteligente de Juan Quintero. O meia do River Plate cobrou no melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, por debaixo da barreira. O goleiro japones Eiji Kawashima até tentou, mas não evitou a entrada da bola. (19/06)
Foto: Reuters/D. Sagolj
"Harry Houdini", o mago da Inglaterra
Celebrado pela imprensa após a estreia na Copa, o capitão inglês Harry Kane fez a diferença na partida contra a Tunísia. O atacante do Tottenham foi autor dos dois gols ingleses e selou a vitória, por 2 a 1, nos acréscimos. Em sua primeira Copa do Mundo, Kane já tem mais gols do que Wayne Rooney, último grande astro dos Three Lions, em 11 partidas em Mundiais. (18/06)
Foto: Reuters/S. Perez
Bélgica faz dever de casa
Cotada por alguns especialistas como uma das seleções favoritas da Copa do Mundo, a Bélgica fez o dever de casa e não tomou conhecimento do Panamá. Na vitória por 3 a 0, o artilheiro do Manchester United, Romelu Lukaku, marcou dois gols – um deles nesta cavadinha por cima do goleiro panamenho Jaime Penedo. (18/06)
Foto: Reuters/F. Lenoir
Barrado pelo ferrolho suíço
A seleção brasileira começou bem e abriu o marcador com um golaço de Philippe Coutinho. O que parecia tranquilo ficou complicado. Após o empate, a Suíça usou todos os meios para barrar a Seleção – também com faltas, quando preciso. Neymar e cia. sofreram, mas não encontraram meios de furar a retranca suíça. Empate interrompe sequência de dez estreias brasileiras com vitórias em Copas. (17/06)
Foto: Reuters/J. Cairnduff
Irreconhecível!
Irreconhecíveis em campo, os campeões mundiais estrearam com derrota na Copa: 1 a 0 para o México em Moscou. Os jogadores alemães não esconderam a preocupação com o desempenho do time ao fim do jogo. A Alemanha não perdia em estreias em Mundiais desde 1982, quando perdeu para a Argélia. (17/06)
Foto: Reuters/A. Schmidt
¿Qué te pasa, che?
Messi teve nos pés a chance de dar uma vitória para a Argentina na estreia, mas desperdiçou um pênalti. No final, um empate em 1 a 1 com a Islândia, que já ganhou status de queridinha do Mundial. Ao todo, neste dia foram marcados cinco pênaltis em quatro partidas – ficou a um de empatar o recorde de 24 de junho de 1998, que teve seis pênaltis num único dia de Copa. (16/06)
Foto: Reuters/C. Recine
O dia do gajo
O segundo dia de Copa foi o de Cristiano Ronaldo. Com três gols, o último deles um golaço de falta nos minutos finais, o atacante garantiu o empate de Portugal em 3 a 3 contra a Espanha. Ele igualou Pelé e os alemães Uwe Seeler e Klose como únicos a marcar em quatro Mundiais seguidos. (15/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Grits
Política no futebol
O jogo de abertura colocou frente a frente as duas piores seleções no ranking da Fifa presentes na Copa. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, assistiu à vitória da Rússia, por 5 a 0, contra a Arábia Saudita, sentado entre o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o presidente russo, Vladimir Putin. (14/06)
Foto: picture-alliance/TASS/A. Druzhinin
Cerimônia de abertura com polêmica
As apresentações musicais de Robbie Williams e da soprano russa Aida Garifullina deram o pontapé inicial para a Copa do Mundo de 2018. E teve polêmica: o cantor britânico mostrou o dedo do meio às câmeras justamente na parte "I did it for free" ("Eu fiz de graça") da música "Rock DJ". Segundo ele, foi uma resposta aos críticos que afirmaram que Williams havia se vendido ao Kremlin. (14/06)