Após incidentes no Golfo Pérsico, EUA procuram velhos e novos parceiros para compor coalizão militar visando proteger Estreito de Ormuz contra Teerã. Emirados e Arábia Saudita seriam aliados certos, mas e o Catar?
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Atualmente, os Estados Unidos estão buscando aliados para tecer uma coalizão militar com o objetivo de proteger os navios petroleiros no Golfo Pérsico. Segundo o chefe do Estado-Maior americano, Joseph Dunford, trata-se principalmente de "assegurar a liberdade no Estreito de Ormuz e no Estreito de Bab al-Mandeb".
Dunford afirma que Washington disponibilizaria seu conhecimento e suas possibilidades de monitoramento na navegação. Na visão dos EUA, os navios civis poderiam ser escoltados pela respectiva Marinha do país sob cuja bandeira estão viajando.
O Estreito de Ormuz possui uma considerável importância para a economia do planeta: pela rota marítima entre o Irã e Omã passa um terço do petróleo mundial transportado pelo mar. Esse estreito representa, portanto, um elo importante entre os produtores de petróleo da região – Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque – e os mercados na Ásia, Europa e América do Norte.
O Estreito de Bab el-Mandeb está localizado entre o Iêmen, Djibouti e Eritreia, dando acesso ao sul do Mar Vermelho, que ao Norte deságua no Canal de Suez, no Egito.
Como uma parte da rota navegável passa por águas territoriais iranianas, o governo do Irã ameaçou repetidamente bloquear o Estreito de Ormuz. Nas últimas semanas, as tensões entre Teerã e Washington aumentaram novamente, em parte devido às sanções dos EUA, por causa do acordo nuclear desfeito por Washington, mas também porque em junho dois petroleiros foram supostamente atacados no Golfo Pérsico.
Washington culpa Teerã pelos ditos ataques, versão que é rejeitada pelo governo iraniano. Pouco tempo após os incidentes, um drone americano foi abatido pelo Irã, fazendo surgir novas recriminações por parte dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (10/07), o Irã teria tentado mais uma vez interceptar navios-tanque britânicos.
Não só os Estados Unidos, mas também países da região do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, querem suprimir a influência do Irã na região já há muito tempo. Por esse motivo, o especialista em Estados do Golfo, Sebastian Sons, do Conselho Alemão de Relações Exteriores (DGAP), disse considerar que o esforço para formar uma coalizão militar deverá ter uma resposta positiva, especialmente entre esses países.
Em busca de parceiros
O general Joseph Dunford afirmou que, atualmente, mantém-se contato com vários países e que, nas próximas semanas, se verá que há nações com vontade política de aderir à iniciativa. "Com o cancelamento do acordo nuclear, [Donald] Trump concretizou uma parte de suas promessas de campanha e se encontra agora a caminho de isolar ainda mais o Irã", disse o militar do Corpo de Fuzileiros Navais.
O Irã não é somente o maior inimigo da Arábia Saudita, mas Riad é o aliado mais próximo dos EUA na região. Washington pode, portanto, ter certeza de que o reino saudita apoiará tal coalizão militar.
A relação entre o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e o presidente Donald Trump também é considerada muito próxima. "Pode até ser descrita como um relacionamento de dependência – pelo menos do lado da Arábia Saudita", explicou Sons.
No passado, a Arábia Saudita modernizou seu Exército – especialmente com equipamentos americanos. O reino saudita seria, portanto, capaz de fornecer não apenas apoio logístico, mas também de empregar sua própria Marinha ou aviões de caça nessa missão.
Os Estados Unidos também podem contar com o apoio dos Emirados Árabes Unidos – embora o país tenha, no passado, adotado um curso mais conciliador devido aos interesses econômicos frente ao Irã. Como entreposto comercial, Dubai queria relações mais pragmáticas com Teerã, apontou Sons.
"O comando dentro dos Emirados mudou muito em direção a Abu Dhabi." Com isso, o especialista se refere sobretudo à influência do príncipe herdeiro Mohammed bin Zayed, governante de fato dos Emirados Árabes Unidos. "Ele domina muito a agenda política nos Emirados, e ela se tornou muito mais intervencionista e conflituosa em relação ao Irã." Os Emirados, junto à Arábia Saudita, veem-se na vanguarda de uma frente anti-Irã na região.
Novo relacionamento entre EUA e Catar
Também Trump reconheceu o fato de que o pequeno emirado do Catar tenha que ser incluído em tal coalizão, e acabou de receber em Washington o emir Tamim bin Hamad al-Thani – seu "amigo", como o chamou. Na ocasião, o Catar comprou armas e aviões Boeing dos Estados Unidos e concordou em construir uma planta petroquímica no sul do país norte-americano.
Em 2017, a situação soava ainda bem diferente com o bloqueio da Arábia Saudita, dos Emirados e de outros países vizinhos imposto ao Catar – com o apoio dos EUA. "Infelizmente, o Catar tem sido financiador do terrorismo há anos e num nível muito alto", declarou Trump na época. O emirado também havia caído em desgraça por seus laços estreitos com o Irã.
Mas o presidente dos Estados Unidos deu uma guinada de 180 graus nesse contexto: "A principal base militar dos EUA na região está no Catar", apontou Sebastian Sons. Por razões logísticas, especialmente agora que as tensões entre o Irã e os EUA aumentaram, o Catar possui uma enorme importância para Washington. Além disso, o pequeno emirado está envolvido em todos os conflitos na região. Doha é o principal doador para a Faixa de Gaza, e, sem sua ajuda, a ameaça de guerra aumentaria também para Israel.
Os governantes do Catar têm mais influência sobre os talibãs afegãos que qualquer outro país do Golfo – assim eles desempenham um papel importante nas negociações de paz no Afeganistão. Além disso, o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi e o caso envolvendo Haya, a princesa fugitiva de Dubai, prejudicaram a imagem da Arábia Saudita e dos Emirados. Donald Trump também sabe disso.
Para o Catar, no entanto, essa coalizão militar é ambivalente, explicou Sons. Por um lado, o emirado ficou satisfeito com a recepção em Washington, "porque isso representa uma valorização internacional da própria posição". "Mas também porque mostra que o bloqueio dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita não foi um sucesso, mas que o Catar continua sendo um importante player regional e internacional."
Por outro lado, no passado, o Catar sempre tentou manter o equilíbrio entre as potências regionais Arábia Saudita e Irã. "Na verdade, quer-se dar continuidade a essa política. O Catar tentará manter a contenção, mas não ousará resistir a tal plano de uma coalizão militar", afirmou o especialista.
Ele disse até poder imaginar que, em troca de sua participação, Doha poderia usar a situação para pedir aos EUA que exerçam sua influência sobre os antagonistas do Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, com vista à suspensão do bloqueio ao emirado.
Se Trump quiser que o Catar entre no barco, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos devem no final aceitar tal proposta. "Pelo menos se não quiserem colocar em risco o relacionamento com Donald Trump", explicou Sons.
Outros possíveis aliados
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, falou de um total de 20 parceiros na coalizão para a segurança do tráfego marítimo. Ao lado dos três importantes atores, na região do Golfo Pérsico também estariam em questão Bahrein, Kuwait e Omã.
Sebastian Sons disse supor que o Bahrein irá acompanhar os interesses da Arábia Saudita, já que é economicamente dependente de Riad e não persegue, praticamente, nenhuma política externa independente.
Segundo o especialista, Kuwait e Omã poderiam se mostrar mais contidos. "Eles não têm um Exército forte e não vão bem economicamente – são países pequenos que, da mesma forma que o Catar, sempre têm em mente o equilíbrio." Mas pelo menos eles não boicotariam ou torpedeariam tal projeto, acrescentou.
Para o general Dunford, seria importante para Trump que os Estados Unidos não arcassem sozinhos com os custos de tal missão. Uma coalizão militar seria mais um passo para limitar a influência do Irã às suas fronteiras territoriais.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/T. Siu
Ex-chefe da Audi é denunciado por fraude
O ex-chefe-executivo da montadora Audi, Rupert Stadler foi denunciado por fraude em conexão com o escândalo de manipulação de emissões de motores a diesel. Depois do indiciamento do ex-presidente-executivo do grupo Volkswagen Martin Winterkorn, em abril, Stadler se torna a segunda figura de proa da indústria automobilística alemã a ser denunciada formalmente no escândalo. (31/07)
Foto: Reuters/L. Barth
Cresce o número de sem-teto na Alemanha
O número de pessoas sem-teto na Alemanha cresceu, chegando a cerca de 650 mil pessoas em 2017, de acordo com estimativas da entidade alemã de ajuda a desabrigados (BAGW). A maioria dos sem-teto vive em abrigos, e cerca de 48 mil são moradores de rua, sendo muitos deles não alemães, mas cidadãos de outros países da União Europeia (UE), especialmente do Leste Europeu. (30/07)
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Dia da Sobrecarga da Terra
A humanidade atingiu o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para 2019. O planeta atinge o limite do consumo sustentável 3 dias mais cedo do que em 2018. A cada ano, a população mundial consome mais terras aráveis, pastagens, áreas de pesca e florestas do que as disponíveis realmente, além de emitir muito mais CO2 do que as florestas e oceanos do mundo podem absorver. (29/07)
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Primeiro latino a vencer o Tour de France
O colombiano Egan Bernal fez história ao se tornar o primeiro latino-americano a vencer o Tour de France em 106 anos. Ele terminou a competição um minuto e 11 segundos na frente do britânico Geraint Thomas, seu companheiro de equipe e campeão no ano passado. "É uma felicidade que não pode ser descrita. A Colômbia merecia", comemorou o ciclista de 22 anos. (28/07)
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Parada LGBT em Berlim
Milhares de pessoas saíram às ruas de Berlim para a parada do orgulho LGBT, no ano em que se comemora o 50º aniversário da Rebelião de Stonewall, em Nova York – o episódio é considerado um dos motores do movimento de libertação gay e da luta pelos direitos LGBT. Na capital alemã, a parada lembrou ainda os cerca de 7 mil homossexuais assassinados pelo regime nazista. (27/07)
Foto: Getty Images/C. Koall
Aviso à Coreia do Sul
O governo da Coreia do Norte afirmou que os mísseis lançados no dia anterior são novas armas táticas destinadas a enviar um "aviso solene" para que a Coreia do Sul pare de importar armamentos e fazer exercícios militares conjuntos com os EUA. O lançamento foi o primeiro desde que Kim Jong-un se reuniu com Donald Trump na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em junho. (26/07)
Foto: Getty Images/AFP/J. Yeon-Je
Governador de Porto Rico renuncia
Após quase duas semanas de protestos em massa, o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, anunciou sua renúncia a partir do dia 2 de agosto. O político está no centro de um escândalo desencadeado pelo vazamento de mensagens de deboche trocadas entre ele e assessores no Telegram. (25/07)
Foto: Reuters
Recorde de temperatura na Alemanha
O Serviço Alemão de Meteorologia registrou a mais alta temperatura já medida no país desde o início da análise em 1881. Em Geilenkirchen, na Renânia do Norte-Vestfália, os termômetros chegaram a 40,5°C, ultrapassando o recorde histórico de 40,3°C, que foi registrado em Kitzingen, na Baviera, em 2015. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Warnack
Novo primeiro-ministro britânico
O ex-ministro do Exterior britânico e ex-prefeito de Londres Boris Johnson foi eleito como sucessor da premiê Theresa May na liderança do Partido Conservador e, por consequência, será o novo chefe de governo do país. Johnson defende que Reino Unido saia da União Europeia com ou sem acordo. (23/07)
Foto: Reuters/T. Melville
Rumo ao polo sul da Lua
A Índia lançou, com sucesso, sua missão Chandrayaan-2 ao inexplorado polo sul da Lua. É o projeto mais ambicioso da agência espacial do país. Há uma semana, o lançamento fora abortado momentos antes da decolagem. A missão, de 142 milhões de dólares, pretende explorar e mapear a superfície lunar, além de descobrir mais sobre a composição mineral do satélite e procurar por água. (22/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Swarup
Ucranianos vão às urnas para escolher novo Parlamento
Eleitores ucranianos voltaram às urnas para escolher os 450 novos membros do Parlamento em uma eleição antecipada. A boca de urna apontou que o partido “Servidor do Povo”, do ex-comediante e presidente Volodymyr Zelensky deve obter mais de 40% dos votos, bem à frente de outras legendas. (21/07).
Foto: Getty Images/AFP/G. Savilov
Merkel saúda militares que tentaram matar Hitler há 75 anos
A chanceler Angela Merkel prestou homenagem ao coronel Claus von Stauffenberg e aos militares alemães que tentaram assassinar o ditador Adolf Hitler em 20 de julho de 1944. Merkel disse que os conspiradores provaram ser "patriotas” ao desafiar ditador. "Eles ainda nos incentivam a sermos vigilantes e a enfrentar duramente o extremismo de direita e o racismo em todas as suas facetas.” (20/07)
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Terremoto em Atenas
Um terremoto de magnitude 5,1 na escala Richter foi sentido em Atenas, interrompendo serviços de telefonia e energia, danificando alguns prédio abandonados e levando moradores a correr para as ruas em pânico. Não há relatos de mortes ou ferimentos graves. O epicentro do tremor ocorreu 23 quilômetros a noroeste de Atenas, a uma profundidade de 13 quilômetros. (19/07)
Foto: Reuters/A. Konstantinidis
Incêndio criminoso no Japão
Ao menos 33 pessoas morreram em um incêndio criminoso em um estúdio de animação em Quioto, no Japão. Segundo a polícia local, um homem de 41 anos entrou no prédio por volta de 10h30 no horário local e espalhou gasolina. Ele foi detido e hospitalizado devido a queimaduras. Mais de 30 pessoas ficaram feridas. (18/07)
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Prisão perpétua para El Chapo
O narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos. A sentença foi determinada por um juiz federal de Nova York cinco meses após um júri popular considerá-lo culpado pelos dez crimes relacionados ao tráfico de drogas dos quais ele foi acusado. A sentença determinou também o pagamento de uma indenização de 12,6 bilhões de dólares. (17/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Guzman
Ministra alemã será nova presidente da Comissão Europeia
O Parlamento Europeu aprovou, por 383 votos a 327, a indicação da alemã Ursula von der Leyen para presidir a Comissão Europeia. Atual ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen vai substituir o luxemburguês Jean-Claude Juncker a partir do fim de outubro. Aliada da chanceler federal Angela Merkel, Von der Leyen, de 60 anos, será a primeira mulher a chefiar o Executivo da UE. (16/07)
Foto: Reuters/V. Kessler
Polícia italiana apreende míssil durante operação contra neonazistas
A polícia italiana apreendeu uma grande quantidade de armas, incluindo um míssil, durante uma ação contra neonazistas. Três homens foram presos, incluindo um italiano que já se candidatou por um partido neofascista. O míssil apreendido era de fabricação francesa e aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar. Os policiais ainda encontraram pistolas, baionetas e memorabilia nazista. (15/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Romano
Desfile do 14 de julho destaca poderio militar
O tradicional desfile militar de 14 julho, data que marca o aniversário da queda da Bastilha, apostou neste ano na inovação, com a apresentação das mais avançadas tecnologias disponíveis para as tropas francesas: drones, robôs e um "Flyboard Air", plataforma voadora que pode atingir 140 km/h. O desfile foi acompanhado por tropas de outros nove países, entre eles, Alemanha e Portugal. (14/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Euler
Tirando consequências do massacre de Christchurch
Quase 200 neozelandeses entregaram suas armas em troca de dinheiro na cidade de Christchurch, no primeiro dos 258 eventos desse tipo planejados, quatro meses após a pior matança em tempos de paz no país, com 51 vítimas. A polícia pagou mais de 430 mil dólares neozelandeses por 224 armas entregues. (13/07)
Foto: Getty Images/New Zealand Police
Turquia recebe sistemas de mísseis russos e gera alerta nos EUA
A Rússia iniciou a entrega dos sistemas avançado de mísseis S-400 para a Turquia, após a Ancara confirmar a aquisição em junho. A medida aumenta a perspectiva de possíveis sanções dos EUA contra um país aliado na Otan, e criam nova fissura na aliança militar dos países do Ocidente. Washington afirma que o equipamento militar russo não é compatível com os sistemas utilizados pela Otan. (12/07)
Reino Unido denuncia ação do Irã no Estreito de Ormuz
A Marinha do Reino Unido disse ter evitado que três embarcações paramilitares iranianas impedissem a passagem de um petroleiro britânico no Estreito de Ormuz. O episódio ocorreu no dia seguinte a um alerta feito pelo presidente iraniano, Hassan Rohani, sobre consequências após o Reino Unido aprender um petroleiro do país em Gibraltar na semana passada. (11/07)
Foto: picture-alliance/AP/UK Ministry of Defence
Câmara aprova com folga reforma da Previdência em primeiro turno
A Câmara aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda as regras do sistema previdenciário do Brasil. Dos 510 deputados presentes, 379 votaram a favor da proposta, e outros 131 votaram contra. O placar superou com folga os 308 votos necessários para aprovar a proposta, que deve passar por mais uma rodada na Casa antes de seguir para o Senado. (10/07)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
França anuncia taxa ecológica sobre passagens aéreas
O governo francês anunciou uma taxa ecológica em todas as passagens aéreas de voos que partirem de aeroportos do país. A taxa entrará em vigor em 2020, e a arrecadação, estimada em 180 milhões de euros anuais, será destinada ao financiamento de projetos de transporte menos poluentes. (09/07).
Foto: picture alliance/dpa/S.Stache
TPI condena "Exterminador Congolês" por crimes de guerra na RDC
O Tribunal Penal Internacional considerou Bosco Ntaganda, ex-líder das Forças Patrióticas para a Libertação do Congo, culpado de 13 crimes de guerra e cinco contra a humanidade. As condenações incluem assassinato, estupro e alistamento de crianças-soldados na Grande Guerra da África, conflito que começou no contexto das tensões pós-genocídio em Ruanda e causou 3,8 milhões de mortes. (08/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Kooren
EUA vencem Copa Feminina
O time dos Estados Unidos manteve o título na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, ao vencer por 2 x 0 a campeã europeia Holanda no estádio de Lyon lotado. O primeiro gol, aos 15 minutos do 2º tempo, coube à capitã Megan Rapinoe (c.), cuja oposição aberta ao atual presidente de seu país tem atraído quase tanto a atenção da mídia quanto seus méritos de atleta. (07/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Mais uma ONG desafia ordens de Matteo Salvini
O veleiro Alex aportou na ilha italiana de Lampedusa, apesar do veto do ministro do Interior do país. O pequeno barco de resgate leva a bordo 41 migrantes, salvos no Mediterrâneo. A ONG italiana Mediterranea - Saving Humans segue assim a linha da capitã alemã Carola Rackete, que atracou sem permissão depois de passar 17 dias no mar com 40 migrantes. Ameaçada de prisão, ela já foi liberada. (06/07)
Unesco reconhece Paraty e Ilha Grande como Patrimônio Mundial
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu Paraty e Ilha Grande como patrimônio cultural e natural da humanidade. O sítio "Paraty e Ilha Grande: cultura e biodiversidade" é o primeiro sítio misto (natural e cultural) do Brasil a ostentar o título. Agora, o Brasil passa a ter 22 lugares culturais e naturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. (05/07)
Foto: Agência Brasil
Papa recebe Putin no Vaticano
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o papa Francisco no Vaticano. "Foi uma discussão bastante substantiva e interessante", disse Putin após o encontro. a reunião ocorreu um dia antes de o papa receber líderes da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, que discutirão com o papa a crise em seu país, cujo leste é controlado por grupos separatistas pró-Rússia. (04/07)
Foto: picture-alliance/abaca
Socialista italiano presidirá o Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu elegeu o socialista italiano David-Maria Sassoli como seu novo presidente. Eleito eurodeputado em maio, pelo bloco dos Socialistas e Democratas (S&D), o italiano citou alguns dos desafios principais para o continente, como as mudanças climáticas e a imigração. O ex-jornalista, de 63 anos, conquistou o apoio de 345 parlamentares de um total de 667 aptos a votar. (03/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/J.-F. Badias
Líderes da UE indicam ministra alemã para chefiar Comissão Europeia
Os membros do Conselho Europeu indicaram a ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, para presidir a Comissão Europeia. Caso seu nome seja aprovado pelo Parlamento Europeu, von der Leyen será a primeira mulher no cargo. Os membros indicaram ainda o premiê belga Charles Michel para a presidência do Conselho Europeu e a francesa Christine Lagarde para chefiar o Banco Central Europeu.
Foto: Getty Images/S Gallup
Manifestantes invadem sede do Legislativo em Hong Kong
Manifestantes invadiram a sede do Conselho Legislativo de Hong Kong durante protestos que coincidem com o 22º aniversário do retorno da então colônia britânica ao governo chinês. Cerca de três horas após a ocupação, os manifestantes deixaram o prédio e centenas de policiais empregaram gás lacrimogêneo para dissolver os grupos que permaneciam nas avenidas próximas à sede parlamentar. (01/07)