A cabeleireira Marion Esser, de Colônia
1 de julho de 20106h30: o primeiro penteado
O dia de Marion Esser começa arrumando o próprio cabelo. Em frente ao espelho do banheiro, a cabeleireira seca seus cachos louros. O próximo passo é a maquiagem, que é feita rapidamente – ela tem prática, pois é maquiadora profissional. "Eu me maquio todas as manhãs, antes de ir para o salão de beleza atender os clientes. Mas, durante as férias, eu abro mão da maquiagem".
As duas filhas estão em férias escolares, por isso podem dormir até mais tarde. Normalmente, o pai levaria as crianças à escola às 7h30. "Eu gostaria de ter mais tempo para as minhas filhas, para poder realmente ajudá-las nos trabalhos da escola", reclama a mãe. Mas para isso ela não tem tempo – assim como não sobra tempo para sair de férias por mais tempo. Marion Esser e seu marido são donos do salão de beleza, por isso precisam estar sempre presentes.
Antes de sair de casa, Marion Esser veste rapidamente sua roupa de trabalho. No salão, ela só usa roupas pretas. "Nossos clientes são reis e por isso, o centro das atenções. Queremos trabalhar no pano de fundo", explica a cabeleleira. "Mas o preto também é bom porque não deixa ver as manchas de tinta", acrescenta sorrindo.
8h30: no salão
Da sua casa até o trabalho, ela leva apenas dez minutos de carro. Como chefe do salão de beleza, Marion passa o dia todo com o marido. Pontualmente às 9h, o primeiro cliente chega – um rapaz simpático e comunicativo.
Em seguida, Marion pinta o cabelo de algumas clientes. Sorridente, ela sempre tem uma conversa agradável: "Nós conversamos sobre nossos filhos e trocamos experiências. Às vezes, falamos simplesmente do tempo."
Uma cliente quer pintar o cabelo e pede conselhos a Marion sobre a melhor cor. Marion mistura a tinta. Para isso ela se dirige a um pequeno quarto anexo ao salão. A cabeleireira separa com um pente algumas mechas na parte superior dos cabelos e com um pincel começa a descolorir os fios.
Marion também trabalha no caixa e sempre tem um olho atento ao trabalho dos outros cabeleireiros do seu salão. Apesar de ser a chefe, ela faz todo tipo de trabalho. "Eu também sei varrer", diz rindo.
É Marion quem recebe os clientes. "Eu também sirvo café e às vezes ofereço jornais", conta a cabeleireira. "Alguns dos meus clientes já estão comigo há anos."
14h: fim do expediente
Normalmente, Marion fica no salão até as 18h30. Como hoje é sexta-feira, ela sai mais cedo do trabalho.
Em uma loja vizinha, a católica praticante compra peixe e batatas. "Toda sexta-feira é dia de peixe lá em casa. Nós só fazemos uma refeição quente no jantar".
Depois ela sai com suas filhas para andar de patins inline. "Eu comecei a andar de inliner só por causa das crianças. Hoje em dia, quem mais anda sou eu. Tenho que insistir com as duas para que elas se movimentem mais e venham patinar comigo", conta rindo.
16h: em casa
Ao chegar em casa, primeiro Marion confere a correspondência. "Eu abro as minhas cartas e quase nunca recebo contas, pois elas são endereçadas diretamente a meu marido. Eu não gosto de contas, e quem gosta? Mas elas tem de ser pagas", diz Marion.
18h30: na cozinha
Marion está atarefada na cozinha. Ela descasca as batatas, as coloca para cozinhar e se alegra com o jantar em família.
A família se reúne em torno da mesa posta. Eles oram, depois se dão as mãos e desejam um bom apetite uns aos outros. A oração antes do jantar é uma tradição familiar. "Oramos antes das refeições e, às vezes, também depois delas – mas normalmente esquecemos de rezar depois da comida", diz Marion sorrindo.
Autor: Ali Almakhlafi (aj)
Revisão: Rodrigo Rimon