Atentado, condenação criminal, debates com Biden e Kamala, comentários preconceituosos e teorias conspiratórias. Como foi o bem-sucedido caminho de Trump de volta à Casa Branca.
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Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos após projeções divulgadas nesta quarta-feira (06/11) apontarem que ele derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris, ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral do país.
O resultado também encerrou um ciclo de campanha marcado por tensões e reviravoltas, incluindo a desistência da candidatura do atual presidente Joe Biden e duas tentativas de assassinato contra Trump.
Relembre dez momentos da campanha de Trump à Presidência em 2024:
Primárias, julgamento e condenação criminal
Donald Trump iniciou 2024 se lançando nas eleições primárias do Partido Republicano, organizadas para definir o candidato oficial do partido à Presidência. Uma série de desafiantes se apresentou, na esperança de que os problemas na Justiça de Trump e o desgaste sofrido pelo republicano nos seus anos fora da Casa Branca abrissem caminho para alternativas. No entanto, Trump manteve o favoritismo durante toda a disputa. Em março, ele assegurou a indicação.
A eleição se desenhava como uma repetição do duelo entre o republicano e o democrata Joe Biden.
Em abril, foi a vez de Trump passar a enfrentar um julgamento que envolvia 34 acusações relacionadas ao pagamento de suborno para uma ex-atriz pornô em 2016. Seria o primeiro julgamento criminal da história da Justiça americana contra um ex-presidente. Em maio, ele foi condenado - outra marca histórica para um ex-presidente. Apesar da condenação, Trump disse que não pretendia desistir da candidatura.
Debate contra Biden como gatilho para substituição do democrata
No fim de junho, Trump enfrentou Biden no primeiro debate televisivo da campanha. O encontro se revelou um pesadelo para os democratas, fazendo emergir temores relacionados à idade do presidente (81 anos).
Biden pareceu confuso, vacilante, cansado e incoerente. "Eu realmente não entendi o que ele disse no final da frase, e acho que ele também não sabe o que ele disse", disse Trump no debate, depois que o democrata proferiu uma reposta confusa sobre o tema da imigração. Trump, no entanto, evitou explorar demasiadamente o desempenho de Biden no embate, deixando que as imagens falassem por si.
Com o pânico instalado no Partido Democrata, membros da legenda começaram a pressionar o presidente para que ele abandonasse a corrida e abrisse caminho para um substituto. Biden ainda se agarrou à candidatura por pouco mais de três semanas, mas em julho anunciou que estava se retirando da disputa. Biden acabaria endossando sua vice-presidente, Kamala Harris, para sucedê-lo na disputa.
Tentativa de assassinato e foto icônica
No momento mais dramático de toda a campanha, em julho, Trump sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. O republicano sofreu ferimentos na orelha direita, após ser alvejado por um homem armado com fuzil de assalto que estava em um telhado a poucas centenas de metros. O atirador acabou sendo morto por forças de segurança.
Rapidamente, membros do Serviço Secreto se jogaram em cima de Trump para protegê-lo. Enquanto era retirado do local, Trump ergueu o punho para cima, num gesto desafiador, e murmurou a palavra "lutem!", provocando um coro de gritos de "USA! USA!" na multidão de apoiadores. Uma fotografia que capturou o momento rapidamente se tornou uma das imagens mais marcantes da campanha.
Cerca de dois meses depois, agentes do Serviço Secreto impediram que um segundo atirador emboscasse Trump enquanto o republicano jogava golfe na Flórida.
Musk acabou direcionando milhões de dólares para a campanha, chegando a liderar esforços locais para conquistar votos, especialmente no estado da Pensilvânia. Alguns desses esforços chegaram a levantar acusações de compra de votos.
O Departamento de Justiça dos EUA emitiu em outubro um alerta formal sobre a legalidade de um sorteio diário de US$ 1 milhão para eleitores em estados decisivos que assinassem uma petição promovida por Musk, supostamente em apoio à liberdade de expressão e ao direito de portar armas.
No mesmo mês, Musk ainda subiu ao palco com Trump num comício organizado no mesmo local em que o republicano havia sido alvo da tentativa de assassinato em julho.
Durante a campanha, Trump também lançou a ideia de que poderia indicar Musk para fazer parte do seu gabinete de governo como uma espécie de "secretário de corte de custos".
Convenção republicana e escolha de vice
Dias após a tentativa de assassinato na Pensilvânia, Trump subiu ao palco da Convenção Nacional Republicana para formalizar a aceitação da sua candidatura.
O encontro explicitou a unidade do partido em torno de Trump, demonstrando mais uma vez a fusão entre os republicanos e o trumpismo e o controle que o ex-presidente conseguiu manter sobre o partido.
Por alguns dias após a tentativa de assassinato, Trump chegou a ensaiar um personagem moderado que pregava união, mas na convenção ele voltou a ser o mesmo de sempre, atacando adversários políticos, espalhando teorias conspiratórias e atacando imigrantes. Ele afirmou, por exemplo, que os democratas estavam "destruindo o país" e descreveu a entrada de imigrantes nos EUA como uma "invasão".
Ainda na convenção, Trump escolheu o senador J.D. Vance como vice. Inicialmente, o vice se envolveu uma série de controvérsias desgastantes. No entanto, Vance se recuperou, especialmente após um bom desempenho num debate com o vice de Kamala, Tim Walz.
À época, analistas apontaram que o republicano claramente perdeu o embate para a democrata. Como resultado, Trump se recusou a participar de um novo encontro.
Ao longo do debate, Kamala pressionou Trump em questões espinhosas para o republicano, como aborto, e irritou Trump quando afirmou que "líderes mundiais" estavam "rindo" do seu adversário. Na troca de farpas, Trump chamou a adversária de "marxista". Kamala, por sua vez, lembrou que Trump é um criminoso condenado e o chamou de "extremista".
No momento mais infame da noite, Trump espalhou uma história sem base factual de que imigrantes haitianos estariam capturando e comendo animais de estimação numa cidade do estado de Ohio. "Em Springfield, eles [imigrantes] estão comendo os cachorros. Eles estão comendo os gatos. Comendo os pets das pessoas que moram lá", disse Trump.
Porto Rico e o comício no Madison Square Garden
Trump realizou seu último comício de campanha em Nova York, no que foi visto foi como uma provocação e um sinal de confiança. Apesar de ser a cidade natal de Trump, Nova York também é um bastião democrata.
O encontro, no entanto, acabou sendo ofuscado por uma série de comentários ofensivos protagonizados por oradores que participaram do evento. O principal insulto partiu do comediante Tony Hinchcliffe, que chamou o território americano de Porto Rico de "uma ilha flutuante de lixo". A fala chegou a irritar até mesmo membros do Partido Republicano, que temeram uma reação negativa entre eleitores latinos.
Dois dias depois, no entanto, Trump defendeu que o comício foi um "um verdadeiro festival de amor".
Campanha tenta humanizar Trump e explorar fala de Biden
Nos dias que imediatamente antecederam a votação, o bilionário Trump surgiu trabalhando num restaurante da rede McDonald's no estado da Pensilvânia. numa ação de campanha. Na interação com os clientes no drive-thru, ouviu de uma brasileira residente nos EUA: "Sr. Presidente, por favor não deixe os Estados Unidos virarem o Brasil, meu país natal".
Após servir clientes na lanchonete, foi a vez de Trump se "fantasiar" de lixeiro e andar em um caminhão de lixo durante um evento de campanha. A jornalistas, o ex-presidente disse que o veículo era uma homenagem a Kamala Harris e Joe Biden. A iniciativa ocorreu após Biden fazer críticas aos apoiadores do republicano e, numa fala interpretada nesse sentido, sugerir que eles seriam "lixo". A fala de Biden havia sido justamente uma tentativa de criticar a piada preconceituosa sobre Porto Rico, mas o episódio repercutiu mal e Kamala se distanciou do comentário.
Trump intensifica falsa narrativa de fraude na reta final
Na reta final da campanha, Trump reforçou sua estratégia de espalhar teorias conspiratórias sobre supostas fraudes, aumentando o receio de que ele poderia a se recusar a aceitar o resultado do pleito caso saísse derrotado na disputa contra a democrata Kamala Harris.
Em um comício dois dias antes do pleito, por exemplo, Trump plantou a ideia entre os seus apoiadores de que os resultados só seriam legítimos se forem divulgados até as 23h de terça-feira – uma possibilidade inviável por uma série de questões técnicas.
Na noite da eleição, Trump ainda espalhou, sempre sem provas, que havia "muitas conversas sobre fraudes massivas na Filadélfia", a maior cidade do estado da Pensilvânia, considerado crucial na eleição e cujas pesquisas apontavam inicialmente uma disputa acirrada entre o republicano e Kamala.
Vitória sobre Kamala
Na manhã de 6 de novembro, Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca quase quatro anos após deixar Washington nas cordas, na esteira de uma tentativa de golpe que culminou na invasão do Capitólio.
O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente de Kamala no voto popular.
"Fizemos história. É uma vitória política que nosso país nunca viu antes. Deus poupou minha vida por uma razão e essa razão foi para salvar nosso país", disse Trump em um discurso após conquistar vários estados-chave na disputa.
Ao final da votação, Trump também havia desafiado consensos. Seu maior e mais significativo grupo de eleitores continuou a ser o de homens brancos. Mas, apesar da misoginia, ele conquistou 44% do voto das mulheres. Apesar do episódio envolvendo a "piada" sobre Porto Rico e a linguagem xenofóbica, Trump levou 45% do voto latino. Entre jovens de 18 a 29 anos, levou 42% do voto.
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Rússia bombardeia Aleppo, na Síria, pela 1ª vez em 8 anos
Caças russos e sírios realizaram bombardeios em Aleppo, segunda maior metrópole da Síria, depois que jihadistas assumiram o controle da maior parte da cidade após uma ofensiva surpresa. Os ataques ocorreram em um momento em que uma aliança de facções rebeldes, liderada pela organização militante islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) penetrou profundamente na cidade. (30/11)
Foto: OMAR HAJ KADOUR/AFP
Rebeldes sírios invadem Aleppo pela primeira vez desde 2016
Rebeldes sírios da organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) entraram em bairros da cidade síria de Aleppo, a segunda maior do país, nesta sexta-feira. Com a ofensiva relâmpago do grupo jihadista, as forças do regime de Bashar al-Assad perderam o controle de posições que mantinham no município desde 2016. (29/11)
Foto: Bakr Alkasem/AFP
Austrália proíbe redes sociais para menores de 16 anos
O Senado da Austrália aprovou uma lei inédita em todo o mundo que proíbe o uso de redes sociais para menores de 16 anos. A legislação prevê multas de até 50 milhões de dólares australianos a plataformas como TikTok, Instagram, Facebook, Snapchat, Reddit e X no caso de falhas sistêmicas em bloquear os perfis para crianças e adolescentes. (28/11)
Foto: Anna Grigorjeva/PantherMedia/IMAGO
Libaneses retornam à casa – ou ao que restou dela
Milhares de habitantes do sul do Líbano desalojados há meses voltam a suas casas em meio a celebrações, logo após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Apesar da advertência das Forças de Defesa Israelenses (IDF) para que os libaneses se mantenham longe das áreas previamente evacuadas, longos engarrafamentos se formaram nas estradas que levam à região. (27/11)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
Em discurso na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que Israel aceitou o acordo de trégua de 60 dias o grupo xiita Hezbollah no Líbano. Ele chamou o pacto, mediado por EUA e França, de um "novo começo" para o Líbano e disse que o plano é "projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades". (26/11)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queda de avião da DHL na Lituânia deixa um morto
Um avião de carga que voava da Alemanha para a Lituânia caiu numa área residencial perto do aeroporto de Vilnius. Segundo as autoridades locais, dos quatro membros da tripulação, um morreu e três ficaram feridos. Destroços do avião atingiram um pequeno prédio de apartamentos. A queda provocou um incêndio, e as chamas chegaram a atingir o prédio. (25/11)
Foto: Lukas Balandis via REUTERS
França autoriza Ucrânia a usar armas de longo alcance contra a Rússia
Após EUA e Reino Unido, França diz que também autorizou "uso defensivo" de armas mais pesadas contra o território russo. País abastece a Ucrânia com mísseis de cruzeiro do tipo Storm Shadow (foto) desde 2023. A Alemanha, até agora, tem se recusado a fornecer essas armas. O Kremlin criticou Paris, chamando a decisão de "tiro de misericórdia" para a Ucrânia. (24/11)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)