Cidadãos de Samoa são os primeiros a dar as boas-vindas a 2019. Sydney, na Austrália, tem espetáculo milionário de queima de fogos ao som de Aretha Franklin. Na Indonésia, festa é cancelada em áreas afetadas por tsunami.
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O Ano Novo já começou no "outro lado do mundo". Os cidadãos de Samoa foram os primeiros a dar as boas-vindas a 2019. Quem se encontra no Estado situado na Polinésia, no sul do Oceano Pacífico, pode festejar o réveillon 16 horas antes de quem está no Brasil e com uma vantagem de 13 horas em relação à Alemanha e à maioria dos estados da UE.
Naquela região, também há a possibilidade de se festejar a entrada de ano duas vezes. Basta voar de Samoa em direção a Samoa Americana, pouco mais de 150 quilômetros a leste. Esse território pertencente aos EUA fica além da fronteira que delimita a data. Os habitantes da ilha são os últimos a comemorar o Ano Novo.
Uma hora depois dos samoanos, foi a vez de os neozelandeses receberem o Ano Novo.
Na Austrália, os organizadores do réveillon em Sydney gastaram o correspondente a cerca de 3,7 milhões de euros para uma festa "gigante”, a maior até agora, segundo a administração da cidade. Foram acesas 8,5 toneladas de fogos, meia tonelada a mais que no ano passado.
O espetáculo de queima de fogos, com 100 mil efeitos pirotécnicos, foi acompanhado da música A natural woman, canção eternizada por Aretha Franklin, cantora de soul americana morta em agosto.
Os cidadãos criticaram a decisão dos organizadores do festejo de cobrarem, pela primeira vez, entrada para a região portuária que tem a melhor vista dos fogos de artifício. Os preços dos bilhetes chegam a custar até 60 dólares.
A polícia estima que mais de um milhão de pessoas assistiram ao espetáculo no Porto de Sydney.
Em Jakarta, capital da Indonésia, mais de 500 casais disseram sim numa cerimônia de casamento em massa organizada pelo governo, cujo show de fogos de artifício foi cancelado em respeito às vítimas do tsunami que atingiu o país neste mês. No país, as celebrações de Ano Novo foram canceladas também na província de Banten, onde a catástrofe ocorrida em 22 de dezembro causou mais de 400 mortes.
Shows de luzes e fogos de artifício são inescapáveis, como em diversas partes do mundo. Mas conheça também outros costumes da virada de ano na Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Kalaene
Boa escorregada!
Além de "Frohes neues Jahr" (Feliz Ano Novo), os alemães também desejam "Guten Rutsch": literalmente, "Boa escorregada". Alguns filólogos, no entanto, remetem "Rutsch" ao iídiche "Rosch", de Rosh Hashanah, o ano novo judaico. Outros argumentam que a origem seria o alemão antigo, em que a palavra significava "viagem".
Foto: picture-alliance/dpa/A. Lander
Amuletos da sorte
Alguns podem achar bobagem, mas pequenos amuletos fazem parte do Ano Novo para muita gente. Por isso, familiares, vizinhos e amigos se presenteiam com trevos de quatro folhas enfeitados com pequenos limpadores de chaminé, ou ainda porquinhos, joaninhas ou cogumelos de marzipã. Todos representam um novo ano cheio de alegria e felicidade. Moedas de um centavo também são um amuleto de sorte.
Foto: Fotolia/B. Bonaposta
Bowle, bebida típica
Numa típica festa de réveillon na Alemanha não pode faltar o bowle, um tipo de ponche frio servido numa grande bacia de vidro, "bowl", em inglês. Entre as inúmeras receitas para a bebida, há tanto versões alcoólicas quanto sem álcool.
Foto: Imago
Última refeição do ano
Em festas de fim de ano costumam ser servidos canapés. Mas há também quem prefira saborear à mesa os pratos típicos de réveillon, como fondue ou raclete (foto), horas a fio, em ambiente descontraído.
Foto: Fotolia/thongsee
Adivinhar o futuro
Já os romanos se divertiam tentando adivinhar o futuro nas formas que se criam quando metal derretido cai na água. Na Alemanha, esta tradição existe há décadas. Tradicionalmente, usava-se chumbo, mas como esse metal é tóxico, hoje se dá preferência ao estanho ou mesmo à cera.
Foto: Fotolia/thongsee
Clássico britânico
Outra tradição é assistir na TV à comédia britânica "Dinner for one", que desde 1963 faz parte da rotina de fim de ano de muitos alemães. No sketch de 18 minutos, a nonagenária Miss Sophie janta com velhos amigos. Mas, como eles já morreram, James, o mordomo, tem que representá-los, bebendo todos os brindes feitos pela patroa. Depois de trapalhadas de bêbado crescentes, o final traz uma surpresa.
Foto: picture-alliance/dpa
Pronunciamento oficial
Também este ano, a chefe de governo Angela Merkel terá seu discurso de Ano Novo transmitido pela TV em horário nobre, numa tradição mantida desde 1952. Em 1986 ocorreu uma pane: o pronunciamento de Helmut Kohl do ano anterior foi repetido. Só no dia seguinte transmitiu-se a mensagem de Ano Novo certa.
Foto: picture-alliance/dpa
Contagem regressiva
Nos últimos dez segundos do ano velho, é feita a contagem regressiva para a meia-noite. Em seguida, trocam-se abraços e desejos de "Frohes Neues!". A essa altura, muitos já estão na rua, e o brinde com sekt, o vinho espumante alemão, é feito assistindo-se aos fogos de artifício.
Foto: Fotolia/Fotowerk
Fogos de artifício
Muitas vezes o barulho é tanto, que mal se ouve os desejos de Ano Novo. No ano passado, os alemães gastaram mais de 130 milhões de euros em fogos de artifício. Os materiais só podem ser comprados a partir de três dias antes do réveillon. Essa é uma tradição antiga. Já os germanos tentavam afastar os maus espíritos com muitas luzes e barulho.
Foto: imago/Michael Schulz
Tintim!
A abertura das garrafas de sekt ou champanha não faz tanto barulho quanto os fogos, mas faz parte da festa. Na Alemanha existe até um brinde especial para esta ocasião: "Prosit Neujahr". A palavra "prosit" vem do latim, correspondendo a "Saúde!".