Imunizante da Pfizer-Biontech começará a ser aplicado na quarta-feira. País pretende vacinar a maior parte da população até julho, antes do início do evento esportivo.
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A cinco meses do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Japão aprovou formalmente neste domingo (14/02) o uso no país da primeira vacina contra a covid-19, o imunizante da Pfizer-Biontech. A campanha de vacinação deve começar na quarta-feira e tem como objetivo imunizar a maior parte da população até julho, antes do começo do evento esportivo.
A aprovação da vacina é vista como um fator fundamental para que o país realize os Jogos Olímpicos, que estão marcados para ocorrer de 23 de julho a 8 agosto. Originalmente, eles deveriam ter sido realizados no ano passado, mas foram adiados devido à pandemia.
Na sexta-feira, o país recebeu a primeira remessa de 400 mil doses do imunizante. Os primeiros a serem vacinados serão um grupo de 20 mil médicos e enfermeiras que se ofereceram para avaliar os possíveis efeitos das duas doses necessárias.
Em seguida, no mês de março, cerca de 3,7 milhões de profissionais da saúde e aproximadamente 36 milhões de idosos com mais de 65 anos serão vacinados.
Embora muitos países já estejam usando a vacina da Pfizer-Biontech desde o final do ano passado, o Japão optou por fazer testes no país antes de aprovar o imunizante. Por isso, o anúncio deste domingo foi feito depois que um painel do governo confirmou na sexta-feira que os resultados finais dos testes clínicos realizados no Japão mostraram que a vacina tinha uma eficácia semelhante à de outros países.
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Processo lento
A aprovação pode parecer demorada, visto que a vacinação já está transcorrendo em dezenas de países. No entanto, ela foi considerada rápida para os padrões do Japão, conhecido por seus processos cautelosos e lentos.
A aprovação foi concedida em um processo especial acelerado para uso emergencial e demorou apenas dois meses – normalmente, isso levaria cerca de um ano.
No Japão, muitas pessoas são céticas em relação às vacinas, motivo pelo qual o país realizou testes adicionais. No entanto, eles foram conduzidos em apenas 160 pessoas - o que leva a questionamentos sobre se o atraso na vacinação realmente valeu a pena.
Até o final desse ano, o Japão deve receber 144 milhões de doses da vacina da Pfizer-Biontech, 120 milhões da AstraZeneca e cerca de 50 milhões da Moderna, o suficiente para cobrir sua população de cerca de 126 milhões de habitantes.
As vacinas que estão sendo desenvolvidas pelo Japão ainda estão em estágios iniciais, por isso, o país ainda depende das importações.
Embora pesquisas de opinião mostrem que grande parte da população é contra a realização dos Jogos Olímpicos, o governo insiste em realizá-los, como uma demonstração de triunfo sobre o coronavírus.
Um guia foi distribuído aos atletas, com as diretrizes para evitar a propagação da covid-19. Os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio pediram que os atletas contenham a efusividade das comemorações e limitem os deslocamentos entre as instalações.
Segundo o guia, os atletas serão obrigados a fazer um teste PCR para covid-19, pelo menos, de quatro em quatro dias. Quem apresentar resultado positivo poderá ser isolado em uma instalação designada pelas autoridades governamentais japonesas e não será autorizado a competir.
Os atletas olímpicos não terão de passar pela quarentena de 14 dias atualmente exigida pelo governo japonês para qualquer pessoa que entre no país, mas terão seus deslocamentos restringidos.
Desta forma, entre as medidas do guia, também está a proibição de os atletas deixarem a Vila Olímpica ou o alojamento, exceto para competir ou para alguma das atividades incluídas em um plano detalhado de 14 dias que deve ser apresentado às autoridades japonesas.
le (ap,efe,dpa,afp,ots)
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
Foto: Dan Race/Fotolia
Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
Foto: picture-alliance/dpa/KEYSTONE/U. Flueeler
Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
Foto: picture-alliance/dpa
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
Foto: Imago Images
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
Foto: picture-alliance/dpa/J.P. Müller
Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
Foto: Imago Images
Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.