Prostituição voluntária é mito, afirma ativista. Ex-prostituta e policial revelam dia a dia de angústia, exploração e direitos negados; cafetões violentos, mulheres tatuadas como gado e bordéis lembrando galinheiros.
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Em geral, Julia levava para seu quarto de dez a 12 homens por noite, por vezes até 14, e aguentava firme até as 3 horas da manhã. "Era tudo o que eu conseguia suportar", conta à DW. Outras, as que trabalhavam a noite toda e atendiam a exigências mais incomuns, atravessavam as longas horas graças a um coquetel de álcool e drogas.
A DW não pôde verificar independentemente a história de Julia (nome pelo qual seus clientes costumavam chamá-la), mas ela condiz com os relatos de assistentes sociais e policiais familiarizados com a indústria do sexo. A romena também mostrou fotos de sua época como prostituta, pedindo para não serem divulgadas, nem o seu nome verdadeiro.
Primeiro na rua, depois em casas particulares, bordéis e bares na Suíça, França, Grécia e, finalmente, Alemanha, Julia vendeu o corpo por uma década. Até março de 2018, um dia que ela dificilmente esquecerá: "O cliente me deu 100 euros pela hora, tudo normal. E aí acabou-se."
Foi seu último cliente, seu último dia como profissional do sexo, o último dominado pelo medo constante de não conseguir o suficiente para pagar a diária de 130 euros do quarto no bordel em que trabalhava e vivia. Toda noite, quer estivesse doente, quer a noite tivesse sido boa ou má, ela tinha que entregar o dinheiro, um total de quase 4 mil euros por mês.
E aquele dia foi também o último de um ciclo infinito de noites longas e dias curtos, de sorrisos forçados e falsa alegria.
Por uma vida melhor para os filhos
Quando Julia decidiu entrar para a indústria do sexo, aos 20 e poucos anos, ela sabia que não seria fácil, "mas foi muito mais duro do que eu pensava". Ela fez a opção porque "queria uma vida melhor para os meus filhos". O primeiro, ela tivera o aos 14 anos, e deixara a escola ainda adolescente.
Uma foto antiga, levemente granulada, em seu celular mostra uma mulher de cabelos oxigenados, saltos altos e roupa de baixo provocante, posando num saguão muito iluminado. Julia reluta em explicar por que guardou as imagens consigo. "Eu era novinha", diz, quase se desculpando.
É difícil conciliar as fotos antigas com a mulher no centro de aconselhamento para operárias do sexo, naquele dia quente de maio, na cidade industrial de Stuttgart, sul da Alemanha. Aboletada num sofá, maquiagem discreta, blusa de xadrez abotoada, ela fala com eloquência e tranquilidade sobre sua passagem pela prostituição e por que decidiu abandonar a profissão.
"Nada além de estupro"
A certa altura, Julia se deu conta que, apesar de trabalhar quase toda noite, não conseguia pôr de lado quase nenhum dinheiro para si e seus dois filhos. Ataques de pânico começaram a assomá-la quase diariamente. "Às vezes tenho que tomar Xanax", um medicamento contra ansiedade.
Ataques de pânico, depressão e insônia são sintomas usuais da profissão, confirma Sabine Constabel, diretora da organização Sisters, que se propõe ajudar mulheres a abandonarem o comércio sexual, assistindo-as na procura de um lugar para morar e pagando suas despesas até terem obtido autonomia.
Mulheres como Julia não têm direito à previdência social do Estado alemão, por nunca terem pagado impostos. "No máximo elas recebem um vale-transporte", observa Constabel. Para ela, o trabalho com sexo não passa de "estupro", uma palavra que repete constantemente. "O comércio transforma as mulheres em mercadoria, elas não são nada além de lixo."
Constabel e sua organização advogam a interdição total do trabalho sexual. Mulheres e homens que entram voluntariamente nesse ramo não passariam de um mito, de propaganda espalhada por grupos de lobby sustentados pelos proprietários de bordéis, critica.
Fluxo constante para a indústria
A visão de Sabine Constabel é controvertida: outras organizações de apoio a profissionais do sexo na Alemanha distinguem entre atividade sexual voluntária e prostituição forçada. Os legisladores do país igualmente fazem essa distinção.
O comércio do sexo foi oficialmente reconhecido como profissão em 2002. Teoricamente, mulheres e homens podem se registrar como trabalhadores sexuais e contribuir para o sistema de previdência social – coisa que, até agora, apenas uma minoria faz. Uma lei de 2017 também prescreve que bordéis e prostitutas sejam mais bem monitorados.
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Uma coisa é certa: há um contingente constante de mulheres entrando para o ramo. Quando a Sisters ou uma outra organização ajuda uma a começar vida nova, outra rapidamente toma seu lugar. "É terrível. O espaço é imediatamente assumido por outra mulher", conta Constabel, para quem a pobreza é a causa principal que impele à prostituição.
É impossível dizer quantas mulheres e homens trabalham como operários do sexo na Alemanha. Podem ser centenas de milhares, talvez até 400 mil, uma cifra citada repetidamente pelos assistentes sociais. Não há estimativas oficiais, e apenas em 2017 o governo do país resolveu coletar dados a respeito.
Certo está, contudo, que a maioria das prostitutas vem do Leste da Europa, sobretudo dos dois países mais pobres do continente, Romênia e Bulgária. Segundo dados divulgados pela Comissão Europeia no fim de 2016, a renda mensal média dos romenos é de 480 euros, com amplas discrepâncias regionais.
Marcadas como gado, trabalhando em baterias
Julia confirma que, trabalhando como prostituta, conseguia mandar mais dinheiro para sua família do que jamais teria sido capaz de ganhar na Romênia. Uma parcela menor das profissionais vem da África, muitas da Nigéria.
Mas os bordéis não se enchem sozinhos. Wolfgang Fink, do Departamento Estadual de Investigações (LKA) de Baden-Württemberg, explica que também responsáveis pelo constante fluxo de "carne fresca", são muitas vezes membros de gangues criminosas e frequentemente violentas, como os Hells Angels ou United Tribuns.
Fink, que há uma década investiga o ramo do sexo nesse estado do Sul alemão, viu os nomes de alguns desses homens tatuados nas costas e pernas de prostitutas, em enormes letras pretas, marcando-as como sua propriedade. Ele descreve os bordéis como "gaiolas em bateria", análogas às usadas para confinar galinhas poedeiras.
Ele descreve o calor abafado e a luz artificial, com mulheres desfilando em trajes sumários, sem nem saber se do lado de fora chove ou faz sol. "Elas quase nunca saem do bordel. Eu conversei com gente que nem sabia que estação do ano era."
É palpável a raiva e a repulsa do policial contra os proxenetas. Muitas vezes eles enredam as jovens, fingindo amá-las e querer seu bem, para mais tarde partir para a violência. Fink sabe de histórias de mulheres que foram espancadas até a morte, de tios, até irmãos que atraem e depois forçam suas familiares a irem vender o corpo.
Seu chances diante da Justiça
Tão grande é o controle dos cafetões sobre as prostitutas, que poucas ousam testemunhar em juízo contra eles. Sem seus depoimentos, porém, as autoridades não têm como processá-los, e em geral os homens saem livres.
Às vezes um gesto – Fink estala dos dedos, para demonstrar – basta para silenciar as mulheres no tribunal. Outro problema é o comércio do sexo estar se transferindo para a internet, onde é mais difícil investigar.
O trabalho de Fink não é apresentar soluções, mas ele tem refletido sobre a questão. Prostituição é legal na Alemanha para maiores de 18 anos, mas ele está convencido que é cedo demais: "Veja, elas são jovens, basicamente ainda meninas. Elas não compreendem no que estão se metendo."
O agente da lei não defende que a atividade seja necessariamente criminalizada, mas as trabalhadoras deveriam poder ficar com o dinheiro que ganham, em vez de dar a maior parte para os cafetões.
Julia insiste que nunca teve um proxeneta, apesar de vários terem se aproximado dela, oferecendo-se como "protetores", e que tampouco sofreu violência. Isso faria dela uma rara exceção entre as estrangeiras no ramo. "É praticamente impossível vir para cá independentemente", comenta Wolfgang Fink.
O prazer da normalidade
Olhando para trás, a romena afirma que não optaria novamente pela prostituição. Ela adora ser "normal", diz, sorrindo ao lembrar como jogou fora as roupas extravagantes que costumava usar, a lingerie e os saltos altos, e comprou blusas, saias longas, sapatos práticos: "Me senti tão bem."
Em breve, espera poder passar do estágio que está fazendo numa companhia de limpeza para um emprego regular, a fim de achar um apartamento próprio e finalmente viver com seus dois filhos.
Julia também tem planos de mais longo prazo: inscrever-se num curso de alemão e fazer a formação de enfermeira para idosos, ou talvez trabalhar num salão de manicure. E quem sabe, sorri, talvez tenha a sorte de encontrar um homem que a ame "do jeito que eu sou".
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O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/A. Machado
UE chega a acordo sobre migração
Após 12 horas de intensas negociações em Bruxelas, os líderes da União Europeia conseguiram chegar a um acordo sobre a migração, tema que vem causando atritos entre os Estados-membros. O novo pacto prevê medidas abrangentes para diminuir o fluxo migratório e traz alívio à chanceler federal alemã, Angela Merkel, evitando uma grave crise política em sua coalizão de governo. (29/06)
Foto: Reuters/F. Lenoir
Cota racial para estagiários
O presidente Michel Temer assinou um decreto que prevê que 30% das vagas de estágio na administração pública sejam destinadas a candidatos negros. A medida, segundo o governo, busca fortalecer a inserção desses jovens no mercado de trabalho. Empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras assinaram compromisso para a reserva das vagas, que vale também para jovens aprendizes. (28/06)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Vice de Trump no Brasil
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou famílias de imigrantes venezuelanos que vivem num abrigo em Manaus e aproveitou para reiterar suas críticas ao governo da Venezuela. "Uma ditadura brutal", afirmou o político. Na véspera, Pence se reuniu com o presidente Michel Temer em Brasília e prometeu destinar um milhão de dólares aos refugiados venezuelanos no Brasil. (27/06)
Foto: Getty Images/AFP/R. Oliveira
Vitória para o veto migratório de Trump
A Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou a validade do controverso decreto do presidente Donald Trump proibindo a entrada de cidadãos de vários países de maioria muçulmana, rejeitando objeções de que a lei é discriminatória. A medida envolve a maior parte dos nacionais de Líbia, Irã, Somália, Síria e Iêmen. Trump saudou a decisão como uma "vitória tremenda para o povo americano". (26/06)
Foto: Getty Images/D. McNew
O desfecho da agressão antissemita em Berlim
Um refugiado sírio de origem palestina de 19 anos foi considerado culpado por um tribunal de Berlim por lesão corporal grave e por ofender dois homens que caminhavam pela capital alemã usando quipás – chapéu característico do judaísmo. O ataque, ocorrido em abril, provocou indignação na Alemanha e incendiou o debate sobre a integração de jovens muçulmanos à sociedade alemã. (25/06)
Foto: Jüdisches Forum JFDA
Poder absoluto em pleito polêmico
Segundo resultados inoficiais, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do presidente Recep Tayyip Erdogan, venceu as eleições presidenciais e parlamentares da Turquia, com maioria absoluta. O principal oposicionista, Partido Republicano do Povo (CHP), que teria ficado em segundo lugar, questiona os resultados divulgados, alegando ser necessário um segundo turno. (24/06)
Foto: picture-alliance/A. Hudaverdi Yaman
Britânicos querem definir Brexit
Dezenas de milhares foram às ruas no centro de Londres, exatamente dois anos depois da consulta em que os britânicos decidiram a saída de seu país da UE. Objetivo do movimento é conseguir que governo permita ao povo votar sobre o acordo que a primeira-ministra Theresa May fizer com o bloco comunitário. O Reino Unido está na fase final das negociações com Bruxelas sobre a separação. (23/06)
Foto: Imago/PA Images/M. Crossick
Homem que escapou do nazismo refaz rota
Um grupo de 40 ciclistas que partiu de Berlim chegou a Londres após cinco dias e mais de mil quilômetros de viagem. A rota foi a mesma feita por crianças judias há quase 80 anos, escapando do Holocausto. O mais velho deles é Paul Alexander, de 81 anos, um dos 10 mil menores que embarcaram em trens do chamado Kindertransport, iniciativa para salvar crianças do extermínio pelos nazistas. (22/06)
Foto: picture-alliance/empics/Yui Mok
Melania Trump visita crianças imigrantes
A primeira-dama dos EUA, Melania Trump, fez uma visita surpresa a um centro de acolhimento em McAllen, no Texas, que abriga cerca de 60 menores de idade. Eles foram separados de seus pais na fronteira com o México sob a política migratória de tolerância zero de seu marido, o presidente Donald Trump. Ali, ela disse querer ajudá-los a se reunir com suas famílias "o mais rápido possível". (21/06)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Harnik
Trump suspende separação de famílias
O presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para impedir que crianças sejam separadas de seus familiares na fronteira com o México. A situação das famílias gerou críticas e indignação dentro e fora do país. O decreto de Trump impede a separação de pais e filhos ao permitir que eles sejam mantidos juntos em centros de detenção após entrarem ilegalmente no país. (20/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Abac Press/O.Douliery
EUA deixam Conselho de Direitos Humanos
Os Estados Unidos anunciaram que estão deixando o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, mencionando como uma das principais razões um "viés crônico contra Israel" dentro do órgão. A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, acusou a entidade de hipocrisia ao proteger violadores dos direitos humanos. País só retornará ao grupo se conselho passar por reformas, afirmou ela. (19/06)
Foto: Reuters/T.S. Jordan
Direitista é eleito presidente da Colômbia
O candidato direitista Iván Duque foi eleito o novo presidente da Colômbia, com 53,98% dos votos, frente a 41,81% obtidos por seu oponente de esquerda, Gustavo Petro. Seu partido conservador Centro Democrático é liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Em discurso de vitória, Duque declarou querer construir consensos e unir o país, e prometeu "correções" no acordo de paz com as Farc. (17/06)
Foto: Getty Images/AFP/P. Arboleda
EUA e China à beira de guerra comercial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou a imposição de novas tarifas às importações chinesas, no valor de 50 bilhões de dólares, levando ao campo comercial uma guerra que, até então, estava sendo travada nas palavras. Pequim, por sua vez, anunciou que reagirá na mesma moeda, impondo sobretaxas no mesmo valor que atingirão 659 produtos vindos dos EUA, incluindo a soja. (15/06)
Foto: picture alliance/AP/A. wong
Começa a Copa da Rússia
Foi dada a largada à Copa do Mundo de 2018, com uma goleada da Rússia contra a Arábia Saudita logo no jogo de abertura. Em Moscou, os anfitriões fizeram 5 a 0. Antes disso, o cantor britânico Robbie Williams e a russa Aida Garifullina cantaram na cerimônia de abertura, que contou ainda com o jogador brasileiro Ronaldo, campeão nas Copas de 1994 e 2002, eleito pela Fifa para abrir o evento. (14/06)
Foto: picture-alliance/empics/T. Goode
Copa de 2026 tem local definido
A Fifa decidiu que a candidatura conjunta entre México, EUA e Canadá sediará a Copa do Mundo de 2026. Contou na escolha sobretudo o fato de a tríplice candidatura não demandar grande investimento. O valor estimado pelos três países é de 2,16 bilhões de dólares. Como comparação, a Rússia, sede de 2018, já desembolsou mais de 11 bilhões. Estima-se que o Brasil tenha gastado 10 bilhões. (13/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Golovkin
Trump e Kim assinam acordo histórico
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, protagonizaram um encontro histórico em Cingapura e assinaram um acordo que promete encerrar décadas de tensões militares. Na declaração conjunta, Pyongyang assegurou "seu firme compromisso com a completa desnuclearização da Península Coreana", e Washington prometeu garantias de segurança à Coreia do Norte. (12/06)
Foto: Reuters/K. Lim
Robert de Niro xinga Trump em premiação
"Vou dizer uma coisa: 'Fuck' Trump", começou Robert de Niro seu discurso na entrega do Prêmio Tony. Ator deixou a etiqueta de lado, e plateia do prêmio dedicado ao teatro americano aplaudiu efusivamente. "Não é mais 'fora, Trump'. É 'fuck' Trump", concluiu. Não é a primeira vez que De Niro, crítico aberto de Trump, xinga o presidente dos EUA. (11/06)
Foto: Getty Images/T. Wargo
Cem anos do voto feminino no Reino Unido
Milhares de mulheres saíram às ruas em várias cidades do Reino Unido para celebrar o centenário da lei que deu às primeiras mulheres o direito ao voto no país. As manifestantes aproveitaram para reivindicar a plena igualdade de direitos. As capitais das quatro nações britânicas, Londres, Edimburgo, Cardiff e Belfast, sediaram marchas simultâneas, que homenagearam o movimento sufragista. (10/06)
Foto: Imago/i Images
Londres celebra 92 anos da rainha
A rainha Elizabeth 2ª, que completou 92 anos em 21 de abril, assistiu ao tradicional desfile militar Trooping the Colour, que desde 1748 comemora oficialmente o aniversário dos monarcas britânicos. Mais de mil soldados participaram da celebração. Estiveram presentes os príncipes Charles, William e Harry, com suas respectivas esposas, Camilla, Kate Middleton e Meghan Markle. (09/06)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Astronautas chegam à ISS
A tripulação da missão 'Horizons' chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) para realizar mais de 60 experimentos científicos. O primeiro a entrar na ISS foi o comandante da agência russa Roscosmos, Sergei Prokopyev, seguido do astronauta alemão da Agência Espacial Europeia (ESA) Alexander Gerst e, por último, da astronauta americana da NASA Serena Auñón-Chancellor. (08/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Governo majoritariamente feminino
Os 17 ministros e ministras que formam o governo espanhol do socialista Pedro Sánchez tomaram posse, diante do rei Felipe 6°. O novo gabinete é formado por 11 mulheres e seis homens: o Executivo mais feminino da história da Espanha e da União Europeia (UE). (07/06)
Foto: picture-alliance/dpa/J.J. Guillen
Fogo em Londres
Mais de 100 bombeiros trabalharam na extinção de um incêndio num hotel de luxo, de 12 andares, no centro de Londres. A densa coluna de fumaça que saía do hotel Mandarin Oriental, inaugurado em 1902, podia ser vista em diversos pontos da cidade. As causas do incêndio estão sendo investigadas. (06/06)
Foto: picture-alliance/J. Stillwell
Rastro de destruição na Guatemala
O governo da Guatemala anunciou um plano de reconstrução viária e de casas para as pessoas atingidas pela erupção do Vulcão de Fogo no domingo, que deixou ao menos 70 mortos, 476 feridos e mais de 3,2 mil desabrigados. Ao todo, mais de 1,7 milhão de guatemaltecos foram afetados pela erupção . As equipes de busca continuam procurando desaparecidos em meio às cinzas. (05/06)
Foto: Reuters/L. Echeverria
Primeiras motoristas
A Arábia Saudita começou a expedir carteiras de motorista para mulheres que poderão dirigir em seu território a partir de 24 de junho. O país era o único do mundo que ainda proibia mulheres de conduzir automóveis. Em comunicado, o governo afirmou que expediu a carteira para dez mulheres que já tinham permissão de dirigir em outros países. (04/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Saudi Information Ministry
Presidente alemão pede perdão por perseguição de homossexuais
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão aos homossexuais pelos crimes do nazismo e pelas perseguições sofridas no pós-guerra. Em cerimônia em Berlim comemorando os 10 anos de inauguração do monumento às vítimas homossexuais do regime nazista, ele frisou que gays e lésbicas continuaram sendo perseguidos mesmo após o fim do Terceiro Reich. (03/06)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Sánchez toma posse na Espanha
O socialista Pedro Sánchez tomou posse oficialmente como presidente do governo da Espanha, diante do rei Felipe 6° e na presença de seu antecessor, o conservador Mariano Rajoy. Na cerimônia, Sánchez prestou juramento sem fazer uso da Bíblia e do crucifixo, como é tradicional na Espanha. A ascensão de Sánchez marcou a volta dos socialistas ao poder na Espanha após hiato de quase sete anos. (02/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Demissão de presidente da Petrobras
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo, durante uma reunião com o presidente Michel Temer. Parente vinha enfrentando críticas devido à sua política de combustíveis, que elevou valores dos combustíveis e culminou na greve dos caminhoneiros. Em sua carta de demissão, ele disse que sua permanência na estatal "deixou de ser positiva". (01/06)