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A estudante Julia Glade, de Leipzig

27 de maio de 2010

Julia Glade estuda Ciências da Comunicação em Leipzig. Os amigos a descrevem como uma pessoa divertida e sempre pronta a ajudar. Talvez isso a tenha levado a participar do conselho dos estudantes.

É manhã, por volta das nove horas, quando Julia Glade tranca a sua bicicleta em frente ao Instituto de Ciências da Comunicação da Universidade de Leipzig, no leste da Alemanha.

A jovem de 22 anos, natural de Bitterfeld-Wolfen, iniciou os estudos em 2006 e faz parte do primeiro ano do bacharelado do curso. A estudante diz perceber o apoio dos veteranos e assegura que vai passar adiante essa "segurança" recebida dos colegas.

A jovem participa do conselho dos estudantes, onde informa e ajuda outros estudantes da universidade a solucionar problemas. Foi isso que a fez procurar o grupo. Dois anos atrás, ela foi eleita e passou a integrar a equipe.

Compromisso com os estudantes

Ao entrar no escritório do conselho, Julia se mostra um pouco pensativa. No mural, um cartão diz: "pensar não faz mal". Ao lado, há uma foto de um casal. Julia diz que também sonha em, um dia, ter marido e família. Mas isso são planos para mais tarde. Há três anos que Julia tem um namorado.

O namorado de Julia trabalha como administrador de sistemas numa revenda de automóveis. Atualmente, o sonho de Julia é "ter mais tempo para o namorado e para viajar."

Na biblioteca: em busca de livros sobre literaturaFoto: DW

Julia não mora com o namorado. A estudante divide um pequeno apartamento na residência universitária com um amigo que conheceu nos tempos em que viveu em Bitterfeld.

Quando a Alemanha era dividida, Bitterfeld fazia parte da República Democrática Alemã (RDA). A cidade era um importante centro da indústria química no país, embora naquele tempo a indústria não apresentava proteção adequada ao meio ambiente.

Antes da reunificação da Alemanha, Bitterfeld integrava o grupo das cidades mais sujas da Europa. Julia não recorda do fato já que, em 1989, quando o Muro de Berlim caiu e a Alemanha voltou a ser uma única nação, ela tinha apenas dois anos de idade. Foram os pais que lhe contaram mais sobre este período da história.

Investigação literária na biblioteca nacional

A Biblioteca Nacional de Leipiz não é longe da residência universitária onde Julia mora. Seus amigos costumam vê-la com frequência, andando por entre as prateleiras à procura de livros de literatura para a faculdade.

Julia sempre se interessou por comunicação e mídiaFoto: DW

A jovem sempre se interessou pela mídia. Quando era adolescente, escrevia para o jornal da escola e para pequenos jornais locais. Agora, seu interesse se voltou para a pedagogia da mídia.

Na hora do almoço, ela se dirige à mensa – o refeitório dos estudantes. Mas, infelizmente, eles não servem seu prato preferido: couve recheada com carne.

De qualquer maneira, a melhor receita do prato que tem é a sua mãe, que sempre cozinha a mais para que Julia possa levar marmitas à residência universitária depois de passar o final de semana na casa dos pais.

Julia não pode dedicar-se tempo integral aos estudos. Como o dinheiro é pouco, a jovem precisa trabalhar. Nas agências dos correios, ela ganha parte do dinheiro que a ajuda no sustento.

No seu tempo livre, Julia gosta de ouvir música, sobretudo a música pop alemã, de cantores como Herbert Grönemeyer e Clueso, ou de grupos musicais como Sportfreunde Stiller e Silbermond.

Mas ela também está aberta a novidades e gosta de usufruir da oferta cultural de Leipzig. Naquela noite, ela foi pela primeira vez a uma ópera, acompanhada de uma amiga. Trata-se de uma ópera de Luigi Nono, chamada Al Gran Sole Carico D'Amore, na qual o compositor relembra as esperanças e frustrações de revoluções fracassadas sob a perspectiva das mulheres.

Autor: Farhad Salmanian (br)
Revisão: Rodrigo Rimon

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