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A música e a resiliência da consciência negra

04:52

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19 de novembro de 2021

[Vídeo] Um encontro único: a regência de uma maestra negra e a composição de um maestro negro numa orquestra conservadora. Um exemplo, ressaltam eles, da resiliência dos negros ocupando lugares que até então não eram possíveis.

Um encontro único entre a maestra Alba Bomfim e o compositor e maestro João Carlos Rocha:
a sinfonieta inédita foi regida durante a homenagem ao Dia da Consciência Negra, na Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), um feito que alimenta a reflexão sobre o momento do negro na sociedade brasileira.

Para o maestro João Carlos Rocha, a música negra é uma resiliência que, por mais alegre que possa ser, é um grito de revolta. Para ele, a sociedade brasileira sofreu um choque e as mudanças sociais colocam a vida dos negros em risco.

Para a maestra Alba, mesmo com os desafios, ser negro e músico no Brasil é um prazer. "Nós fazemos parte de uma história que artisticamente no Brasil a gente não via, onde nós negros, antes, não éramos vistos como protagonistas neste tipo de arte", afirmou a maestra. "Eu posso te dizer: é um desafio ser artista, ser músico, ser regente, maestro, maestra, compositor, no Brasil? Imenso. Mas é muito bom, é muito bom."