O sonho de Sarah al-Amiri nasceu quando ela tinha 12 anos de idade ao ver uma imagem da galáxia de Andrômeda. Na ocasião, ela jamais podia imaginar que isso levaria seu país para além da estratosfera da Terra.
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Nos últimos cinco anos, os Emirados Árabes Unidos têm se empenhado em expandir as fronteiras da ciência e da tecnologia.
Em 2017, eles anunciaram o primeiro Ministro de Inteligência Artificial do mundo para conduzir os esforços do Estado do Golfo em automação e outras tecnologias de ponta.
Naquele mesmo ano, eles também convocaram uma jovem engenheira dos Emirados, Sarah al-Amiri, para liderar as missões espaciais do país num momento em que a região prestava pouca atenção ao que geralmente é descrito como a fronteira final.
"Numa perspectiva global, somos um novo país que chega atrasado na competição", disse al-Amiri à revista científica britânica Nature no início deste mês. "É natural que as pessoas pensem que isso é loucura", acrescentou, referindo-se à missão a Marte dos Emirados Árabes Unidos, que foi lançada nesta segunda-feira.
Embora tenha começado como engenheira de computação, al-Amiri migrou, mais tarde, para o campo da tecnologia espacial na Instituição de Ciência e Tecnologia Avançada dos Emirados, onde trabalhou nos primeiros satélites dos Emirados Árabes Unidos. Para ela, foi um sonho que se tornou realidade.
"Quando jovem, aos 12 anos, vi uma imagem da galáxia de Andrômeda, a galáxia mais próxima de nossa Via Láctea", disse al-Amiri durante o evento TEDx Talk de 2017 em Dubai, acrescentando que a imagem a levou a estudar tudo o que podia sobre o espaço. "Eles me disseram que estavam trabalhando no setor espacial, e como eu tinha um sonho, decidi conferir."
A partir daí, ela foi nomeada chefe do Conselho de Ciência dos Emirados em 2016 e, um ano depois, o governo a convocou para liderar o novo papel ministerial no desenvolvimento de ciências avançadas. Hoje, ela é vice-diretora de projetos e líder científica da missão a Marte, apelidada de Amal - esperança em árabe.
"A missão se chama 'esperança' porque estamos contribuindo para a compreensão global de um planeta", disse ela. "Estamos indo além da turbulência que agora define nossa região e passando a contribuir de forma positiva para a ciência".
Em benefício da compreensão humana
A missão também mexeu nas normas sociais. Segundo a Nature, as mulheres respondem por 34% da missão e 80% de sua equipe científica, significativamente superior aos 28% representados na força de trabalho dos Emirados.
Al-Amiri espera aumentar ainda mais esses números, ampliando o envolvimento dos jovens dos Emirados nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
"A ciência, para mim, é a forma mais internacional de colaboração", disse al-Amiri. "É ilimitada, sem fronteiras e administrada pelas paixões dos indivíduos em benefício da compreensão humana".
Além do espaço
Mas o portfólio de al-Amiri não se limita a missões espaciais.
Como Ministra das Ciências Avançadas, seu mandato inclui "aumentar as contribuições das ciências avançadas para o desenvolvimento dos Emirados Árabes Unidos e sua economia".
"Quando tratamos sobre a economia dos Emirados Árabes Unidos nos próximos 30 anos, uma de suas fundações é a ciência e a tecnologia, porque queremos ter uma economia baseada no conhecimento - conhecimento de produção, utilização do conhecimento e criação de ativos intangíveis", disse al-Amiri à agência de notícias oficial dos Emirados.
Em 1969, Neil Armstrong se tornava o primeiro homem a pisar na Lua. Um passo incrível. Ainda hoje, o satélite terrestre nos fascina – especialmente quando vemos fotos tiradas na época da histórica missão espacial.
Foto: NASA
"Um pequeno passo para um homem"
Primeiros passos na Lua. Ao pisar na superfície lunar, em 20 de julho de 1969, o americano Neil Armstrong disse uma das frases mais famosas de todos os tempos: "Este é um pequeno passo para [um] homem, mas um grande salto para a humanidade." Ainda hoje se discute como e quando o astronauta chegou a essa frase, e se ao dizê-la ele esqueceu o artigo "um". Existem até mesmo estudos sobre isso.
Foto: NASA
A partida
Da sala de controle do Centro Espacial Kennedy (KSC), o diretor do programa Apollo, Samuel C. Phillips, supervisiona as atividades antes da partida, em 16 de julho de 1969. Apollo 11, a primeira missão de pouso lunar, foi lançada com o foguete Saturno 5. A bordo da espaçonave estavam Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins.
Foto: NASA
TV espacial
Estas três pessoas estavam entre os milhares de curiosos que acamparam em praias e estradas próximas ao Centro Espacial Kennedy, a estação de lançamento da Nasa, no Cabo Canaveral, na Flórida, para acompanhar de perto a partida da Apollo 11. Cerca de um milhão de pessoas foram ao local ver de perto o voo espacial histórico.
Foto: NASA/Kennedy Space Center
Luzes, câmera, ação, decolar!
Mas não apenas milhares de entusiastas estavam presentes, também milhares de repórteres cobriram a partida da missão Apollo 11. Um total de 3.497 jornalistas foi oficialmente credenciado para o acontecimento, e todos se amontoaram na área de imprensa do Centro Espacial Kennedy. Em 16 de julho de 1969, o Saturno 5 decolou.
Foto: NASA
Trabalho em equipe
Um dos tripulantes não pôde pisar na Lua e teve que ficar em órbita. Michael Collins (centro) disse em 2009: "Eu me senti parte do que aconteceu na Lua. Sei que eu seria um mentiroso ou um idiota se dissesse que ocupei o melhor dos três assentos [da Apollo 11], mas posso dizer honestamente que estou satisfeito com o que fiz."
Foto: NASA/Kennedy Space Center
"A águia pousou!", mas...
Às 20h17min58s (UTC) de 20 de julho de 1969, Neil Armstrong fez uma transmissão concisa: "A águia aterrissou!" Mas demorou um pouco até os dois astronautas realmente pisarem na Lua. Primeiro, o voo de retorno tinha que ser preparado. Finalmente, no dia 21 de julho, às 2h56min20s (UTC), chegou o grande momento: Neil Armstrong pisou na superfície lunar.
Esta foto foi tirada por Michael Collins em 21 de julho. O módulo lunar Eagle pode ser visto em seu retorno da Lua; atrás dele, vê-se a superfície lunar e, em seu horizonte, a Terra. Enquanto Armstrong e Aldrin foram os primeiros humanos a pisar na Lua, Collins manteve seu posto no módulo de comando Columbia e ficou à espera em órbita lunar.
Foto: NASA
Amostra n° 10.003
Durante o passeio exploratório de mais de duas horas fora do Eagle, Armstrong e Aldrin coletaram 21,5 quilos de material lunar. Esta pequena rocha é parte dele. A foto foi tirada em 27 de julho, após o retorno à Terra. Durante os seis desembarques lunares, os astronautas coletaram 2.415 amostras, totalizando quase 400 quilos. Elas estão todas listadas no "Catálogo de amostras e fotos lunares".
Foto: NASA/AccuSoft Inc.
Curiosidades astrais
Mas os astronautas deixaram para trás todo tipo de coisa. Este broche de Neil Armstrong ainda é um dos itens mais emblemáticos. O ramo de oliveira de 15 centímetros de comprimento representa a paz. Futuros visitantes também poderão se deparar com bolas de golfe, uma foto de família junto a uma câmera, obras de Andy Warhol ou uma pena de falcão. E cuidado com os excrementos dos astronautas.
Foto: NASA/Johnson Space Center
De volta à Terra
Às 16h50 (UTC) de 24 de julho, a tripulação desembarcou no Pacífico, a 21 quilômetros do porta-aviões USS Hornet e a 1.480 quilômetros a sudoeste do Havaí. Na chegada, os astronautas tiveram que preencher um formulário da alfândega, declarando as rochas lunares. Indagados se eles poderiam ter trazido agentes patógenos, eles responderam: "A ser determinado." E assim foram primeiro para quarentena.
Foto: NASA/Johnson Space Center
Estrelas não apenas em trajes espaciais
Nesta foto, os astronautas da missão Apollo 11 não usam trajes espaciais, mas sombreiros e ponchos. Uma turnê os levou para 24 países e 27 cidades em 45 dias. Os Estados Unidos queriam enfatizar sua disposição de compartilhar seu conhecimento espacial. Os astronautas foram celebrados como estrelas, como aqui, na Cidade do México, em 23 de setembro de 1969.