"A PM é a instituição mais genocida do Brasil", diz ativista
Marcio Damasceno
1 de setembro de 2020
Membro de ONG que levou uma das maiores fabricantes de armas a suspender exportações ao Brasil, Christian Russau conta, em entrevista à DW Brasil, como funciona atuação da Associação de Acionistas Críticos da Alemanha.
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A fabricante de armas Heckler & Koch (H&K), uma das maiores do ramo na Alemanha, anunciou na quinta-feira (27/08) que nãoexportará mais armamento para o Brasil, citando como motivos "as mudanças políticas" no país, "especialmente as agitações políticas antes das eleições presidenciais e a dura ação da polícia contra a população", conforme afirmou o porta-voz da empresa em reunião anual de acionistas.
O anúncio confirmou a decisão divulgada na reunião de acionistas da H&K do ano passado, de "não fornecer mais armas para o país depois da eleição de Jair Bolsonaro". A medida foi divulgada após questionamentos da Associação de Acionistas Críticos da Alemanha, entidade que forma uma rede de organizações alemãs que compram ações de empresas para cobrar delas respeito a temas como direitos humanos e meio ambiente, entre outros.
Na opinião do ativista Christian Russau, membro do conselho de direção da ONG, essa é uma pequena vitória para um objetivo ainda maior: a proibição da venda de armas alemãs para o Brasil.
"A Polícia Militar no Brasil é, na minha visão, a instituição mais genocida do país, e as vítimas são na grande maioria a população negra, jovem, favelada. Enquanto ainda faltar um controle democrático e efetivo das ações dessa polícia, não deveria ter exportações de armas da Alemanha", diz Russau.
Em entrevista à DW Brasil, o cientista político e escritor explica como a associação atua e quais os principais problemas abordados pela ONG sobre o papel de empresas alemãs em possíveis violações e abusos no Brasil.
DW Brasil: Pode-se dizer que a suspensão da venda de armamentos ao Brasil pela Heckler & Koch é uma vitória da Associação de Acionistas Críticos da Alemanha?
Christian Russau: É a vitória de muitos grupos que durante muitos anos criticaram a H&K por causa das armas que eles exportaram, por exemplo, para o México, algo proibido pela legislação alemã. Esses grupos fizeram muita pressão, então a imagem da empresa nos últimos anos vinha piorando bastante.
Pode ser que, considerando que as vendas para o Brasil não representam tanto financeiramente, a companhia tenha avaliado que a má imagem não era algo que compensasse nesse caso. Então eles talvez tenham preferido, dessa vez, fazer papel de bonzinhos.
Isso é para nós uma pequena vitória. Claro que queríamos que o Brasil fosse banido pelo Estado alemão de receber armas. A empresa Sig Sauer tem planos de fechar aqui e abrir uma joint venture no Brasil. Achamos que, segundo as leis de exportação alemãs, isso deveria ser proibido e também que a Glock, da Áustria, não deveria mais fornecer armas para o Brasil. Mas para que isso ocorra, os ativistas da Áustria deveriam fazer pressão sobre a Glock.
Por que a Alemanha deveria proibir a venda de armas de empresas alemãs ao Brasil?
A Polícia Militar no Brasil é, na minha visão, a instituição mais genocida do país, e as vítimas são na grande maioria a população negra, jovem, favelada. Enquanto ainda faltar um controle democrático e efetivo das ações dessa polícia, não deveria ter exportações de armas da Alemanha.
A Associação de Acionistas Críticos pretende pressionar também a Sig Sauer, concorrente da Heckler & Koch?
A Sig Sauer é um conglomerado de origem alemã, mas tem dupla sede, nos EUA e na Suíça. Não está claro onde ficam as patentes da sua tecnologia. Em qual dessas sedes. Porque se eles fecham as sedes na Alemanha e se a patente de tecnologia fica aqui, seria uma questão de o governo alemão decidir se essa tecnologia poderia ser exportada para o Brasil. Mas não temos esses dados porque são segredos da empresa.
A outra dificuldade é que a Sig Sauer não é uma empresa de capital aberto. E o que fazemos é comprar uma ação das empresas listadas na bolsa.
Como a Associação de Acionistas Críticos atua exatamente?
Com uma ação, você tem direito de entrar na assembleia de acionistas, que agora são virtuais, mas você continua tendo o direito de fazer perguntas, e a diretoria tem que responder. Antes da pandemia, podíamos participar ativamente nas assembleias com direito a discursos também.
Por exemplo, nas grandes assembleias da Siemens ou da Allianz, tem 10 mil acionistas reunidos numa sala enorme. A diretoria e todo mundo te escuta, e a diretoria tem que responder suas perguntas. Isso dá uma chance para os ativistas criticarem diretamente a empresa na própria esfera pública deles, forçando os a responder as perguntas. Porém, com apenas uma ação, você não tem voto suficiente para mudar o rumo da empresa.
Então, o objetivo é mais tentar manchar a imagem da companhia, levar ao protocolamento da crítica e, quem sabe, ganhar as mentes e corações de alguns pequenos acionistas e ter alguma matéria na mídia para pressionar as empresas.
Como nasceu a ideia de ativismo através do trabalho de influência dentro das assembleias de acionistas?
Essa ideia veio dos EUA e do Reino Unido. Nos anos 1980, moradores de áreas perto de fábricas da Bayer reclamaram que a empresa estava contaminando o ar. A Bayer achava que não era importante reagir, e os ativistas compraram uma ação, foram para a assembleia. Aqui na Alemanha tem esse negócio que mesmo que você tenha uma ação ou um milhão de ações, você pode pedir para ser inscrito na lista das pessoas que falam e tem direito a 10 minutos de fala na frente de todos.
Nos anos 1980, foi a primeira vez que ativistas foram na assembleia da Bayer, protestaram e a diretoria da empresa quase desmaiou de surpresa, ficou bastante irritada. Os ativistas então resolveram profissionalizar isso, criar uma ONG, uma associação sem fins lucrativos, segundo a lei alemã.
Foi assim que surgiu a nossa associação. Vamos para 43 assembleias de acionistas, tratando de diversos temas, contra armamentos, contra guerra, para a paz, contra destruição do meio ambiente e para os direitos humanos. Trabalhamos quase com o mundo inteiro.
Se você não quer participar, é possível, por meio de uma procuração, indicar o nome de outra pessoa. Dessa forma, podemos chamar e conseguir participação dos afetados pelas empresas, das vítimas, inclusive.
Já convidamos pessoas de vários países que estavam sendo vítimas de violações de direitos humanos diretamente ou indiretamente, no caso de estar dentro da cadeia produtiva da empresa. E dessa forma, essas pessoas podem falar nas assembleias.
Como a associação tem agido em relação ao atual governo brasileiro?
Poucos meses antes das eleições, houve uma sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI), e lançamos uma nota protestando contra o comportamento da CNI, elogiando um político que tem comportamento e discurso fascista, algo totalmente perigoso. Criticamos especialmente as empresas alemãs, que não são membros da CNI, mas, pelas suas filiais brasileiras, são membros das entidades empresariais estaduais.
Criticamos que as empresas alemãs estejam no Brasil fazendo negócios e até mesmo elogiando o governo Bolsonaro, dizendo que os ministérios da Economia e Infraestrutura estão levando o país para frente e que é necessário flexibilização das leis ambientais, desmantelar o sistema de licença prévia, licença de instalação e operação, algo que é muito importante para garantir o direito das pessoas e das comunidades que estão na área de grandes empreendimentos.
Então, fazemos as campanhas criticando, esperando que algumas delas acordem e comecem a se distanciar ativamente de um governo literalmente fascista, como avalio o governo Bolsonaro.
Pode citar algum exemplo de outros avanços já conseguidos no que diz respeito ao Brasil?
Tivemos sucesso, por exemplo, no caso da Allianz, que é uma das maiores seguradoras do mundo e fez uma parte do seguro da hidrelétrica Belo Monte. Em 2013, questionamos o papel da empresa na Belo Monte, em relação às consequências ambientais e também violações de direitos humanos. Desde então, a Allianz se comprometeu a não assegurar projetos em que o direito à Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) dos povos indígenas não é respeitado.
Com isso, vários projetos na Amazônia, por exemplo, podem deixar de ser assegurados pela Allianz, se são empreendimentos em que a CPLI não é respeitada. E se soubermos que a Allianz está envolvida neles, poderemos protestar fortemente.
A ideia é que isso se dissemine para outras seguradoras, e que essas empresas tenham mais dificuldade em conseguir seguro, e mais dificuldades em conseguir financiamentos para empreendimentos e, dessa forma, mudar algo gradualmente. Somos nitidamente fracos porque só temos uma ação de cada empresa, mas podemos tentar algumas coisas.
O mês de agosto em imagens
O mês de agosto em imagens
Foto: AFP/J. MacDougall
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Foto: Reuters/M. Bello
Acusação silenciosa
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Foto: Reuters/S. Hisham
Berlim tem marchas de negacionistas da covid
Milhares de pessoas participaram de marchas em Berlim contra as medidas do governo para impedir a propagação do coronavírus, como o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras. A maior parte dos atos foi pacífica, mas houve distúrbios em alguns pontos da capital alemã. Ao menos 300 participantes foram detidos ao longo do dia, depois de a polícia ordenar a dispersão dos protestos. (29/08)
Foto: DW/D. Vachedin
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Foto: Reuters/F. Robichon
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Foto: picture-alliance/SvenSimon/F. Hoermann
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Desde a confirmação da primeira infecção de covid-19 no Brasil, em 26 de fevereiro, país se tornou o segundo mais afetado pelo coronavírus, atrás apenas dos EUA. O desempenho do governo brasileiro no combate à pandemia é considerado um dos piores do mundo e resulta tanto de decisões políticas equivocadas quanto de dificuldades estruturais. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Souza
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Foto: picture-alliance/dpa/M. Wolfe
Protestos em Wisconsin após novo caso de violência policial
Policiais atiram várias vezes pelas costas contra homem negro, desencadeando novos protestos antirracismo. Manifestantes atearam fogo a automóveis, quebraram vidraças e entraram em confronto com a polícia. O condado de Kenosha impôs toque recolher para evitar novos distúrbios e o governador pediu a presença da Guarda Nacional. (24/08)
Foto: Reuters/USA TODAY
Bielorrussos voltam às ruas contra o governo
Duas semanas após as controversas eleições presidenciais, dezenas de milhares tomam novamente as ruas da capital, Minsk, para pedir novas votações e reivindicar a renúncia do presidente Alexander Lukashenko. Na Praça da Independência, muitos dos manifestantes agitaram a bandeira vermelha e branca da oposição, pedindo em coro por "liberdade". (23/08)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Lovetsky
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Foto: Reuters/A. Malgavko
Merkel põe em xeque acordo UE-Mercosul
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, tem "sérias dúvidas" sobre a implementação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul devido ao aumento do desmatamento na Amazônia. O porta-voz Steffen Seibert disse que Berlim observa "com grande preocupação" o desmatamento e as queimadas na região e vê "com ceticismo" uma implementação do acordo. (21/08)
Foto: Reuters/C. Simon
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Steve Bannon, ex-estrategista-chefe de Donald Trump, foi preso acusado de fraude numa campanha de financiamento coletivo para arrecadação de fundos para apoiar a construção do muro na fronteira com o México. O esquema teria arrecadado mais de US$ 25 milhões. Bannon se declarou inocente, e o juiz aprovou sua soltura sob fiança de US$ 5 milhões. Ele foi solto, mas não pode deixar o país. (20/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Drago
UE não reconhece resultado da eleição em Belarus
Em cúpula, os líderes da União Europeia disseram não reconhecer o resultado das eleições presidenciais de Belarus, que garantiram um sexto mandato ao autoritário presidente Alexander Lukashenko. Eles também expressaram apoio aos protestos em massa e avisaram que estão preparando uma longa lista de nomes que sofrerão sanções por fraude eleitoral e repressão brutal contra manifestantes. (19/08)
Foto: Reuters/O. Hoslet
Golpe de Estado no Mali?
O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, e o primeiro-ministro Boubou Cissé foram detidos por militares amotinados. Outros membros do governo também teriam sido detidos, mas não foram identificados. O motim teve início no quartel de Kati, a cerca de 15 quilômetros da capital, Bamako. A comunidade internacional condenou o que chamou de tentativa de golpe de Estado no país africano. (18/08)
Foto: AFP/M. Konate
Primeira convenção virtual da história dos EUA
Começou nos Estados Unidos a convenção do Partido Democrata, que formalizará a candidatura de Joe Biden na corrida à Casa Branca. A convenção estava programada para ocorrer em Milwaukee, mas devido à pandemia de covid será a primeira convenção virtual da história dos EUA. Ao longo de quatro dias, os democratas pretendem mostrar uma forte coalizão para tentar vencer Donald Trump no pleito. (17/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Kaster
Maior protesto da história de Belarus
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas da capital bielorrussa para o maior ato antigoverno desde que eclodiram os protestos em massa em Belarus, uma semana antes. A manifestação foi considerada a maior da história do país. No mesmo dia ocorreu em Minsk o primeiro ato pró-governo desde o pleito, convocado pelo presidente Alexander Lukashenko, há 26 anos no poder. (16/08)
Foto: Getty Images/S. Gapon
Rio reabre atrações turísticas
O Rio de Janeiro reabriu ao público uma série de atrações turísticas que ficaram meses fechadas devido à pandemia. Entre elas, cartões-postais como o Cristo Redentor e o Bondinho. Na foto, mergulhadores checam as condições de um aquário dentro do AquaRio, que também reabriu as portas. Os locais operam com capacidade reduzida e sob estritas regras de higiene e distanciamento. (15/08)
Foto: Getty Images/M. Pimentel
Aprovação recorde
Pesquisa Datafolha realizada entre 11 e 12 de agosto aponta que o presidente Jair Bolsonaro está com a melhor aprovação desde o início do mandato. Segundo o instituto, 37% dos brasileiros consideram seu governo bom ou ótimo. Rejeição cai dez pontos percentuais após a continuidade do auxílio-emergencial e recuo do presidente em conflitos com Congresso e Judiciário. (14/08)
Foto: picture-alliance/AP/E. Peres
Acordo de paz histórico
Israel e Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo para normalizar as relações diplomáticas, anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump. Os Emirados Árabes Unidos se tornam assim o primeiro Estado do Golfo Pérsico e a terceira nação árabe a estabelecer laços diplomáticos plenos com Israel.Como parte do acordo Israel se comprometeu a suspender a anexação de territórios ocupados. (13/08)
Acidente de trem na Escócia
O descarrilamento de um trem no nordeste da Escócia deixou ao menos três mortos e seis feridos. O acidente ocorreu em Stoneheaven, Aberdeenshire, a 160 quilômetros de Edimburgo. Acredita-se que o trem tenha descarrilado devido a um deslizamento de terra após fortes chuvas que causaram enchentes e interromperam o trânsito ferroviário. (12/08)
Foto: AFP/M. Wachucik
Biden escolhe Kamala Harris como vice
O candidato à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a escolha da senadora Kamala Harris como vice da chapa democrata. Em caso de vitória da dupla, ela pode se tornar a primeira mulher vice-presidente dos EUA. Senadora eleita pela Califórnia, Harris, de 55 anos, é figura de destaque no Partido Democrata. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/J. Martin
Premiê do Líbano dissolve governo
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou a renúncia de seu governo, em meio à crise acirrada no país pela megaexplosão que atingiu a capital, Beirute. "Descobri que a corrupção é maior do que o Estado", afirmou, antes de deixar o cargo. Há meses, o país vive violentos protestos, que foram acirrados em razão da tragédia. (10/08)
Foto: Reuters/T. Al-Sudani
Protestos no Líbano
Tensões em alta após megaexplosão destruir parte da capital libanesa, com protestos violentos nas ruas contra os governantes do país, acusados de corrupção, incompetência e negligência. Líderes mundiais se comprometem a enviar milhões em ajuda humanitária, mas insistem que as autoridades devem se comprometer a realizar as reformas exigidas pela população. (09/08)
Foto: Reuters/E. Francis
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: AFP/M. Dantas
Emergência ambiental
A ilha Maurício, da República de Maurício, declarou "estado de emergência ambiental" após uma ruptura do casco de um navio com bandeira do Panamá que encalhou na região. O incidente causou um vazamento de petróleo nas águas do arquipélago. Sem carga, o navio ia de Cingapura para o Brasil. Até o momento, 4 mil toneladas de combustível vazaram da embarcação. (07/08)
Foto: AFP/L'Express Maurice/D. Ramkhelawon
75 anos do ataque nuclear em Hiroshima
No dia 6 de agosto de 1945, a primeira bomba atômica utilizada em uma guerra foi lançada sobe a cidade de Hiroshima, matando em torno de 140 mil pessoas. Na cerimônia que marcou os 75 anos da tragédia, o prefeito da cidade pediu maior comprometimento dos líderes mundiais para com o desarmamento. (06/08)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Hoshiko
Incêndios florestais na França
Milhares de pessoas tiveram de ser evacuadas de residências e campings em uma região próxima a Marselha, no sul da França. Em torno de 1,8 mil bombeiros combatiam as chamas que ameaçavam as comunidades costeiras de Martigues e Sausset-les-Pins. (05/08)
Foto: AFP/X. Leoty
Explosões abalam Beirute
Duas enormes explosões em sequência sacudiram a capital do Líbano. Uma grande nuvem de fumaça no céu podia ser vista a quilômetros de distância. Autoridades disseram que 2.750 toneladas de nitrato de amônio que estavam armazenadas há anos na zona portuária explodiram, gerando o desastre que devastou a cidade. (04/08)
Foto: AFP via Getty Images
Dois anos após tragédia, Gênova inaugura nova ponte
Ponte San Giorgio é inaugurada em cerimônia marcada por tristeza e orgulho, no mesmo local de um dos piores desastres das últimas décadas na Itália, onde o colapso da antiga ponte matou 43 pessoas. Famílias das vítimas ainda pedem justiça. (03/08)
Foto: AFP/M. Medina
Cápsula da SpaceX com astronautas retorna à Terra
Após dois meses no espaço, a cápsula Crew Dragon, da Space X, pousou em segurança no Golfo do México, na costa dos EUA, transportando dois astronautas da Nasa. Foi a primeira missão tripulada lançada a partir dos EUA em nove anos. O regresso da cápsula também representou a primeira vez em mais de quatro décadas que astronautas da Nasa regressam à Terra por meio de um pouso na água. (02/08)
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Liberdade antes da saúde?
Milhares protestaram em Berlim contra restrições ditadas pela pandemia. A multidão era formada por uma combinação de grupos de extrema direita, opositores da vacinação, defensores de teorias da conspiração e outros descontentes com as medidas. "Somos a 2ª onda", gritavam alguns, enquanto outros pregavam "resistência". classificando a pandemia como "a maior teoria da conspiração". (01/08)