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HistóriaAlemanha

A População

Publicado 8 de abril de 2013Última atualização 19 de julho de 2021

Com 83 milhões de habitantes no final de 2020, a Alemanha é o país mais populoso da Europa, superado apenas pela Rússia. No âmbito da União Europeia, é o país com maior população, seguido da França.

Foto: Fotolia

A principal característica da população na Alemanha é o alto percentual de idosos em relação ao de jovens, um fenômeno causado pelo aumento da expectativa de vida e pelo baixo índice de natalidade. Em 2020, a Alemanha tinha 83,1 milhões de habitantes, sendo que 21,9% da população tinham mais de 65 anos de idade. Já o percentual dos entre 40 e 59 anos é de 28,1%.

A longevidade em ascensão (a idade média na Alemanha é de 44,6 anos), aliada ao baixo índice de natalidade (a média é de 1,53 filho por mulher) fazem com que os lares alemães sejam ocupados por cada vez menos gente. Cerca de 42% das moradias alemãs são ocupadas por apenas uma pessoa (Destatis, 2019). 

O país tem mais mulheres (42,1 milhões) do que homens (41 milhões). Em dezembro de 2020, viviam na Alemanha 10,5 milhões de estrangeiros (12,7% da população estrangeira), dos quais 4,4 milhões de pessoas eram de outros países da União Europeia. 

Em 2020, as mulheres tinham em média 30,2 anos ao terem o primeiro filho. A Alemanha é um país de grande densidade populacional. O país tem 357.121,41 Km2. Em cada quilômetro quadrado vivem 233 pessoas. Um valor alto, considerando-se que a média na União Europeia (já sem o Reino Unido) em 2019 foi de 109 pessoas por quilômetro quadrado (dados do Statista).

Maioria da população mora em cidades

A população se distribui de maneira muito heterogênea pelo país. A metade da população alemã vive em regiões urbanas. A região metropolitana de Berlim, que cresce rapidamente desde a unificação do país, tem mais de 4 milhões de habitantes.

Particularmente pouco povoado é o nordeste da Alemanha. Existem comunidades com menos de 50 habitantes por quilômetro quadrado. Ao mesmo tempo, ficam nesta região Berlim e Hamburgo, as duas maiores cidades alemãs. O oeste do país é bem mais densamente povoado.

Uma faixa com densidade populacional particularmente alta se estende ao longo do Vale do Reno e alguns afluentes do Reno. A maior densidade populacional entre as cidades alemãs é em Berlim, com 4.090 moradores por quilômetro quadrado, em dezembro de 2019, segundo o banco de dados Statista.

A expectativa média de vida para crianças nascidas em 2020 na Alemanha era de 83,4 anos para mulheres e de 78,6 anos para homens. Principalmente nos centros urbanos, é cada vez maior o número de pessoas que moram sozinhas.

O povo alemão foi formado essencialmente da fusão de várias tribos germânicas, como os francos, os saxões, os suábios e os bávaros. Essas etnias deixaram de existir individualmente, mas suas tradições e seus dialetos continuam vivos em grupos regionais.

 A delimitação atual dos estados foi estabelecida, em grande parte, depois da Segunda Guerra Mundial. A divisão foi feita sob influência das potências de ocupação, de modo que sua demarcação muitas vezes não considerou a cultura regional. Mas as antigas fronteiras dos diversos grupos populacionais também foram sendo apagadas pelos fluxos de refugiados e movimentos migratórios do pós-guerra e pela mobilidade da sociedade industrial moderna.

A imigração compensou as perdas humanas causadas pela Segunda Guerra Mundial, estimadas em 3,2 milhões de pessoas na Alemanha. Logo após o fim do conflito, aproximadamente 13 milhões de alemães expulsos e refugiados vieram das antigas províncias da Alemanha e da Europa Oriental para o atual território alemão. Além disso, até a construção do Muro de Berlim, em 1961, houve um grande fluxo migratório em direção ao oeste do país.

Desde o início dos anos 60, chegou um grande número de trabalhadores estrangeiros aos antigos estados da República Federal da Alemanha, cuja economia em expansão precisava de mão de obra adicional, não disponível no país. O movimento, que foi iniciado pelos italianos, logo atraiu espanhóis, portugueses, iugoslavos e turcos.

As quatro minorias nacionais há muito tempo fixadas no país são os sorábios, os frísios, os dinamarqueses e os grupos das etnias sintos e rom. 

Mulheres com típicos trajes sórbiosFoto: picture-alliance/dpa/A. Franke

Os sorábios (ou sórbios), da região de Lausitz, são descendentes de povos eslavos. No período das grandes invasões, no século 6º, colonizaram a região a leste dos rios Elba e Saale. A primeira menção que lhes foi feita em documento data do ano 631.

Os frísios habitam a costa do Mar do Norte (entre as regiões do Baixo Reno e Ems), descendem de um grupo germânico e conservaram – ao lado da língua própria – uma variedade de tradições.

Uma minoria dinamarquesa vive em Schleswig, uma parte do estado de Schleswig-Holstein, especialmente na região de Flensburg.

Berço do Protestantismo e de forte tradição católica, a Alemanha sofre forte influência das Igrejas em sua vida social e política. Em 2020, 28,6% da população eram católicos, 25,8% eram evangélicos de confissão luterana, enquanto 0,1% eram judeus.