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A professora Ute Weber, de Essen

16 de julho de 2010

Ute Weber leciona inglês e geografia em uma escola para meninas, em Essen, há 30 anos. Mesmo sendo muito ligada à sua cidade natal, a professora planeja alçar novos rumos: sonha com um recomeço.

"Deus sabe tudo" – "e os professores ainda mais". Piadas desse tipo não agradam a professora Ute Weber. A pedagoga da cidade de Essen também se incomoda com os estereótipos de que professores estão sempre de férias ou têm muito tempo livre.

Na escola especial para meninas Essen-Borbeck, Ute leciona inglês e geografia – 25 horas por semana. Seu trabalho, no entanto, não pode ser considerado de forma alguma um "trabalho de meio expediente", já que a preparação das aulas e as correções, principalmente na disciplina de inglês, tomam muito tempo fora da sala de aula.

A maioria dos alunos acham que as atividades na escola começam cedo demais. Ute também não teria nada contra a ideia de iniciar o expediente um pouco mais tarde.

A professora leciona há 30 anos na escola para moçasFoto: DW

A professora de 57 anos acorda meia hora mais cedo do que o necessário, para tomar tranquilamente o café da manhã com seu marido, Bernd Weber, e ler o jornal. Esse é um ritual do qual o casal não abre mão. Bernd é quem prepara o desjejum. Ele também é professor, só que em outra escola.

Sempre alguma novidade

A escola fica a menos de três quilômetros de distância da casa de Ute, que prefere ir ao trabalho de carro, já que tem uma grande quantidade de livros e cadernos para carregar. No caminho, a professora já está com o pensamento na sala de aula.

Às vezes, ao volante, ela tem uma ideia para a lição que vai aplicar no dia. "Eu sou bastante espontânea", diz a professora. No que se refere ao conteúdo das disciplinas, ela procura inovar sempre que possível. "Eu nunca repito as atividades, caso contrário a aula fica muito chata", explica Ute.

"Quando a professora está de bom humor, a aula pode ser muito divertida", revela uma aluna da décima classe. As alunas de Ute não a consideram uma professora severa. Mesmo assim, dizem que é melhor não irritá-la.

"Eu procuro impor regras, que devem ser seguidas", afirma a pedagoga. "Eu sou uma pessoa curiosa, e acredito que as alunas também têm o direito de saber mais sobre mim", mas até certo limite, é claro.

A escola não fica longe da casa da professora Ute WeberFoto: DW

Meninas são mais fáceis de lidar

Ute gosta de lecionar na escola para meninas, pois acredita que é mais fácil lidar com moças. É claro que meninas também podem ser irritantes, mas meninos são mais barulhentos, diz.

As duas filhas de Ute também estudaram nesta escola, mas sempre tiveram outros professores - nunca a própria mãe. Nina, de 28 anos, queria seguir a mesma profissão da mãe, Ute, mas resolveu interromper os estudos de Pedagogia e se dedicar a Economia.

A outra filha, Sonja, tem 26 anos e estudou Ciências Culturais e de Mídia. No entanto, Sonja virou adestradora de cães e abriu seu próprio pet shop.

Sonja mora com o namorado na casa dos pais – em um apartamento independente no piso superior. Mas ela está planejando se desfazer do negócio e se mudar para o exterior.

As aulas de inglês e geografia nunca são massantesFoto: DW

Um possível recomeço

Ute também sonha, às vezes, com um recomeço – mesmo se considerando uma pessoa feliz. A professora consegue se imaginar trabalhando em algo totalmente diferente – como autônoma, por exemplo, talvez no mundo dos negócios. "Eu gosto muito de organizar, é uma tarefa que eu desempenho muito bem", afirma a professora.

Ela gostaria de aprender outros idiomas – espanhol ou talvez português. Ute sempre foi uma pessoa muito ligada à sua cidade natal – ela nunca saiu de Essen.

Hoje em dia, a professora procura obter outros conhecimentos – quer viajar mesmo que por poucos dias. O único problema é que ela só pode viajar quando tem férias, período em que a maioria dos demais também têm livre – durante as férias escolares.

Autor: Yurin Vjacheslav (aj)

Revisão: Roselaine Wandscheer

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