Relação amistosa do clã político com grupos criminosos formados por policiais e militares no Rio remonta a mais de uma década e inclui elogios e homenagens. Filho do presidente empregava parentes de miliciano foragido.
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Em seu discurso de posse, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "é urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais". Agora, há pouco mais de três semanas na chefia do governo, o clã Bolsonaro se vê pressionado pelos elos do primogênito do presidente, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), com "bandidos" de farda. No caso, membros do submundo das milícias do Rio de Janeiro.
O novo episódio também colocou sob nova perspectiva antigas declarações de membros da família – inclusive do próprio presidente – em defesa de milícias. Alguns suspeitos de integrar esses grupos chegaram até mesmo a receber homenagens oficiais por parte de Flávio no passado.
A milícia é formada por policiais, bombeiros e militares da ativa ou fora de serviço que exercem um controle direto de dezenas de favelas e bairros do Rio por meio de assassinatos, tortura e extorsão. Também exploram serviços e estão envolvidos com a grilagem de terras.
Na terça-feira (22/01), em meio a uma operação policial contra grupos de milicianos que controlam as comunidades de Rio das Pedras e da Muzema, na zona oeste da capital fluminense, o jornal O Globo revelou que o gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) empregou por anos a mãe e a esposa de um dos alvos principais da ação: o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega.
Adriano, que continua foragido, é apontado pela Operação Os Intocáveis como um dos chefes do chamado Escritório do Crime, um grupo de extermínio formado por membros da "banda podre" da polícia que comete assassinatos por encomenda, muitas vezes a mando da milícia. A polícia também investiga a suspeita de participação desse grupo na morte da vereadora Marielle Franco em 2018 por encomenda da milícia que controla a favela de Rio das Pedras.
Segundo O Globo, a mãe do ex-capitão, Raimunda Veras Magalhães, trabalhou no gabinete de Flávio em diferentes períodos entre 2015 e novembro de 2018. Já a esposa, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, permaneceu na lista de assessores ininterruptamente por mais de uma década, entre setembro de 2007 e novembro de 2018. Em 2011, Adriano já havia sido preso em uma operação de grande repercussão no Rio por suspeita de atuar como segurança de um bicheiro. Em 2014, foi expulso da Polícia Militar (PM).
O caso também se entrelaçou com mais uma das encrencas de Flávio: o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou movimentações bancárias milionárias por parte de outro ex-assessor do senador eleito, o ex-PM Fabrício Queiroz. O documento mostra que Raimunda, mãe do miliciano Adriano, fez repasses a Queiroz, que também é um amigo de décadas do presidente Jair Bolsonaro.
Documentos do Coaf citados pelo O Globo apontam que Queiroz movimentou 7 milhões de reais entre 2014 e 2017. A suspeita é de que o ex-PM coletava parte dos salários da equipe de assessores de Flávio na Alerj. O senador eleito nega ter alguma relação com o suposto esquema.
Homenagens e mais ligações com milicianos
Os caminhos de Flávio e do miliciano já se cruzaram de maneira mais pública no passado.
Em 2003, quando iniciou seu primeiro mandato na Alerj, Flávio propôs uma homenagem a Adriano da Nóbrega. Na moção de louvor, Flávio disse que "o policial militar desenvolvia sua função com dedicação e brilhantismo, desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento as suas atividades". Em 2005, Adriano recebeu a medalha Tiradentes da Alerj a pedido de Flávio. Em abril de 2018, a vereadora assassinada Marielle Franco recebeu postumamente a mesma honraria – e Flávio foi o único deputado da Alerj que votou contra a concessão.
O filho do presidente também prestou homenagem na Alerj, em 2004, a outro suspeito de integrar o Escritório do Crime e alvo da operação de terça-feira: o major da ativa Ronald Paulo Alves Pereira, que acabou sendo preso. À época da homenagem, Pereira já era investigado como autor de uma chacina de quatro jovens em São João de Meriti (RJ), ocorrida em dezembro de 2003. Mais de 15 anos depois, ele ainda não foi julgado pelo caso. Seu júri está marcado para abril.
Durante a campanha de Flávio ao Senado, surgiram outras ligações do filho do presidente com milicianos. Em agosto, a Operação Quarto Elemento prendeu dezenas de policiais suspeitos de extorquir vendedores de produtos piratas e comerciantes em situação irregular.
Entre os presos estavam os irmãos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, dois PMs que atuaram como seguranças em atos de campanha de Flávio. Eles são irmãos de Valdenice de Oliveira Meliga, assessora de Flávio na liderança do PSL na Alerj e tesoureira do partido no Rio. Em outubro de 2017, Flávio publicou em suas redes sociais uma foto ao lado do pai e dos três irmãos Oliveira. Na legenda, escreveu: "Parabéns, Alan e Alex, pelo aniversário, essa família é nota mil!!!".
Outros três policiais denunciados na Quarto Elemento também foram homenageados por Flávio Bolsonaro na Alerj entre 2007 e o início de 2018.
Defesa da milícia pelo clã Bolsonaro
As homenagens não constituem os únicos casos em que Flávio demonstrou publicamente uma relação amistosa com policiais e militares ligados à milícia. Em 2008, durante as discussões para a instalação da CPI das Milícias na Alerj – motivada pelo sequestro e tortura de jornalistas por milicianos –, Flávio aproveitou a ocasião para elogiar a atuação dos grupos como uma alternativa para repelir traficantes.
"Sempre que ouço relatos de pessoas que residem nessas comunidades, supostamente dominadas por milicianos, não raro é constatada a felicidade dessas pessoas que antes tinham que se submeter à escravidão, a uma imposição hedionda por parte dos traficantes, e que agora pelo menos dispõem dessa garantia, desse direito constitucional, que é a segurança pública."
Em 2007, Flávio já havia dito em discurso na Alerj que não achava "justa" a "perseguição" de milícias por parte de "entidades ligadas a direitos humanos". "Não podemos simplesmente generalizar, dizendo que esses policiais, que estão tomando conta de algumas comunidades, estão vindo para o lado do mal. Não estão", afirmou.
O próprio Jair Bolsonaro chegou a defender publicamente a atuação das milícias quando os grupos já eram conhecidos pela violência. Em 2008, o então deputado federal afirmou que elas deveriam ser "legalizadas". "Elas oferecem segurança e, dessa forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. É o que se chama de milícia. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las", disse ele à rede BBC.
No mesmo ano, Bolsonaro criticou o relatório final da CPI das Milícias da Alerj quando o documento foi entregue à Câmara Federal. Ele disse na ocasião que era preciso diferenciar "milicianos que organizam a segurança da comunidade" daqueles que exploram a "venda de gás ou o transporte alternativo". "Não podemos generalizar. [...] É um relatório covarde."
Em julho de 2018, quando já aparecia na liderança das pesquisas eleitorais, Bolsonaro se distanciou do tema e disse ao jornal O Globo que as "milícias acabaram se desvirtuando".
Flávio, por sua vez, minimizou em 2011 o assassinato da juíza Patrícia Acioli por milicianos em Niterói. Na ocasião, escreveu no Twitter que a juíza "humilhava policiais". "Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos", escreveu ele, à época, no Twitter.
Essa não foi a única vez em que ele criticou a atuação de juízes que agiam contra milicianos. Em 2015, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza foi agredida durante uma inspeção no Batalhão Especial Prisional (BEP) em Benfica, que concentrava PMs presos, para apurar denúncias de que milicianos estavam recebendo mordomias. Ela foi cercada, agredida e teve a blusa rasgada por PMs detidos. Na ocasião, Flávio defendeu os agressores e culpou Souza. "A juíza se dirigiu de forma desrespeitosa a alguns policiais, chamando de vagabundos e milicianos. [...] Acabou sendo expulsa lá de dentro por policiais que se revoltaram."
O crime do Rio bate à porta do Planalto
Para se distanciar das nomeações de parentes de um miliciano, Flávio disse que as indicações foram feitas por Queiroz, justamente o pivô da investigação das movimentações suspeitas detectadas pelo Coaf. A defesa de Queiroz disse que ele foi mesmo o responsável pela contratação, mas que não sabia que Adriano da Nóbrega tinha ligação com o crime.
No dia anterior, o jornal O Globo informou que Queiroz – que faltou a dois depoimentos no final de dezembro para prestar esclarecimentos sobre o volume de dinheiro que passou pela sua conta – permaneceu escondido por alguns dias na comunidade de Rio das Pedras logo após a revelação do caso Coaf.
Rio das Pedras é considerada o berço da milícia carioca. A região é dominada pelo grupo desde o início dos anos 2000 e ganhou mais visibilidade em 2010 graças ao filme Tropa de elite 2: o inimigo agora é outro, que teve como foco as milícias e que batizou a favela dominada pelos vilões do longa como "Rio das Rochas".
Rio das Pedras também se entrelaça com a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Uma das hipóteses das investigações – que se arrastam há quase um ano – é de que o assassinato foi encomendado por causa da atuação da vereadora no combate à grilagem de terras pela milícia na zona do oeste do Rio. O carro usado no crime, um Cobalt prata, partiu de Rio das Pedras na noite do assassinato. Ainda segundo o jornal O Globo, o celular do major Ronald Pereira, suspeito de integrar o Escritório do Crime, foi detectado nas imediações do local da morte dias antes.
No domingo à noite, após passar o fim de semana sendo castigado por novas revelações do relatório do Coaf, Flávio concedeu entrevista às emissoras Record e Rede TV!. Diante de jornalistas amistosos, ele disse que os 96 mil reais depositados de forma fracionada em sua conta em 2017 eram resultado da venda de um apartamento.
Mesmo sem exibir documentos, ele parecia ter ganhado tempo com a justificativa. No entanto, a revelação de que dois assessores têm parentesco com um suspeito de integrar um grupo de extermínio a soldo de milicianos voltou novamente a pressionar o senador eleito – e, consequentemente, o governo Bolsonaro.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/AP/S. Izquierdo
Parlamento Europeu reconhece Guaidó como presidente interino
O Parlamento Europeu reconheceu o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como "único presidente interino legítimo do país" até que novas eleições livres sejam realizadas, instando os membros da União Europeia (UE) a fazerem o mesmo.A resolução foi aprovada com 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções em uma sessão especial em Bruxelas. (31/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Abd
Onda de frio extremo congela parte dos EUA
Uma onda de frio extremo congelou o centro-oeste dos Estados Unidos com temperaturas mais baixas que na Antártica, o que levou ao cancelamento de centenas de voos. Em Chicago, os termômetros marcaram -30°C, com uma sensação térmica de -46°C devido ao vento gelado. No estado da Dakota do Norte, a temperatura chegou a -37°C. Pelo menos sete pessoas morreram. (30/01).
Foto: Getty Images/S. Olson
Engenheiros responsáveis por segurança de barragem da Vale são presos
Três funcionários da Vale e dois engenheiros da certificadora alemã TÜV Süd foram presos em uma operação que apura a responsabilidade pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho. Os funcionários da Vale eram diretamente responsáveis pela Mina Córrego do Feijão e seu licenciamento. Já os engenheiros foram responsáveis por atestar a estabilidade da barragem. (29/01)
Foto: Getty Images/M. Pimentel
Governo alemão rejeita limite de velocidade nas autobahns
O governo da Alemanha rejeitou a sugestão feita por uma comissão de especialistas de introduzir um limite de velocidade nas autoestradas alemãs, as autobahns. A comissão, nomeada pelo próprio governo, havia recomendado a imposição de um limite de 130 km/h nas autobahns para diminuir emissões de poluentes, ajudar a proteger o clima e reduzir o número de acidentes. (28/01)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul
Atentado em catedral nas Filipinas deixa 27 mortos
Pelo menos 27 pessoas morreram e 77 ficaram feridas após duas explosões na catedral católica da cidade de Jolo, no sudeste da Filipinas. A primeira explosão aconteceu dentro do recinto religioso durante a missa dominical. A segunda, no exterior da catedral. A região tem um longo histórico de ataques terroristas cometidos por grupos islâmicos. . (27/01)
Foto: picture-alliance/AP/WESMINCOM Armed Forces of the Philippines
Europeus dão ultimato a Maduro
Os governos da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido anunciaram que vão reconhecer o líder oposicionista Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela caso Nicolás Maduro não convoque novas eleições no prazo de oito dias. O anúncio do governo alemão foi feito pela porta-voz Martina Fietz. Ela disse que o "povo da Venezuela deve decidir livremente e com segurança sobre seu futuro”. (26/01)
Foto: Reuters/Miraflores Palace
Mais um desastre ambiental no Brasil
Pouco mais de três anos após o desastre em Mariana, uma barragem da Vale se rompeu em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um mar de lama destruiu diversas casas na região. Ao menos sete pessoas ficaram feridas, sete morreram, e, segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 200 estão desaparecidas, a maioria funcionários da mineradora. (25/01)
Foto: Reuters/Washington Alves
Jean Wyllys decide não assumir novo mandato
O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) anunciou que deixará o Brasil e não assumirá seu novo mandato, para o qual foi eleito em outubro do ano passado. Ameaçado de morte e vivendo com escolta policial desde o assassinato da vereadora Marielle Franco, Wyllys disse que está deixando o país para "se manter vivo". (24/01)
Foto: Getty Images/AFP/M. Pimentel
Líder opositor se declara presidente da Venezuela
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país, durante um protesto contra o governo de Nicolás Maduro em Caracas. Os Estados Unidos, Brasil e outros países reconheceram o líder opositor como novo chefe de Estado. Nicolás Maduro acusou EUA de liderarem golpe contra seu governo. (23/01)
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Bolsonaro em Davos
Jair Bolsonaro fez sua primeira aparição no cenário internacional na abertura da sessão plenária do Fórum Econômico Mundial em Davos. Diferente do esperado, seu discurso, que ele basicamente repetiu a retórica da campanha eleitoral, teve apenas oito minutos de duração. Bolsonaro evitou detalhar as reformas, mesmo quando indagado pelo fundador e presidente do fórum, Klaus Schwab. (22/01)
As Forças Armadas da Venezuela afirmaram que militares que haviam se rebelado contra o governo do presidente Nicolás Maduro foram presos, após tentar promover uma insurgência com apoio da população. A prisão do grupo foi divulgada horas após o surgimento de vídeos postados nas redes sociais em que membros da Guarda Nacional Bolivariana aparecem pedindo a renúncia de Maduro. (21/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Gregos protestam contra novo nome da Macedônia
O protesto em Atenas contra o acordo firmando entre a Grécia e a Macedônia, que aceitou que o país passe a se chamar Macedônia do Norte, terminou em confronto com a polícia. O pacto quer encerrar a disputa aberta há quase 30 anos. Os críticos, porém, temem que a nação vizinha, ao continuar tendo Macedônia no nome, reivindique o território homônimo localizado no norte da Grécia. (20/01)
Foto: Reuters/A. Konstantinidis
Explosão no México deixa 66 mortos
O número de mortos após a explosão de um oleoduto da empresa estatal Pemex no estado de Hidalgo, na região central do México, subiu de 21 para 66 nas últimas horas. A tragédia aconteceu durante uma tentativa de roubo de combustível. A explosão aconteceu duas horas depois de um vazamento no oleoduto ter sido detectado. (19/01)
Foto: Getty Images/AFP/F. Villeda
Bolsonaro condecora premiê de Israel
O presidente Jair Bolsonaro concedeu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A honraria é a mais alta condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros. A grã-cruz foi entregue a Netanyahu no Rio, durante sua ida ao Brasil em dezembro, mas o decreto presidencial com a concessão foi publicado somente em janeiro no Diário Oficial. (18/01)
Foto: Agência Brasil/F. Frazão
STF suspende investigação de Queiroz
O ministro Luiz Fux, do STF, concedeu uma liminar suspendendo o inquérito contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (foto) e investigado por movimentações financeiras suspeitas. A decisão provisória responde a um pedido feito pelo filho de Jair Bolsonaro. Cabe ao relator do caso, Marco Aurélio, tomar uma decisão final sobre o pedido quando voltar do recesso. (17/01)
Foto: picture-alliance/dpa/Agencia Brazil/T. Rêgo
Bolsonaro recebe Macri em Brasília
Jair Bolsonaro e o presidente argentino, Mauricio Macri, se encontraram em Brasília, em meio a um consenso em relação à Venezuela e à expectativa de união entre as duas potências latino-americanas em outros temas. A "ditadura de Nicolás Maduro", conforme tacharam, e o fortalecimento do Mercosul foram alguns dos temas tratados na primeira visita de um chefe de Estado do governo Bolsonaro. (16/01)
Foto: picture alliance/AP Photo
Bolsonaro flexibiliza posse de armas
O presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que facilita a posse de armas, uma de suas principais promessas de campanha. Em cerimônia no Palácio do Planalto, ele classificou a medida de "um legítimo direito à defesa" concedido aos cidadãos. O texto se refere exclusivamente à posse de armas, em casa ou no trabalho, e não ao porte, e amplia a validade do registro de cinco para dez anos. (15/01)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Prefeito polonês é assassinado a facadas
O prefeito da cidade polonesa de Gdansk, Pawel Adamowicz, morreu um dia depois de ter sido esfaqueado diante de uma multidão durante um evento beneficente que procurava levantar doações para hospitais. Os golpes atingiram seu coração e abdômen. O ataque ocorreu quando o prefeito estava no palco. O agressor, de 27 anos, disse que queria se vingar por ter sido preso. (14/01)
Foto: Reuters/Agencja Gazeta/B. Banka
Termina refúgio de Battisti na América do Sul
O ex-membro de guerrilha de esquerda condenado por assassinatos na Itália, foi detido na Bolívia e será extraditado, após 38 anos foragido. Ele desaparecera do Brasil desde 14 de dezembro, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar sua detenção. Contrariando afirmações do gabinete de Segurança Institucional (GSI), Cesare Battisti sai da Bolívia em voo direto. (13/01)
Foto: picture_alliance/dpa//Polizia di Stato
"Coletes amarelos" em 9º fim de semana
Polícia de Paris empregou gás lacrimogêneo e canhões d'água durante confrontações com os manifestantes nas proximidades do Arco do Triunfo. ministro do Interior advertiu ativistas pacíficos que eles se tornam cúmplices ao participar de passeatas violentas. Está em planejamento cadastro dos agitadores semelhante ao mantido para controle de hooligans do futebol. (12/01)
Foto: Getty Images/AFP/L. Marin
Nevascas castigam Europa
As maiores nevascas em 20 anos na Europa Central, que já duram vários dias, causaram transtornos em países como Alemanha, Áustria e República Tcheca. No sul do estado alemão da Baviera, centenas de motoristas na região de Rosenheim, entre Bernau am Chiemsee e Frasdorf, tiveram de passar a noite em caminhões e automóveis após uma rodovia ficar bloqueada pela neve. (11/01)
Foto: picture alliance/dpa/B. März
Maduro toma posse na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse em Caracas, para um segundo período de seis anos na presidência depois de vencer as polêmicas eleições de maio passado. A legitimidade do segundo mandato de Maduro foi questionada pela oposição venezuelana e por vários governos estrangeiros que não reconhecem os resultados do pleito. (10/01)
Foto: picture-alliance/AP/A. Cubillos
João de Deus vira réu
A juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, de Abadiânia, aceitou a denúncia contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, acusado de estupro de vulnerável e violação sexual. Feita pelo Ministério Público, a denúncia diz respeito a crimes praticados em 2018, entre os meses de abril e outubro. Ele é acusado por centenas de mulheres por abusos cometidos entre 1975 e 2018. (09/01)
Foto: Agência Brasil/M. Camargo
Drone causa transtornos em Heathrow
O maior aeroporto da Europa, Heathrow, em Londres, suspendeu todas as decolagens por cerca de uma hora após um drone ser visto nos arredores de suas pistas. A suspensão foi uma medida de precaução e ocorre quase três semanas após um incidente semelhante no aeroporto britânico de Gatwick. (08/01)
Foto: Reuters
Expansão territorial na Dinamarca
O governo da Dinamarca anunciou que planeja construir nove ilhas artificiais para expandir o distrito industrial de Copenhague e atrair investimentos. A construção das ilhas está prevista para começar em 2022 e terminar em 2040. A expansão aumentará em 3 milhões de metros quadrados o território da capital do país. A proposta precisa ser aprovada pelo Parlamento. (07/01)
Foto: URBAN POWER for Hvidore Kommune
Cristãos ortodoxos celebram o Natal
O dia 7 de janeiro marca o nascimento de Jesus Cristo no calendário juliano, por isso os cerca de 260 milhões de cristãos ortodoxos no mundo celebram o Natal nessa data. A Rússia é o país com população mais predominantemente ortodoxa, seguida da Ucrânia. Na véspera do Natal, o presidente russo, Vladimir Putin (foto), visitou um hospital infantil em São Petersburgo para comemorar a data. (06/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Druzhinin
Parlamento da Venezuela declara ilegítimo novo mandato de Maduro
A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, declarou ilegítimo o novo mandato de Nicolás Maduro. "A partir de 10 de janeiro, ele estará usurpando a presidência, e esta Assembleia Nacional será a única representante legítima do povo", disse o novo presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó (foto), ao tomar posse no cargo durante a primeira sessão parlamentar do ano. (05/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Centenas de políticos alemães têm dados vazados
Centenas de políticos alemães, incluindo a chanceler federal Angela Merkel e o presidente Frank-Walter Steinmeier, tiveram seus dados roubados e divulgados online, através do Twitter, segundo revelou a imprensa local. O vazamento, embora não tenha levado à revelação de informação sensível, atingiu todas as legendas representadas no Parlamento, exceto a populista de direita AfD. (04/01)
Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka
Democratas retomam controle da Câmara
A democrata Nancy Pelosi foi eleita presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, cargo que já ocupou entre 2007 e 2011, depois que seu partido recuperou o controle dessa Casa nos pleitos legislativos de novembro do ano passado. A veterana representante da Califórnia, de 78 anos, somou 220 votos, superando o candidato republicano, Kevin McCarthy, que recebeu 192. (03/01)
Foto: Getty Images/AFP/S. Loeb
Líderes estrangeiros em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro participou de quatro encontros com líderes internacionais em seu primeiro dia no cargo: o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o premiê húngaro, Viktor Orbán, e o vice-presidente do Parlamento chinês, Ji Bingxuan. Pompeo se encontrou ainda com o novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (foto). (02/01)
Foto: picture-alliance/dpa/Ministerio das Relacoes Exteriores
Bolsonaro toma posse
Jair Bolsonaro tomou posse, em Brasília, como o 38° presidente da República. Após receber a faixa presidencial de Michel Temer, o novo presidente afirmou que sua posse marca o dia em que o povo brasileiro “começou a se libertar do socialismo, se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”. (01/01).