Megan Williams, de Prato (ca)10 de novembro de 2015
Cidade de Prato, na Toscana, abriga centenas de pequenas fábricas têxteis onde chineses trabalham sob péssimas condições. Em visita à localidade, papa Francisco pede luta contra "câncer da corrupção e da exploração".
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A periferia de Prato, na região italiana da Toscana, é marcada por ruas ladeadas por dezenas de pequenas oficinas, conhecidas como capannoni. A cidade já foi conhecida como líder mundial na produção de tecidos de lã de alta qualidade, tendo exportado 7 bilhões de dólares em têxteis no ano 2000. Até que veio a concorrência de países com mão de obra barata – do Leste Europeu, da África, de Bangladesh e, naturalmente, da China.
Desde então, mais da metade das fábricas fechou, e o restante das empresas têxteis transferiu suas operações para poder sobreviver. No entanto, em vez de permanecer abandonados, os edifícios foram ocupados por um novo negócio: fábricas têxteis chinesas, que operam em grande parte como se leis trabalhistas e de segurança fossem uma ideia abstrata proveniente de um país estrangeiro. Uma prática que autoridades locais têm tentado corrigir, mas com poucos resultados.
Nesta terça-feira (10/11), o papa Francisco visitou Prato, hoje conhecida como "pequena China italiana". Ao discursar, o pontífice denunciou as condições desumanas de trabalhadores na cidade, afirmando ser necessário lutar contra "o câncer da corrupção e da exploração do trabalho e o veneno da ilegalidade".
Exploração de mão de obra
Há alguns anos, durante uma das muitas blitz numa das centenas de empresas chinesas de Prato, policiais encontraram um espaço do tamanho de um pequeno ginásio esportivo repleto de fileiras de máquinas de costura e montes de retalhos de tecido, com plástico escuro cobrindo qualquer raio de luz natural que pudesse entrar pelas janelas. Folhas de compensado foram usadas para fazer minúsculos quartos improvisados, forrar as paredes e formar um banheiro sujo e uma cozinha no canto do edifício.
Por volta de duas dezenas de pessoas, a maioria de 20 e poucos anos, surgiram dos cubículos, esfregando os olhos. Elas pareciam estar mais resignadas do que com medo.
Enquanto a polícia checava os documentos – três das cerca de 20 pessoas estavam ilegais na Itália – os trabalhadores a contragosto começaram a encher sacos de lixo com todo tipo de coisa, de roupas a computadores, de panelas a alimentos congelados. Os policiais bloquearam as portas dos quartos e selaram as máquinas de costura com fitas plásticas. Sem muita delonga, a porta da fábrica foi acorrentada, e os trabalhadores subiram em carros que apareceram, de repente, para levá-los para outra oficina.
Essa foi uma das mais de 2 mil operações que as autoridades realizaram desde 2008. As fábricas inspecionadas foram fechadas, por exemplo, por violação das leis de segurança e trabalhistas, mas é amplamente sabido que pequenas empresas simplesmente se mudam para outro prédio e são reabertas com um nome diferente.
A última vez que a questão ganhou as manchetes italianas foi no final de 2013, quando um incêndio tomou conta de um desses cappanoni nas primeiras horas da manhã e provocou a morte de sete trabalhadores, que ainda estavam dormindo em seus quartos feitos de madeira compensada.
Fechando os olhos
O incêndio fez com que as autoridades intensificassem as inspeções nas fábricas e levou a acusações de homicídios contra cinco pessoas, incluindo dois italianos que eram proprietários do edifício. Uma verdade desconfortável sobre os cappanoni é que a maioria deles ainda está em mãos de italianos, que se contentam com o aluguel e fecham os olhos para o que está acontecendo em sua propriedade.
Mais tarde, os ministros chinês e italiano da Justiça assinaram um memorando de cooperação na luta contra o crime organizado transnacional. Apesar da medida, Franco Roberti, um promotor italiano antimáfia, afirmou que a comunidade chinesa em Prato seria muito "fechada e difícil de penetrar" e que, até então, a cooperação com as autoridades chineses havia sido inexistente.
É desnecessário dizer que a grande presença de trabalhadores chineses em Prato elevou as tensões culturais e legais na cidade. Embora seja difícil saber a quantidade exata de chineses vivendo ali, as autoridades estimam que, entre legais e ilegais, esse número gira em torno de 20% da população da cidade de 191 mil habitantes, perfazendo a maior concentração de chineses na Itália e uma das mais altas da Europa.
As situações de tensão têm surgido a partir de tudo, desde o barulho proveniente de restaurantes de comida chinesa, abertos geralmente até tarde da noite, ao ressentimento italiano contra empresários do país asiático, que não se envergonham de exibir sua nova riqueza em carros de luxo.
Uma voz chinesa em Prato
Marco Wong, um empresário chinês do setor de importação e exportação, nascido e criado na Itália, afirmou que quando surge um conflito, geralmente é o lado chinês que sai perdendo. Ele mencionou uma recente briga de rua entre um grupo de homens chineses e italianos do lado de fora de um restaurante de comida chinesa.
"As autoridades consideraram verdadeira a versão contada pelos italianos e, pouco depois, eles inspecionaram o restaurante. Muitos chineses em Prato viram isso como um sinal de perseguição."
Wong tem feito o que pode para dar uma voz política a seus concidadãos na cidade italiana. Ele concorreu – e perdeu – duas vezes para a câmara municipal da cidade pelo partido SEL, de orientação de esquerda. Na primeira vez, há seis anos, ele obteve 24 votos; na eleição do ano passado, 241.
O empresário disse que esse aumento no número de votos a seu favor dissipa uma queixa comum contra os trabalhadores chineses na cidade – a de que eles se aproveitam dos serviços de bem-estar social italianos, não pagam impostos e, então, voltam para a China depois de anos de trabalho em Prato. "Existem agora muito mais cidadãos italianos de origem chinesa. Pequim não reconhece a dupla cidadania, o que significa que essas pessoas se comprometeram a ficar na Itália."
Mais apoio, mais integração
Prato também tem feito progressos para uma melhor integração ao menos de algumas das empresas chinesas. Recentemente, o escritório da Confederação Italiana da Indústria Manufatureira e de Pequenas e Médias Empresas em Prato anunciou que vai oferecer mais apoio para companhias chinesas com registro legal, em todos os campos, de informações sobre saúde e segurança à capacitação profissional.
Mas conter a onda de trabalhadores chineses sendo contrabandeados para a Itália, a partir de outros países europeus ou da China, vai continuar a ser uma tarefa árdua – da mesma forma que os bilhões de euros não tributados, que estão sendo enviados ilegalmente para o país asiático. Em parte, essa é uma das razões pelas quais os trabalhadores não se sentem explorados: eles executam a mesma longa jornada que realizariam em seu país, mas ganham de 2 a 3 euros por hora – pelo menos o dobro que na China.
Esse é o caso, por exemplo, de Wei Dingwen, operário têxtil chinês de 28 anos. Em Prato, ele disse trabalhar sete dias por semana, 18 horas diárias, e ganhar aproximadamente 40 euros por dia. Seu primeiro ano de salário foi destinado exclusivamente ao pagamento dos traficantes de pessoas que o trouxeram até lá. Apesar disso, ele diz gostar de trabalhar ali, "porque trabalho significa dinheiro."
O mês de novembro em imagens
Relembre alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Elfiqi
Papa: cristãos e muçulmanos são irmãos
O papa Francisco cumpriu a parte mais perigosa da sua viagem à África ao visitar uma comunidade muçulmana sitiada por milícias cristãs em Bangui, na Rep. Centro-Africana. O líder católico levou uma mensagem de reconciliação à principal mesquita da cidade, afirmando que cristãos e muçulmanos viveram em paz por muitos anos e que a religião não pode servir de justificativa para a violência. (30/11)
Foto: Getty Images/AFP/G. Guercia
Protestos globais antecedem cúpula do clima
Estima-se que 570 mil pessoas foram às ruas em todo o mundo para protestar contra aquecimento global, um dia antes da conferência do clima. Na capital francesa, evento termina em confronto entre polícia e manifestantes. (29/11)
Foto: Reuters/E. Gaillard
Sanções econômicas de Moscou contra Turquia
Vladimir Putin decreta sanções econômicas em retaliação ao abate de um caça russo pela força aérea turca. Decisão é tomada após presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmar que está "triste" por causa do incidente. (28/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Nikolsky
França homenageia vítimas de ataques
A França homenageou as vítimas dos ataques que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos há duas semanas em Paris. Em cerimônia realizada na área externa do Palácio dos Inválidos, na capital francesa, o presidente François Hollande prometeu acabar com o grupo terrorista "Estado Islâmico", que assumiu a autoria dos atentados. (27/11)
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Europa: recorde de novas infecções por HIV
A Europa registrou em 2014 o maior número de novos casos de infecções por HIV desde que o vírus da aids foi descoberto, na década de 1980, anunciaram a OMS e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. São mais de 142 mil novas infecções somente em 2014 – 60% delas na Rússia. Os 28 países-membros da UE mais Islândia, Liechtenstein e Noruega somaram 21% dos novos casos. (26/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Goldsmith
Ataque a hospital em Kunduz foi falha humana
A investigação dos Estados Unidos sobre um ataque aéreo americano a um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no Afeganistão, concluiu que o "acidente evitável" foi causado por falha humana, afirmou um alto comandante do Exército americano. Os militares americanos basearam a ação numa descrição do local fornecida por forças de segurança do Afeganistão. (25/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/N. Rahim
Turquia abate caça russo
A Força Aérea da Turquia abateu uma caça da Rússia que teria violado o espaço aéreo do país próximo à fronteira com a Síria. Segundo militares turcos, a aeronave foi alertada antes de ser derrubada, no entanto, os pilotos teriam ignorado a mensagem. Moscou nega que caça russo tenha deixado o território sírio. (24/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Anadolu Agency
Funeral de Estado para Helmut Schmidt
Em Hamburgo, políticos do primeiro escalão da Alemanha e dezenas de convidados prestaram sua última homenagem ao ex-chanceler federal da Alemanha Helmut Schmidt, morto há duas semanas. A cerimônia na igreja Sankt Michaelis contou com a presença do presidente Joachim Gauck, da chanceler federal Angela Merkel (na foto). (23/11)
Foto: Reuters/T. Schwarz
Morre um dos últimos rinocerontes brancos
Um rinoceronte branco do norte morreu no zoológico de San Diego, nos Estados Unidos. A fêmea Nola tinha 41 anos e era um dos quatro exemplares ainda vivos – os outros três estão numa área de proteção no Quênia. Rinocerontes brancos do norte foram declarados extintos da natureza em 2008, por conta da caça em larga escala. Seus chifres são valorizados no mercado negro. (22/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Ignelzi
Mauricio Macri é eleito presidente argentino
Antes do final da contagem total dos votos, o candidato governista Daniel Sciolo reconheceu a derrota e parabenizou Mauricio Macri, o primeiro presidente argentino que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical socialdemocrata a ser eleito em 100 anos de vida política na Argentina. Macri assume a Casa Rosada em 10 de dezembro. (22/11)
Foto: Reuters
Lama da Samarco no mar
Os rejeitos da mineradora Samarco, que contaminaram o rio Doce, chegaram neste fim de semana ao litoral do Espírito Santo. A onda de lama que se formou depois do rompimento de duas barragens no município de Mariana (MG) no dia 5 de novembro percorreu 650 quilômetros até a foz. A empresa construiu barreiras nas margens e o Projeto Tamar removeu ninhos de tartarugas da região. (22/11)
Foto: Fred Loureiro/Secom ES
Alerta máximo em Bruxelas
O governo da Bélgica elevou o alerta contra o terrorismo ao mais alto nível na capital do país devido a uma "ameaça grave e iminente" de ataques com explosivos e armas por jihadistas baseados no país. As autoridades fecharam o metrô e alertaram a população para evitar multidões. Na foto, policiais revistam pertences de mulher muçulmana em região de compras no centro de Bruxelas. (21/11)
Foto: Reuters/Y. Boudlal
Atentado no Mali
Dezenas de pessoas foram mortas num ataque contra um hotel de luxo no Mali reivindicado pelo grupo jihadista Al-Mourabitoun, afiliado à Al Qaeda. Os terroristas fizeram cerca de 170 reféns. Os hóspedes e funcionários foram libertos por forças de segurança malinesas, apoiadas por americanos e franceses. Ao menos dois terroristas foram mortos, informou a ONU. (20/11)
Foto: picture-alliance/dpa
Países dos Bálcãs "filtram" refugiados
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) anunciou que a Sérvia, a Macedônia e a Croácia começaram a restringir a passagem de migrantes pela rota dos Bálcãs. Os países permitiram apenas que cidadãos oriundos da Síria, Iraque e Afeganistão continuem a viagem. Migrantes de outros países serão enviados de volta à Macedônia. (19/11)
Foto: Getty Images/AFP/R. Atanasovski
Morte de mentor de ataques em Paris
As autoridades francesas confirmaram a morte de Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos, o suspeito de ter arquitetado a série de ataques terroristas que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos em Paris. Inicialmente, a polícia acreditava que Abaaoud estivesse na Síria. Mas as investigações levaram até uma casa no subúrbio de Paris. Ele morreu durante a operação antiterrorismo em Saint-Denis. (19/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Dabiq
Paris em clima de guerra
Soldados franceses fazem a segurança de área no subúrbio de Saint-Denis, no norte de Paris, onde a polícia fez uma operação para capturar o suposto mentor dos atentados de 13 de Novembro, o belga Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos. Duas pessoas morrem, incluindo uma mulher que detonou uma vestimenta explosiva, e oito são presas. (18/11)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Torcedores cantam a Marselhesa em Wembley
No amistoso entre França e Inglaterra, o lendário estádio londrino ganhou as cores da bandeira francesa, e mais de 71 mil pessoas entoaram o hino do país, em homenagem às vítimas dos ataques de Paris. O jogo foi vencido pelos donos da casa, por 2 a 0. No mesmo dia, duas partidas, entre Alemanha e Holanda e entre Bélgica e Espanha, foram canceladas por questões de segurança. (17/11)
Foto: Reuters/C. Recine
Europa silencia
A França e outros países europeus pararam ao meio-dia em homenagem às vítimas do pior ataque terrorista em solo francês. Durante um minuto de silêncio, foram lembrados os 129 mortos e mais de 350 feridos dos atentados em Paris. Na capital francesa, centenas de pessoas se reuniram na Praça da República, em frente à casa de espetáculos Bataclan e diante do bar Le Carrilon. (16/11)
Foto: Reuters/P. Wojazer
Franceses em luto
As investigações em torno dos atentados prosseguem a pleno vapor. A polícia já divulgou o nome e o retrato de um dos suspeitos. enquanto isso, sobretudo nas imediações dos atentados, os parisienses tentam voltar à rotina, homenageiam as vítimas. A afirmam que não vão se deixar intimidar pelo terrorismo. (15/11)
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Vidon
Mundo solidário com Paris
Como expressão visível de apoio ao povo da França, as prefeituras de diversas metrópoles iluminaram monumentos e prédios característicos com as cores da bandeira nacional francesa: azul, branco e vermelho. Em Berlim, milhares manifestaram pesar e indignação pelos atentados fatais do grupo terrorista "Estado Islâmico" em Paris. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen
Atentados em Paris
Uma série de explosões e ataques a tiros deixou 129 pessoas mortas e 352 feridas em Paris. Os atentados aconteceram em seis locais, incluindo o clube Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas. Sete terroristas morreram durante os ataques. O presidente François Hollande declarou estado de emergência. Ele disse que se trata de um ato de guerra e que a resposta será implacável. (13/11)
Foto: Reuters/Ph. Wojazer
Ibama multa Volkswagen
O Ibama multou a Volkswagen do Brasil em 50 milhões de reais por manipulação de emissões de poluentes de motores a diesel. Em setembro, a Volks admitiu ter instalado um software para fraudar o nível de emissões de poluentes. No Brasil, 17.057 veículos do modelo Amarok (foto) apresentam a alteração. (12/11)
Foto: picture-alliance/dpa
Início da "quinta estação do ano"
Pontualmente às 11h11 foi dado início à temporada do carnaval renano na Alemanha. A "quinta estação do ano" começou com o despertar simbólico do palhaço Hoppeditz. Düsseldorf, Colônia (foto) e Mainz são os três epicentros da festa que termina na quarta-feira de cinzas. A temperatura chegou a 15 graus Celsius e animou foliões. (11/11)
Foto: Reuters/W. Rattay
Morre ex-chanceler Helmut Schmidt
O ex-chanceler federal da Alemanha Helmut Schmidt faleceu, aos 96 anos, na sua residência, em Hamburgo. Seu estado de saúde se deteriorou muito ao longo do fim de semana passado. Em setembro,ele foi submetido a operação devido a coágulo sanguíneo na perna. Schmidt governou a Alemanha de 1974 a 1982, e seu governo foi marcado pela crise do petróleo e pelo combate ao terrorismo da RAF. (10/11)
Foto: Reuters
Polícia alemã investiga morte de leão-marinho
A leão-marinho fêmea Holly (esquerda), de 21 anos, foi espancada até a morte no zoológico de Dortmund, na Alemanha, anunciou a polícia ao divulgar o resultado da autópsia. Holly foi encontrada sem vida pelos tratadores na sexta-feira de manhã, que inicialmente acreditavam em morte natural. Um buraco foi achado em uma cerca do zoológico. A polícia ainda não tem suspeitos. (09/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Weihrauch
Protestos contra Cunha
Milhares de manifestantes protestaram em várias capitais para pedir a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é investigado na Operação Lava-Jato por suspeita de receber propina com dinheiro da Petrobras em contas na Suíça. As mobilizações ocorreram em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras cidades. (08/11)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Serra Leoa livre do ebola
A Organização Mundial da Sáude (OMS) declarou que Serra Leoa está livre da epidemia do ebola, que matou mais de 4 mil pessoas no país africano. Não foram registrados novos casos nos últimos 42 dias, o que equivale a dois períodos de incubação. Apesar do fim do surto, a OMS alerta para necessidade de vigilância intensa durante um período de três meses. (07/11)
Foto: DW/K. Gänsler
Crise migratória esgota estoques de colchões
Devido ao aumento da procura, provocado pelo grande número de refugiados que chegou à Alemanha e à Suécia, estoques de colchões e camas de várias lojas do grupo Ikea nos dois países estão esgotados, anunciou a empresa de móveis e decoração. A Ikea não revelou a quantidade de filiais afetadas, mas disse que pediu a fornecedores para acelerar entregas. (06/11)
Foto: dapd
Barragens se rompem em MG
Duas barragens da mineradora Samarco se romperam entre Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais, e inundaram o distrito de Bento Rodrigues com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. Ao menos 17 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas. (05/11)
Foto: Imago/Xinhua
UE prevê 3 milhões de refugiados até 2017
Três milhões de migrantes devem chegar à União Europeia (UE) até 2017, segundo previsão da Comissão Europeia. Isso significaria um aumento de 0,4% da população europeia, levando em conta os pedidos de asilo negados. Para o comissário de Economia da UE, Pierre Moscovici, os migrantes poderiam ajudar a impulsionar a economia do bloco. (05/11)
Foto: Reuters/L. Foeger
Vulcão fecha aeroportos na Indonésia
A erupção do vulcão Rinjani causou o fechamento de três aeroportos na Indonésia, devido à nuvem de cinza que se espalhou pela região. O monte Rinjani, de 3,7 mil metros de altitude, está localizado na ilha de Lombok, próximo a Bali. A situação levou ao cancelamento de mais de 690 voos internacionais e domésticos. Milhares de turistas estão presos nas ilhas afetadas pelo fenômeno natural. (04/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Str
Arqueólogos descobrem fortaleza bíblica
Após um século de buscas, arqueólogos afirmam ter encontrado as ruínas da antiga fortaleza grega mencionada na Bíblia e solucionado, assim, um dos maiores mistérios arqueológicos de Jerusalém. A cidadela de Acra, construída há mais de 2 mil anos, foi um centro de poder e usada para conter a rebelião judaica registrada no livro dos Macabeus. Ela estava enterrada em antigo estacionamento. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/G. Tibbon
Fraude também em carros de luxo
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA afirmou que a Volkswagen instalou também em modelos de luxo a diesel o polêmico o software que adultera as emissões de poluentes. A declaração coloca as marcas da gigante do setor automotivo alemão, Porsche e Audi, diretamente no centro do escândalo. Entre os modelos alterados estão os Porsche Cayenne (foto) 2015 e 2016 e cinco modelos de Audi. (02/11)
Foto: Dr. Ing. h.c. F. Porsche AG
Conservadores vencem na Turquia
Simpatizantes do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, comemoram a vitória do conservador islâmico Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), nas eleições gerais antecipadas. A legenda reconquistou nas urnas a maioria absoluta no Parlamento, que detinha desde 2002 e perdera em junho último. (01/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Altan
Homenagem aos mortos
Homem coloca flores entre destroços do avião de passageiros que caiu no Egito, matando todos os 224 ocupantes. A aeronave voava com destino a São Petersburgo, na Rússia. O responsável russo pela investigação do desastre afirna que a nave se partiu no ar, mas que ainda é cedo demais para se tirarem conclusões sobre a causa da queda. (01/11)