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ConflitosTerritório Ocupado da Palestina

Abbas: só haverá paz se mundo reconhecer o Estado palestino

28 de abril de 2024

Em reunião do FEM presidente palestino apela por reconhecimento da Palestina, como se fez com Israel. País inimigo estaria se aproveitando do 7 de Outubro para "se vingar", ofensiva contra Rafah seria "maior catástrofe".

Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, em encontro do Fórum Econômico Mundial
Mahmud Abbas na reunião extraordinária do Fórum Econômico Mundial por soluções do conflito em GazaFoto: Hamad I Mohammed/REUTERS

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, conclamou a comunidade internacional a "comprometer-se com suas obrigações", reconhecendo o Estado da Palestina, como modo de pôr fim ao conflito histórico com Israel.

"Faço um apelo a todos os países a reconhecerem o Estado da Palestina, como reconheceram o Estado de Israel", disse em discurso durante reunião extraordinária do Fórum Econômico Mundial (FEM) neste domingo (28/04) em Riad, capital da Arábia Saudita.

O líder recordou que ambas as unidades nacionais "estão sujeitas a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, porém o mundo reconheceu o Estado de Israel, e não o Estado da Palestina". E só depois desse reconhecimento "poderemos sentar-nos com Israel e negociar as fronteiras, e só então todos poderemos desfrutar de paz plena", enfatizou.

Ofensiva em Rafah seria "maior catástrofe"

No encontro do FEM visando buscar novas propostas de solução para a guerra na Faixa de Gaza, Abbas pediu um cessar-fogo e o ingresso de mais ajuda humanitária sem restrições em Gaza, além de advertir contra o deslocamento da população civil palestina para fora desse território, a fim de "evitar repetir a 'Nakba' de 1948 e de 1967". O termo que significa "catástrofe" em árabe se refere ao êxodo forçado dos palestinos após a criação do Estado israelense.

O presidente palestino afirmou em Riad que Israel teria "aproveitado" os ataques do grupo fundamentalista Hamas em seu território, em 7 de outubro de 2023, para "efetuar represálias desproporcionais" contra Gaza e "vingar-se do povo palestino como um todo".

"O que Israel fará nos próximos dias é invadir a cidade de Rafah, porque todos os palestinos se deslocaram para lá. Basta uma pequena ofensiva para forçar todos a abandonarem a Palestina, e seremos testemunhos da maior catástrofe da história do povo palestino."

Segundo Mahmud Abbas, só Washington teria meios de evitar tal desastre: "Fazemos um apelo aos Estados Unidos para pedir a Israel que detenha a operação em Rafah, pois é o único país capaz de impedir que se cometa esse crime."

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