Abrigos alemães interrompem adoções de animais no Natal
9 de dezembro de 2018
Para evitar presentes adquiridos por impulso, instituições em todo país suspendem adoção de bichos até o final do ano. Muitos acabavam abandonados pouco tempo depois do Natal.
Anúncio
Vários abrigos de animais na Alemanha suspenderam a adoção no período do Natal. A iniciativa procura proteger cães, gatos e coelhos do abandono após serem levados dos locais por impulso como presente natalino.
No abrigo de animais em Berlim, o maior da Europa, a adoção será interrompida entre 19 e 27 de dezembro. "É para evitar os presentes impulsivos", afirmou uma porta-voz do local. Segundo ela, muitos animais são escolhidos a curto prazo sem pensar, possivelmente, por falta de ideia ou sem consultar a família.
O maior abrigo de animais da Europa
00:48
Frequentemente, os desejos das crianças costumam mudar rápido e o presente acaba se tornando uma péssima ideia. Segundo os abrigos, muitos dos animais adotados neste período são devolvidos ou acabam abandonados.
A pausa na adoção tem dado resultado nos últimos ano. Em Bremen, por exemplo, desde a mudança, a devolução de coelhos, hamsters e periquitos diminuiu significativamente após o período de festas de final de ano. "Antigamente depois da ceia de Natal podíamos sair recolhendo os animais abandonados", afirmou a porta-voz do abrigo, Gabriele Schwab.
No estado alemão da Baixa Saxônia, todos os 74 abrigos adotaram a proibição neste ano. "Um animal deve ser adquirido com muita consciência. Não é apropriado como um presente surpresa de Natal", afirmou Dieter Ruhnke, da Associação de Proteção ao Animal Doméstico da Baixa Saxônia, ao jornal Hannoversche Allgemeine.
Segundo o abrigo de Braunschweig, muitos animais são devolvidos não imediatamente após o fim do ano, mas entre fevereiro e março, quando se percebe o trabalho que dá cuidá-los.
Para evitar o abandono, muitas lojas especializadas na Alemanha também deixam de vender animais neste período do ano.
CN/dpa/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube
Tanto animais quanto seres humanos sofrem com as altas temperaturas no verão europeu, mas isso não incomoda a maioria das borboletas. A má notícia é que em breve elas terão problemas. Entenda por quê.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Büttner
Dias de cão no verão
A Europa teve recordes de temperatura neste verão. Enquanto na Espanha foi registrada a máxima de 46°C, em algumas cidades alemãs os termômetros marcaram em torno dos 40°C. Mas se a maioria dos animais lutava contra o calor, houve uma notável exceção.
Foto: picture-alliance/C. Steime
Clima quente e seco
Para a maioria das espécies de borboletas, a onda de calor foi muito bem-vinda, pois em algumas regiões europeias o verão é tipicamente chuvoso. "O tempo de voo delas é restringido por frio e umidade. E, se não voam, não se alimentam", diz Paul Ashton, chefe do departamento de Biologia da Universidade Edge Hill, no Reino Unido. Então, ao menos para borboletas adultas: sem chuvas, sem problemas.
Foto: picture-alliance/Jürgen Schwenkenbecher
Sem lugar para pôr ovos
Embora o clima quente e seco seja bom para o tempo de voo e a alimentação das borboletas, é provável que mesmo assim elas enfrentem problemas. "Considerando o outono, a postura e a eclosão dos ovos, pode haver dificuldades no futuro", aponta Ashton. Após longos períodos de calor extremo, as folhas onde as borboletas normalmente depositam seus ovos podem secar.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gerten
Espécie exigente e ameaçada
A borboleta marrom de argus ("Aricia agestis"), encontrada na Escócia e norte da Inglaterra, não pode simplesmente mudar para outra folha se a planta que escolheu está seca. A espécie deposita seus ovos exclusivamente na "rock rose", planta da família "Cistaceae" que só cresce em solo rochoso – o que significa que ela murcha mais rápido em climas quentes e secos.
Foto: picture-alliance/Hippocampus/F. Teigler
Poucas lagartas famintas à vista
A falta de plantas para postura de ovos significa menos lagartas. Portanto, embora seja provável que se vejam mais borboletas neste verão europeu, não se esperam toneladas de lagartas para o outono. A longo prazo, a onda de calor também não é boa para as borboletas. O declínio do número de insetos em todo mundo também se aplica às borboletas.
Foto: picture-alliance/blickwinkel/F. Hecker
Refúgio de flores silvestres
Para salvar borboletas e outros insetos, como as abelhas, muitas cidades começaram a plantar flores silvestres. Moradores de Bonn, na Alemanha, criaram este campo: "Bonn blüht und summt" (Bonn floresce e faz zumbido), que garante comida para os insetos no verão e um local de descanso no inverno.
Foto: DW/ C. Bleiker
Mais frio é melhor
A longo prazo, o aquecimento global prejudica mariposas como a fritilária-dos-pântanos. Essas espécies de alta altitude estão adaptadas a voar em condições muito frias. Na Escócia, a fritilária-dos-pântanos vive em elevações acima de 600 metros. Quando o tempo esquenta, ela voa mais alto. Mas há um limite de altitude que pode alcançar – e morre se não encontrar as plantas que precisa.
Foto: picture-alliance/blickwinkel/J. Fieber
Fim da destruição de habitat
O pesquisador Ashton diz que uma das principais razões para o declínio das borboletas, além do aquecimento global, é a perda de habitat. "É em parte devido às circunstâncias e em parte devido à intensificação agrícola", explica o ecologista. Se quisermos continuar vendo borboletas, e não apenas em vitrines, precisamos agir agora. Plantar belas flores silvestres no quintal pode ser um começo!