Nas últimas décadas, promessas de soluções foram tão constantes quanto a persistência da criminalidade. Atual braço-direito de Temer chegou a afirmar em 1986 que poria fim à violência em seis meses.
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"O governo, que está tirando o país da maior recessão da sua história, agora vai tirar o Rio de Janeiro das mãos da violência”, indicou sem modéstia um anúncio do governo Michel Temer publicado no jornal O Globo em fevereiro, na esteira da intervenção na segurança pública do estado.
Tão persistentes quanto a violência crônica que assola o Rio há mais de três décadas são as promessas das autoridades locais e federais de solucionar o problema.
Em 1986, uma pesquisa Ibope apontou que o desemprego era a principal preocupação dos eleitores brasileiros. A segurança aparecia em quinto lugar. Só que no Rio, o tema ocupava o topo – visto como prioritário por 44% dos cidadãos fluminenses. À época, o estado sofria com sequestros, e o tráfico começava a exibir armamento de guerra.
Durante a campanha eleitoral daquele ano, o candidato Wellington Moreira Franco (PMDB) disse que iria "acabar com a violência no Rio em seis meses”.
Moreira foi eleito. Aumentou investimentos e ordenou que a "polícia subisse os morros”. Mas os índices de crimes continuaram a crescer, e o governador se tornou motivo de chacota. Deixou o cargo em 1991. Entre a posse e saída, a taxa de homicídios saltou 39%.
Moreira ainda teve que enfrentar um vexame adicional: seu preparador físico foi preso em 1990 por envolvimento no sequestro de Roberto Medina, o idealizador do Rock in Rio que também havia sido o marqueteiro da campanha do governador. Segundo Moreira, foi Medina que insistiu para ele prometer na TV que acabaria com a violência em poucos meses.
Hoje Moreira é ministro da Secretaria-Geral da Presidência e atua como um dos principais articuladores da intervenção federal no Rio.
Brizola, Alencar e o Exército
O fracasso de Moreira nos anos 1980 não impediu que os sucessores fizessem promessas ambiciosas. Em 1991, Leonel Brizola (PDT), que já havia ocupado o governo entre 1983 e 1987, prometeu "enfrentar os bandidos” e ser "ainda mais vigoroso” contra policiais corruptos que participassem de grupos de extermínio.
No poder, Brizola voltou a adotar as políticas para reduzir abusos contra moradores de favelas por PMs do seu governo anterior. Criou uma delegacia antissequestro e o embrião do disque-denúncia. Mas a violência permaneceu alta, e grupos de extermínio continuaram a agir. Foi a época das chacinas da Candelária e de Vigário Geral, cometidas por PMs.
Brizola deixou o cargo no início de 1994, para concorrer à Presidência. Naquele ano, a taxa de homicídios alcançou 48,7 por cada 100 mil habitantes – 23% a mais do que em 1991.
O sucessor Nilo Batista, que ficou nove meses no cargo, não se saiu melhor. Em 1994, o Rio vivenciaria a Operação Rio I, que marcou a primeira de várias participações das Forças Armadas contra o crime no Rio. A ação foi imposta pelo presidente Itamar Franco contra a vontade do governador.
Desta vez, generais prometeram acabar com o poder de traficantes e policiais corruptos. "Os homens que não prestarem serão afastados”, disse o general Gilberto Serra, porta-voz da operação. A ação chegou ao fim sem diminuir a criminalidade e marcada por abusos, mas ajudou a campanha de Marcello Alencar (PSDB), apoiado por Itamar.
No governo, Alencar nomeou um general para chefiar a segurança e retomou a política de confronto nas favelas, rechaçada por Brizola. "Os marginais que estão me ouvindo sabem que eu vou combatê-los, que eu sou intransigente", disse. Criou ainda uma bônus para PMs por desempenho contra criminosos. Apelidada de "gratificação faroeste”, foi um estímulo para a letalidade policial.
Alguns crimes, como sequestro, caíram, mas em 1995 o Rio veria a taxa de homicídios saltar para 61,9 para cada 100 mil habitantes, a mais alta já registrada.
O ciclo Garotinho-Benedita-Garotinho
Em 1998, com os homicídios batendo a marca de 55,3 por 100 mil habitantes (o dobro da média nacional), o candidato Anthony Garotinho (então no PDT), propôs um "serviço militar alternativo” para aproveitar jovens não selecionados pelo Exército. "Vamos recrutar a preço muito pequeno, como que o Exército paga pelo alistamento e aumentar o policiamento ostensivo”. O plano causou estranheza na imprensa e nunca avançou.
No poder, Garotinho tentou uma abordagem mista, convidou pesquisadores a elaborar planos para lidar com a criminalidade e reformar a polícia. Ao mesmo tempo, nomeou um general linha-dura para comandar a segurança.
"Você vai sentir uma mudança de conceito. O policiamento ostensivo vai ser maior. Nós vamos tombar gradativamente todos os itens da criminalidade”, disse Garotinho à época.
Por alguns meses, parecia que a abordagem dos especialistas estava vencendo, mas logo surgiram disputas com a linha-dura, que acabou prevalecendo. Em abril de 2002, Garotinho deixou o cargo e se candidatou à Presidência, sem diminuir a maior parte das ocorrências.
O governo ficou para a vice, Benedita da Silva (PT), que prometeu uma nova abordagem. "Até então só se apagou incêndio”, disse ela.
Benedita logo passou a enfrentar motins em presídios e, em junho, a prefeitura do Rio foi metralhada. O governo federal prometeu ajudar. "Vamos definir algo efetivo, que não seja demagógico, algo para valer, porque não dá mais para aguentar tanta violência'', disse o presidente Fernando Henrique.
Não houve nova abordagem. Benedita acabou apostando no combate aberto contra facções. A polícia passou a matar mais: foram 900 mortes em 2002, contra 397 em 1998. No final de 2002, a taxa de homicídios alcançou 56,5 por 100 mil habitantes, ainda o dobro da média nacional.
Em 2003, Rosinha Matheus (então no PSB), mulher do ex-governador Garotinho, assumiu o governo. "Não vamos negociar com bandido”, disse. "Essa questão não terá meias palavras nem muita conversa.” Temendo uma intervenção federal, nomeou o marido, que tinha bom trânsito em Brasília, para chefiar a Secretaria de Segurança.
Os índices de violência não retrocederam e uma nova força começou a se expandir no Rio: milícias formadas por PMs, bombeiros e ex-policiais. Em 2004, seis comunidades do Rio eram dominadas pelos grupos. Em 2014, o total passava de 148. O próprio sucessor de Garotinho na pasta da Segurança, Marcelo Itagiba, foi acusado de ligação com milicianos.
As promessas de Cabral
Em 2007, Sérgio Cabral (PMDB) assumiu o governo. "Nosso governo não vai se intimidar, não vai tergiversar para garantir tranquilidade e segurança ao povo. Esses facínoras, esses covardes terão a resposta de um governo sério. Vamos ganhar a guerra contra os criminosos", disse na posse.
No início daquele ano, o presidente Lula, aliado de Cabral, comparou a violência no Rio a ações terroristas. "Essa barbaridade que aconteceu no Rio não pode ser tratada como crime comum. Isso é terrorismo e tem que ser combatido com uma polícia forte e com a mão forte do Estado brasileiro”.
O governador lançou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que previam uma polícia comunitária permanente nas favelas. Inicialmente, pareceu funcionar. Ocorrências caíram e ações violentas de bandidos foram encaradas como reação desesperada ao sucesso do programa. Cabral também investiu no enfrentamento. Em 2007, policiais mataram 1.330 pessoas.
Lula – e posteriormente Dilma – também disponibilizaram homens das Forças Armadas. Entre 2008 e 2015, militares foram acionados no Rio em oito ocasiões. Em 2012, o índice de homicídios caiu para 25,1 por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional.
Mas as UPPs começaram a mostrar falhas. O programa previa uma segunda fase que iria dotar as favelas de serviços públicos de qualidade, mas essa etapa nunca se concretizou. No poder, o grupo de Cabral saqueou os cofres do estado. A corrupção, aliada aos problemas econômicos, acabou travando investimentos. A partir de 2013, os homicídios voltaram a crescer. Policiais passaram a morrer mais. Em 2017, 134 foram assassinados – maior número em 15 anos.
Cabral ainda conseguiu eleger um sucessor, Luiz Fernando Pezão. "Não vai faltar dinheiro para a segurança pública e para nenhuma política pública", disse o novo governador em 2015.
Mas sem recursos, Pezão recorreu ao Planalto. "O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas”, disse Michel Temer ao assinar o decreto de intervenção.
Na cerimônia de assinatura estava o ministro e ex-governador Moreira Franco, que 32 anos antes prometera acabar com a violência no Rio em seis meses.
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O mês de março em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture alliance/dpa/R. Pera
Seis anos após o atentado
A ativista Malala Yousafzai (c., de véu vermelho) retornou com sua família à cidade natal pela primeira vez desde 2012. À época com 15 anos, ela foi baleada na cabeça por um terrorista do Talibã, por defender educação para meninas.Atualmente mora no Reino Unido. Malala chegou a Mingora, no norte do Paquistão, num helicóptero fornecido pelo Exército, em meio a forte esquema de segurança. (31/03)
Foto: DW/Adnan Bacha
Tradição pascoal retomada
Durante décadas, um casal de Saalfeld, na Turíngia, Leste da Alemanha, foi decorando sua macieira com ovos de Páscoa decorados, ultrapassando a marca dos 10 mil deles. Em 2015, abandonaram a prática, devido à idade avançada. No ano seguinte, porém, outros moradores assumiram a tradição na parte histórica da cidade. Tinta, crochê, colagens: tudo é válido para enfeitar os coloridos símbolos. (30/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Kalaene
Rússia expulsa diplomatas americanos
A Rússia anunciou a expulsão de 60 diplomatas americanos, bem como o fechamento do consulado dos Estados Unidos em São Petersburgo, em resposta a medidas semelhantes adotadas pelo governo americano dias antes. A decisão é mais um episódio da escalada de tensão entre Moscou e o Ocidente após o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal em 4 de março passado no Reino Unido. (29/03)
Foto: picture-alliance/dpa/TASS/P. Kovalev
Kim Jong-un visita a China
Após dias de especulação, a Coreia do Norte e a China confirmaram que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou Pequim. Foi a primeira viagem ao exterior dele no cargo, em meio ao processo de melhora nas relações com a Coreia do Sul. Em encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, Kim se comprometeu com a desnuclearização e a se reunir com autoridades dos Estados Unidos. (28/03)
Foto: picture-alliance/XinHua/dpa/J. Peng
Ataque a caravana de Lula
Um ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula no Sul do país gerou reações indignadas na classe política. Vários presidenciáveis, como Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede), além do presidente Michel Temer, condenaram o incidente, que envolveu dois ônibus da comitiva do petista. Os veículos foram atingidos por tiros no Paraná, mas ninguém ficou ferido. (27/03)
Foto: picture alliance/dpa/Photoshot/R. Patrasso
Comoção após incêndio na Rússia
Milhares de russos se reuniram em um protesto na praça central da cidade de Kemerovo, na Sibéria, culpando as autoridades pela morte de ao menos 64 pessoas, entre elas 41 crianças, no incêndio em um shopping da cidade, dois dias antes. A lista de acusações da sociedade inclui negligência aos padrões de segurança, bloqueio das saídas de emergência e sobrecarga das equipes de resgate. (27/03)
Foto: Reuters/M. Lisova
Onda de expulsão de diplomatas russos
Em solidariedade ao Reino Unido, uma série de países anunciou a expulsão de diplomatas russos de seus territórios, como resposta ao envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra. Nos Estados Unidos, a medida afeta 60 funcionários. Dezesseis países da União Europeia, incluindo Alemanha e França, também anunciaram expulsões, além de Canadá, Ucrânia, Noruega e Austrália. (26/03)
Foto: Reuters/File Photo/M. Zmeyer
Detenção na Alemanha
A polícia alemã deteve o ex-chefe de governo da Catalunha Carles Puigdemont, foragido da Justiça espanhola, quando ele tentava atravessar de carro a fronteira a partir da Dinamarca. O líder do movimento separatista catalão foi detido numa autoestrada no estado de Schleswig-Holstein. Ele havia partido da Finlândia e tentava atravessar a Alemanha por terra até a fronteira com a Bélgica. (25/03)
Foto: Imago/Agencia EFE/A. Dalmaux
Marcha contra armas nos EUA
Milhares de americanos saíram às ruas em 800 cidades do país para pedir um maior controle de armas. Convocado por estudantes sobreviventes do recente massacre na Flórida, os atos foram a maior manifestação antiarmas nos EUA dos últimos anos e um dos maiores protestos estudantis desde a Guerra do Vietnã. Maior protesto ocorreu em Washington (foto). (24/03)
Foto: Getty Images/A. Wong
Ataque no sul da França
Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas, quando um homem armado, jurando lealdade ao "Estado Islâmico", abriu fogo no sul da França e em seguida se entrincheirou num supermercado, onde fez reféns por horas e depois foi morto pela polícia. O caso está sendo tratado como terrorista pelas autoridades francesas. O atirador era um marroquino que era monitorado pelas autoridade.(23/03)
Foto: picture-alliance/Maxppp/A. Nathalie
Ofensiva comercial contra China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando com medidas comerciais contra a China, devido a um suposto roubo de propriedade intelectual. As ações preveem a imposição de taxas sobre produtos importados do país asiático e processos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Imposição de tarifas a importações que podem chegar a US$ 60 bilhões. (22/03)
Foto: Reuters/J. Ernst
Papa liga para mãe de Marielle Franco
O papa Francisco conversou com a mãe da vereadora Marielle Franco, segundo divulgou a Fundação Alameda, liderada pelo amigo pessoal do pontífice, Gustavo Vera. Francisco ligou para a família da defensora de direitos humanos depois de receber uma carta da filha de Marielle. No telefonema, o pontífice expressou solidariedade à família da vereadora, assassinada em 14 de março. (21/03)
Foto: picture-alliance/AP/
Primavera com neve
O primeiro dia da primavera na Europa começou com neve na Alemanha. Em alguns locais, os termômetros registraram 10°C negativos durante a madrugada e houve nevascas leves do nordeste até o centro da Alemanha. (20/03)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Warmuth
Avanço do Brexit
Bruxelas e Londres chegam a acordo sobre termos do período de transição após a saída do Reino Unido da UE, anunciaram o negociador-chefe do bloco Michel Barnier e o ministro britânico David Davis. Nos 21 meses posteriores ao Brexit, Londres não participará das decisões da UE, mas manterá acesso ao mercado único e à união aduaneira. Direitos de cidadãos europeus serão mantidos no período. (19/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Mayo
Putin vence mais uma vez
Em uma eleição sem candidatos capazes de desafiar o seu poder, Vladimir Putin conquistou mais um mandato presidencial. No poder desde 1999, o mandatário poderá ficar no poder até 2024. Segundo os primeiros resultados, mais de 70% do eleitorado que compareceu às urnas votou pela permanência de Putin no poder. (18/03)
Foto: Reuters/D. Mdzinarishvili
Xi Jinping é eleito para novo mandato na China
A Assembleia Nacional Popular da China decidiu por unanimidade reconduzir o presidente do país, Xi Jinping, para um segundo mandato. Xi, de 64 anos, foi reeleito graças a uma reforma constitucional aprovada em 11 de março. O novo mandato vai se estender até 2023, mas a reforma também colocou fim ao limite de reeleições, abrindo caminho para Xi se manter no cargo além desse período. (17/03)
Foto: Reuters/Jason Lee
Protestos antigoverno na Eslováquia
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades da Eslováquia para exigir eleições antecipadas e uma investigação imparcial do assassinato do jornalista Jan Kuciak, que apurava ligação entre políticos de alto escalão do país e organizações criminosas. O primeiro-ministro Robert Fico renunciou ao cargo diante do escândalo, mas o poder se manteve nas mãos de seu partido. (16/03)
Foto: Getty Images/AFP/J. Klamar
Comoção após morte de vereadora
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do Psol, gerou indignação e protestos no Brasil, além de repercussão no exterior, com reação da ONU e de deputados europeus. Conhecida por defender os direitos das mulheres e a inclusão social, além de ser uma crítica ferrenha da violência policial, Marielle foi morta a tiros dentro de um carro no centro do Rio na noite de 14 de março. (15/03)
Foto: CMRJ/Renan Olaz
Morre Stephen Hawking
O físico britânico Stephen Hawking morreu aos 76 anos, em sua casa em Cambridge, informou sua família em comunicado. O cientista, conhecido por seu trabalho na área da relatividade, é autor de grande parte das descobertas da astrofísica moderna, como a nova teoria do espaço-tempo e a radiação dos buracos negros. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA) desde os 21 anos. (14/03)
Foto: Getty Images for Breakthrough Prize Foundation/B. Bedder
Merkel é reeleita chanceler federal alemã
Quase seis meses após a vitória na eleição parlamentar de 23 de setembro, Angela Merkel foi reeleita chanceler federal pelo Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, para mais quatro anos de governo. Ela obteve a maioria absoluta necessária dos votos logo no primeiro escrutínio. Entre os 688 votos válidos, 364 foram a favor de Merkel, 315 foram contrários e nove se abstiveram. (14/03)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Trump troca secretário de Estado
O presidente americano, Donald Trump, anunciou que vai substituir o atual secretário de Estado, Rex Tillerson, pelo diretor da CIA, Mike Pompeo. A agência de inteligência será comandada pela atual vice, Gina Haspel, primeira mulher a assumir o cargo. Trump não deu qualquer explicação para as trocas – ele e Tillerson divergiam com frequência sobre vários temas da política externa dos EUA. (13/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Ernst
Morre o "contador de Auschwitz"
Oskar Gröning, ex-membro da Waffen-SS (tropa de elite nazista) e conhecido como "contador de Auschwitz", morreu aos 96 anos. O alemão foi condenado em 2015 a quatro anos de prisão por cumplicidade no massacre de 300 mil pessoas no campo de extermínio nazista de Auschwitz, mas nunca chegou a cumprir a pena. Ele serviu no local em 1942 e 1943, durante a ocupação nazista na Polônia. (12/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Rumo à presidência vitalícia
Deputada do Congresso Nacional do Povo da China deposita seu voto em eleição sobre 21 emendas constitucionais, entre elas a que acaba com o limite para mandatos de presidentes do país. As mudanças foram aprovadas, de uma vez, por 2.958 votos a favor, dois contrários e três abstenções. Com a decisão, o presidente chinês, Xi Jinping, abre caminho para se eternizar no poder. (11/03)
O polêmico ex-assessor do presidente Donald Trump Steve Bannon foi saudado por Marine Le Pen, líder do partido Frente Nacional, na abertura, em Lille, do 16º congresso da legenda de extrema direita, que tenta uma refundação com um novo nome. Estrela do evento, ele disse, em discurso diante dos membros da agremiação francesa, que a história está do lado dos atuais movimentos nacionalistas. (10/03)
Foto: Reuters/P. Rossignol
Abertura dos Jogos Paralímpicos
O Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, foram abertos com uma cerimônia marcada por muitas cores, música e dança. Diferente dos Jogos Olímpicos de Inverno, o país-sede não desfilou com a vizinha Coreia do Norte. Nem mesmo o nevoeiro e o intenso frio apagaram o brilho da festa, diante de arquibancadas lotadas e um público muito empolgado. (09/03)
Foto: Reuters/P. Hanna
Dia Internacional da Mulher
Protestos, que pediam igualdade de direitos e fim da violência e do assédio sexual, marcaram o Dia Internacional da Mulher pelo mundo. Na Espanha, além das manifestações, mais de 5 milhões de trabalhadoras aderiram a uma greve parcial que atingiu vários setores. Várias associações feministas do país convidaram ainda as mulheres a renunciarem à realização de tarefas domésticas neste dia. (08/03)
Foto: Reuters/S. Vera
Eleição em Serra Leoa
Milhares de pessoas foram às urnas em Serra Leoa para eleger o novo presidente do país. O pleito histórico é o primeiro após a epidemia de ebola de 2014 e põe fim aos 11 anos do presidente Ernest Bai Koroma no poder. Apesar da tensão política e da possibilidade de o partido governante perder a presidência, a votação foi pacífica. Os resultados devem sair na próxima semana. (07/03)
Foto: DW/A.-B. Jalloh
A mais antiga mensagem em garrafa
Um museu na Austrália apresentou a mais antiga mensagem numa garrafa que se conhece no mundo. Ela foi lançada há 132 anos, por um navio alemão, e acabou encontrada numa remota praia do oeste australiano. Mensagem fazia parte de experimento global sobre correntes oceânicas e rotas de transporte marítimo. (06/03)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Illman
Visita histórica
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, recebeu uma delegação sul-coreana de alto nível em Pyongyang. De acordo com Seul, o grupo foi ao país pedir ao regime da Coreia do Norte que retome o diálogo sobre seu programa nuclear. É a primeira vez que Kim reúne-se com representantes de um governo sul-coreano. (05/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Jung Yeon-je
SPD diz "sim" a Merkel
Os filiados do Partido Social-Democrata (SPD) aprovaram a formação de uma nova coalizão de governo com a União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal Angela Merkel, e a União Social Cristã (CSU), encerrando meses de indefinição na política da Alemanha. O "sim" venceu com 66% dos votos válidos. Com isso, Merkel deverá ser eleita para um quarto mandato em 14 de março. (04/03)
Foto: Reuters/A. Schmidt
EUA castigados por mau tempo
Ao menos sete pessoas, incluindo duas crianças, morreram em consequência da forte tempestade que atinge o leste dos Estados Unidos. Com nevascas e ventos intensos, o mau tempo provoca caos no país, cancelando voos e trens, bloqueando estradas e deixando ao menos 2 milhões de pessoas sem energia. Segundo meteorologistas, é o segundo "ciclone bomba" a atingir o leste dos EUA em dois meses. (03/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/The Albany Times Union/S. Dickstein
Temer investigado na Lava Jato
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, autorizou a inclusão do presidente Michel Temer como um dos investigados em um inquérito que apura repasses da empreiteira Odebrecht à campanha eleitoral do MDB. A ação já inclui os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Segundo um delator, Temer participou de um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014 para tratar da propina. (02/03)
Foto: Agencia Brasil/V. Campanato
Economia brasileira cresce 1% em 2017
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% em 2017 em relação ao ano anterior, disse o IBGE. O valor anual total chegou a R$ 6,6 trilhões. Esta é a primeira alta depois de dois anos de quedas, ambas de 3,5%. Entre as atividades, a agropecuária teve o maior crescimento no ano, de 13%, principalmente devido à agricultura. Já o setor de serviço detém o maior peso na composição do PIB. (01/03)