Acionistas da Embraer aprovam parceria com a Boeing
26 de fevereiro de 2019
Em votação quase unânime, assembleia dá aval à venda do controle da divisão de aviação comercial da empresa brasileira para a americana. Acordo prevê criação de uma nova companhia avaliada em mais de US$ 5 bilhões.
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Os acionistas da Embraer aprovaram nesta terça-feira (26/02) a venda do controle da divisão de aviação comercial da fabricante brasileira de aeronaves para a americana Boeing. O aval dos acionistas é uma das últimas etapas do processo.
A proposta de negócio foi aceita com 96,8% dos votos válidos, informou a Embraer em comunicado. Estiveram presentes na assembleia extraordinária representantes dos proprietários de cerca de 67% das ações em circulação da empresa.
O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova empresa – uma joint venture, no termo do mercado –, na qual a Boeing deterá 80% de participação, e a Embraer, 20%. Por isso, a americana pagará 4,2 bilhões de dólares à brasileira.
A nova empresa é avaliada em 5,26 bilhões de dólares. Caberá à Boeing o controle da atividade comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que devem continuar somente com a Embraer.
Os acionistas também aprovaram a criação de uma joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o cargueiro KC-390. Nesse caso, sob os termos da parceria proposta, a Embraer ficará com 51% das ações, e a Boeing, com os 49% restantes.
"Essa importante parceria posicionará as duas empresas para oferecer uma proposta de valor mais robusta a nossos clientes e investidores, além de criar mais oportunidades para nossos empregados. Nosso acordo criará benefícios mútuos e aumentará a competitividade tanto da Embraer quanto da Boeing", disse o CEO da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva.
A Boeing e a Embraer anunciaram que haviam aprovado os termos das duas joint ventures em dezembro de 2018. O acordo acabou sendo suspenso – e depois liberado – duas vezes pela Justiça Federal, atendendo a pedidos que alegavam que o negócio fere as regras do mercado.
A transação recebeu, no mês passado, o aval do governo brasileiro, que possui atualmente uma participação qualificada na empresa, por meio daquilo que se denomina no mercado de golden share, uma ação especial que dá mais controle ao seu proprietário.
Em seguida, o conselho de administração da Embraer ratificou seu apoio ao acordo. Agora, a conclusão do negócio está sujeita, entre outras condições, à aprovação das autoridades reguladoras. A Boeing e a Embraer preveem que o processo seja concluído até o final de 2019.
Todos os anos, a organização alemã JACDEC, sediada em Hamburgo, elege as empresas mais seguras da aviação mundial. Em 2017, entre as dez melhores no quesito segurança estão cinco da Europa e três do Golfo.
Foto: Airbus
#10: Air Arabia
A empresa, lançada em 2003 nos Emirados Árabes Unidos (EAU), é considerada a primeira low-cost do Oriente Médio e Norte da África. Seus principais hubs estão localizados em Sharjah (EAU), Casablanca (Marrocos) e Alexandria (Egito). Com seus 36 Airbus A320, ela voa para mais de 130 destinos em 39 países no Oriente Médio, Norte da África, Ásia e Europa.
Foto: imago/R. Wölk
#9: Jetstar Airways
A empresa, fundada em 2004 na Austrália, já transportou mais de 200 milhões de passageiros. O grupo – formado por Jetstar Airways, Asia Airways, Pacific Airlines e Japan – tem participação acionária da Qantas, companhia de bandeira australiana. São 123 aeronaves – entre elas, 11 Boeing 787, 99 Airbus A320 e oito A321 – que perfazem mais de 4 mil voos por semana para mais de 75 destinos.
Foto: AFP/Getty Images/R. Rahman
#8: Spirit Airlines
A ultra-low-cost americana foi criada em 1980, e oferece atualmente mais de 480 voos diários para 60 destinos nos EUA, Caribe, Colômbia e Peru. A empresa, que cobra até mesmo para o passageiro levar uma mala de mão (56 x 46 x 25 cm) na cabine, possui em sua frota aeronaves da Airbus: A319, A320 e A321. Seus principais hubs são aeroportos de Fort Lauderdale, na Flórida, e de Detroit.
Foto: picture alliance/AP Images/W. Lee
#7: Etihad Airways
A empresa dos Emirados Árabes Unidos foi criada em 2003 após um decreto do governo de Abu Dhabi. Com seus mais de 120 aviões – incluindo Airbus A380 e A350, além de Boeings 777-300 –, a companhia atende mais de 110 destinos de passageiros e carga nos seis continentes. A companhia parou de voar de seu hub, Abu Dhabi, para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no final de março de 2017.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Scholz
#6: Finnair
A companhia finlandesa, que surgiu em 1923, transporta mais de 10 milhões de passageiros por ano. Sua frota é composta por mais de 60 aeronaves, sendo a maioria delas da fabricante Airbus, como o A350, A330, A320 e A319. Ela conecta 19 cidades asiáticas e sete na América do Norte com mais de 100 destinos na Europa por meio de seu hub em Helsinque.
Foto: Getty Images/S. Gallup
#5: Easyjet
A low-cost inglesa transporta mais de 78 milhões de passageiros anualmente. Com seus mais de 270 aviões, ela voa 880 rotas usando 140 aeroportos em 31 países europeus. Lançada em 1995, ela começou fazendo a rota de Luton (Inglaterra) para Glasgow (Escócia) e, já no ano seguinte, começou a voar para Barcelona e Nice, entre outros destinos.
Foto: picture alliance/dpa
#4: KLM
Fundada em 1919, a empresa holandesa é a mais antiga do mundo que continua operando sob seu nome original. A partir de seu hub em Amsterdã, ela voa para 159 destinos. No Brasil, ela faz as rotas da capital holandesa para Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio. A partir de maio de 2018, ela também acrescentará Fortaleza, no Ceará.
Foto: picture-alliance/ZB/P. Endig
#3: Virgin Atlantic Airways
Lançada em 1984 pelo magnata do setor de entretenimento Richard Branson, a empresa inglesa operava somente um avião. Hoje, com 40 aeronaves – como Airbus A330 e A340 (foto), além de Boeings 747 e 787 –, ela voa para 28 destinos. Os clientes da "Upper Class" são buscados por motoristas e tratados com muitos mimos ainda no chão – como check-in exclusivo e lounge exclusivo – e no ar – no bar a bordo.
Foto: picture alliance/Wolfgang Mendorf
#2: Norwegian Air Shuttle
A empresa norueguesa surgiu em 1993, mas só começou a operar como low-cost usando Boeings 737 em 2002. Hoje, ela possui cerca de 150 aeronaves com idade média de 3,6 anos – uma das mais jovens do mundo – e encomendas de outros 250 aviões. A companhia transportou mais de 33 milhões de passageiros em 2017 e oferece mais de 150 destinos, por exemplo, na Europa, EUA, Norte da África e América do Sul.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lien
#1: Emirates
A empresa dos Emirados Árabes Unidos foi criada em 1985, quando operava apenas dois aviões. Hoje, a frota perfaz 263 aeronaves de fuselagem larga, incluindo 98 Airbus A380 (foto), fazendo dela a maior operadora mundial de A380s. A companhia voa para 156 destinos em 84 países. Ela iniciou a rota de Dubai para Guarulhos em 2007 com o Boeing 777-300ER e, em março de 2017, o substituiu pelo A380.