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Adesão síria deixa EUA como únicos fora do Acordo de Paris

7 de novembro de 2017

Membro da delegação síria na COP23 sinaliza planos do país de assinar pacto climático global, o que deixaria os Estados Unidos como os únicos a rejeitar o documento.

Protesto às vésperas da COP23, em Bonn: manifestantes se vestem de Trump e ursos polares para defender proteção climática
Protesto às vésperas da COP23, em Bonn: manifestantes se vestem de Trump e ursos polares para defender proteção climáticaFoto: Reuters/W. Rattay

A Síria anunciou nesta terça-feira (07/11) que planeja aderir ao Acordo de Paris sobre o clima, o que faria com que os Estados Unidos passassem a ser o único país fora do pacto.

O anúncio foi feito na 23ª Conferência do Clima da ONU (COP23), em Bonn, na Alemanha. Segundo uma representante síria, os procedimentos internos já foram concluídos para a assinatura do pacto.  

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Síria e Nicarágua eram os dois únicos países fora do acordo, alcançado no fim de 2015. A Nicarágua, que resistiu dois anos por considerar os termos do pacto insuficientes, cedeu em outubro passado e anunciou sua adesão.

Já a Síria estava fora do pacto não por criticá-lo, mas porque, em guerra civil desde 2011 e com vários membros do governo sob sanções europeias e americanas, não havia conseguido enviar representantes para as cúpulas climáticas internacionais.

O representante de Damasco em Bonn não deu detalhes sobre os planos sírios. Com a economia arruinada, o país produz uma fração ínfima das emissões globais, mas todas as nações signatárias apresentaram uma meta para cumprir o acordo.

Em junho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que pretende retirar o país do pacto, ratificado por Barack Obama em 2015.

As regras, no entanto, estabelecem que a data mais próxima possível para um país se retirar é novembro de 2020, o que significa que os EUA ainda continuarão signatários até os últimos meses do mandato de Trump, ainda que ele não faça nada para alcançar as metas.

Com o Acordo de Paris, a comunidade internacional se comprometeu a limitar o aumento da temperatura ao teto de 2ºC em relação aos níveis da era pré-industrial e a continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

O objetivo requer uma redução drástica das emissões dos gases causadores do efeito estufa, com medidas como economia de energia, maiores investimentos em energias renováveis e reflorestamento.

LPF/rtr/afp/ap/dpa

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