Adolescentes de 18 países terão oportunidade de fazer críticas e dar sugestões sobre alguns dos principais problemas do mundo a uma platéia extremamente seleta – os líderes das nações mais ricas do mundo, que compõem o G8.

O encontro acontece no dia 7 de junho em Heiligendamm e faz parte de um evento paralelo à reunião de líderes chamado cúpula Júnior 8.

Até 9 de junho, 74 adolescentes ficarão reunidos num veleiro em Wismar, no norte da Alemanha, para assistir a palestras, participar de workshops e discutir os mesmo assuntos que farão parte da reunião do G8: mudança climática e fontes de energia, direitos de propriedade intelectual e responsabilidade social corporativa, desenvolvimento econômico na África e aids.

A partir das conclusões retiradas dos debates, eles elaborarão um comunicado que será lido por oito representantes da cúpula de jovens durante um encontro com os chefes de governo dos países que comandam a economia mundial. Além disso, também está programada uma reunião para o dia 5 com a chanceler alemã Angela Merkel.

74 adolescentes representando 18 países

Esse grupo de 74 adolescentes é formado por oito equipes de oito jovens (64) – cada grupo representando um dos países do G8 –, além de dez adolescentes de nações do terceiro mundo que trabalham em programas apoiados pelo Unicef ou um de seus parceiros.

Os países em desenvolvimento que serão representados no J8 são: Argélia, Brasil, Camarões, China, Etiópia, Índia, Moldávia, República Centro-Africana, Serra Leoa e Tanzânia.

Os 64 jovens que representam as nações do G8 foram selecionados a partir de uma competição de redações elaboradas coletivamente por grupos de oito estudantes de 13 e 17 anos. O tema dos textos era escolhido por cada grupo entre um dos quatro assuntos da pauta da reunião de líderes.

Equipe alemã faz rap sobre as crianças africanas

O tema da equipe vencedora da Alemanha foi a situação das crianças aidéticas na África, narrada em forma de rap pelo grupo.

Auto-intitulada de 8ttention (da palavra inglesa attention), a equipe é formada por estudantes entre 16 e 17 anos que fazem parte do Internato Hansenberg, considerado um colégio de elite, localizado próximo a cidade de Wiesbaden, no centro do país.

Sobre a importância do evento, a estudante Miriam Köhler, uma das integrantes do grupo, explica que "os jovens têm outra visão dos problemas do mundo, pois é sobre nosso futuro que eles estão decidindo agora. Nós jovens podemos perceber as coisas num nível bem diferente, e nós podemos encontrar soluções que podem parecer utópicas, mas também têm bases reais."

Em relação ao comunicado que será lido para as a lideranças do G8, outro integrante da equipe, o adolescente Steffen Parth, disse que "gostaria de falar para o Bush como é importante superar problemas nacionais em favor do bem-estar de toda a humanidade. E isso vale para ele especialmente em relação à proteção ao clima". (vn)