A inauguração do BER estava marcada para meados de 2012. Em vez disso, se realiza neste 31 de outubro, após incontáveis panes técnicas e políticas. Como tal desastre pôde ocorrer no país da eficiência e alta tecnologia?
Anúncio
Foram tantos erros na construção do Aeroporto Berlim-Brandembugo (BER), que é difícil dizer qual foi o maior. Só a inspeção realizada após a primeira inauguração cancelada, em junho de 2012, enumerou cerca de 120 mil defeitos.
Entre eles, alguns tão graves quanto um sistema anti-incêndio inoperante, milhares de portas automáticas sem ligação elétrica e tetos de estacionamento caindo. Milhares de quilômetros de cabos elétricos haviam sido enfiados em dutos estreitos demais, aparentemente ao acaso ou em combinações proibidas.
Arquitetos, engenheiros, técnicos e pedreiros precisaram de oito anos para consertar esse caos. "Se você abotoa errado o primeiro botão de um casaco e chega até em cima, não tem jeito: precisa desfazer todos os botões antes de poder começar a abotoar novamente", explicou em 2014 Hartmut Mehdorn, que, por pouco tempo, foi diretor do aeroporto, mas logo desistiu.
Até a abertura, neste sábado (31/10), ao todo a data de inauguração oficial do BER teve que ser cancelada e adiada seis vezes. Os custos de construção saltaram dos 2,5 bilhões de euros iniciais para mais de 7 bilhões de euros – para um polo de aviação que funcionará abaixo de sua capacidade durante a pandemia de covid-19, mas que previsivelmente logo será pequeno demais. Assim, a sociedade do aeroporto já planeja para 2030 mais uma expansão, com custos calculados em 2,3 bilhões de euros.
Como pode ter dado tão errado assim um megaprojeto na Alemanha, país da alta tecnologia? Três comissões parlamentares de inquérito quebraram a cabeça para tentar responder. Após revirar arquivos sem fim e interrogar centenas de testemunhas, apresentaram um relatório de milhares de páginas, concluindo que o que levou ao desastre foi incompetência em todos os níveis. Mas acima de tudo, falta de expertise e má avaliação por parte da liderança política.
Estado entra de empreiteiro
A ideia de um polo de aviação na região Berlim-Brandemburgo nasceu logo após a reunificação da Alemanha. Cinco anos para planejar, cinco para construir, inauguração durante os Jogos Olímpicos do ano 2000 na capital alemã: essa era a equação proposta na época pelo governo federal e dos dois estados envolvidos.
Como se sabe, os planos olímpicos deram em nada. Além disso, os políticos brigaram até 1996 sobre onde, exatamente, o aeroporto seria erguido. O que não impediu a sociedade estatal do BER de comprar, profilaticamente, terrenos, no valor de 350 milhões em várias partes de Brandemburgo – que acabou não sendo escolhido como local.
Mais sete anos anos se passaram na inútil busca de investidores privados para projetar, construir e operar o aeroporto: devido aos elevados riscos financeiros, nenhuma companhia queria aceitar o negócio sem que houvesse garantias estatais. Em 2003 o projeto estava praticamente cancelado. Mas isso os políticos, e acima de tudo o então prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, não queriam permitir, de forma alguma: e o Estado entrou como empreiteiro.
"Vamos provar que três proprietários públicos são capazes de realizar um projeto assim", anunciou, grandiloquente, Wowereit no início das obras, em 2006. Na época, aliás, o projeto ainda se chamava BBI. Só três anos mais tarde a sociedade responsável se deu conta que a International Air Transport Association (Iata) já designara o código BBI ao aeroporto de Bhubaneswar, Índia.
Essa é apenas uma pequena nota de pé de página, que combina com algo que um veterano do conselho de supervisão declarou um 2017 à revista Der Spiegel: competência é algo que nunca transitou pelos corredores da sociedade do aeroporto.
Anúncio
"Caixa preta BER"
Quando começaram as obras, havia, de fato, plantas e projetos prontos. Porém os contratadores não cessavam de vir com novos desejos e ideias para os arquitetos e engenheiros realizarem em meio aos trabalhos em curso: mezaninos adicionais, pontes para passageiros, áreas de comércio e zonas de alimentação. Como os regulamentos de segurança da União Europeia mudaram, as saídas de incêndio tiveram que ser totalmente redimensionadas.
Isso tudo não ficou sem consequências. Em retrospectiva, constatou-se que já em 2009 as obras estavam atrás do cronograma e indo em má direção. No ano seguinte, o escritório de engenharia encarregado da atualização técnica do prédio abriu falência. A inauguração, programada para 2011, foi adiada, embora em apenas oito meses.
Em seu livro Blackbox BER, o arquiteto Meinhard von Gerkan revelaria mais tarde que as datas de inauguração eram definidas "de acordo com o calendário político, em geral com prazos abreviados ou calculados de forma apertada, e contrariando os protestos da gestão de obras".
Em retrospecto, Von Gerkan faz acusações graves: a sociedade do aeroporto tentou repetidamente ocultar as dificuldades do conselho de supervisão encabeçado pelo prefeito Wowereit. Entre dezembro de 2011 e março de 2012, relatórios de obras chegaram a ser manipulados.
"Nossas setas de advertência vermelhas indicando que os prazos não poderiam ser cumpridos foram mudadas em sinais amarelos, sinalisando que o prazo era factível, embora só a custas de esforços extras", acusa Blackbox BER.
Incompetência e desonestidade premiadas
Por sua vez, os políticos estavam ansiosos por acreditar nessa versão otimista dos fatos. Quando havia visitas às obras, os operários tinham que construir às pressas paredes de gesso, para que ninguém visse o que ocorria de fato no futuro BER.
Quatro semanas antes da inauguração planejada, ficou impossível continuar maquiando as falhas. Como o sistema anti-incêndio e, sobretudo, o sistema de aspersão não funcionavam, em maio de 2012 foi negada a licença para operar.
A política reagiu ao fiasco com acusações e demissões em massa. Também a agência de consultoria e o arquiteto Von Gerkan foram afastados – um grave erro, como se reconheceria mais tarde. Pois o problema não era só que os contratados para terminar a empreitada muitas vezes procuravam em vão pela documentação das obras – em 2014 encontraram-se num aterro sanitário pilhas de fichários: faltavam-lhes também informações sobre o que fora mal construído até então.
Ninguém foi punido por todo esse absurdo. Os políticos responsáveis há muito deixaram o cargo. Ao se despedir da prefeitura da capital, em 2014, Klaus Wowereit declarou que o BER "foi uma derrota amarga, e é até hoje".
A direção do projeto tampouco teve que responder pelo desastre. Pelo contrário: um dos dois diretores da sociedade do aeroporto, despedidos em 2012, conseguiu posteriormente uma indenização de 1,4 milhão de euros por honorários não recebidos.
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/M. Pimentel
Sean Connery morre aos 90 anos
Uma das maiores estrelas do cinema, o ator escocês Sean Connery morreu aos 90 anos. Ele morreu enquanto dormia nas Bahamas.O ator ganhou fama mundial ao dar vida no cinema ao agente secreto James Bond, sendo o primeiro ator a interpretar o personagem. Ao longo de sua carreira, ganhou um Oscar, um Globo de Ouro, dois BAFTA e foi nomeado cavaleiro pela rainha da Inglaterra Elisabeth 2ª. (31/10)
Foto: Danny Lawson/dpa/picture-alliance
Forte terremoto atinge a Turquia
Um terremoto de magnitude 6,6 na escala Richter atingiu a cidade de Izmir, na Turquia, na costa do mar Egeu. O tremor deixou vários mortos e centenas de feridos no município, que é o terceiro maior do país. Imagens mostraram carros soterrados pelos escombros e pessoas em pânico. O terremoto foi sentido em cidades próximas e também na metrópole de Istambul, a cerca de 540 quilômetros. (30/10)
Foto: DHA
Ataque mata brasileira e mais dois em Nice
Três pessoas morreram, incluindo uma mulher degolada e uma brasileira, num ataque com faca numa igreja na cidade de Nice, no sul da França. O agressor, um tunisiano nascido em 1999, foi ferido a tiros pela polícia e levado a um hospital. Dois foram mortos dentro da Basílica Notre-Dame, e uma terceira pessoa, uma baiana de 44 anos, foi gravemente ferida e morreu num café nas imediações. (29/10)
Foto: Serge Haouzi/Xinhua/picture alliance
Novo lockdown na Alemanha
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e os governadores dos 16 estados decidiram endurecer as medidas restritivas na tentativa de conter o avanço da covid-19 no país. Em reunião por videoconferência, eles acertaram um lockdown parcial de um mês de duração, que inclui o fechamento de restaurantes, bares, academias e cinemas, além da limitação da reunião entre pessoas. (28/10)
Foto: Fabrizio Bensch/Pool/REUTERS
Mais uma conservadora na Suprema Corte
A conservadora e católica devota Amy Coney Barrett tomou posse como juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, após ter seu nome confirmado pelo Senado americano por 52 votos a 48. Ela havia sido indicada para o posto pelo presidente Donald Trump, para substituir Ruth Bader Ginsburg, uma das mais célebres figuras progressistas do tribunal, que morreu em setembro. (26/10)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Lua tem mais água do que se pensava
A Lua pode ser muito mais rica em água do que se pensava anteriormente, segundo sugeriram dois novos estudos publicados na revista "Nature Astronomy". As pesquisas não só comprovaram a existência "inequívoca" de moléculas de H2O na superfície do satélite terrestre, como apontaram que elas estariam presentes em grandes quantidades, inclusive em forma de gelo. (26/10)
Foto: Richard Addis
Espanha volta a declarar estado de emergência
A explosão no número de casos de coronavírus levou o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, a declarar estado de emergência em território nacional. É a segunda vez que a medida é tomada na pandemia. O governo quer que o estado de emergência dure até o início de maio e estabeleceu toque de recolher entre as 23h e 6h da manhã. Os estados, porém, terão liberdade para decidir a faixa de horário. (25/10)
Foto: Manu Fernandez/AP Photo/picture-alliance
Alemanha ultrapassa 10 mil mortes por covid-19
A Alemanha ultrapassou a marca de 10 mil mortes por covid-19 desde o começo da pandemia. O Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas, relatou 49 mortes em 24 horas, elevando o total para 10.003. O país também registrou um novo recorde de casos diários, com 14.714 novas infecções em 24 horas. (24/10)
Foto: Christoph Soeder/dpa/picture alliance
França ultrapassa 1 milhão de casos de covid-19
A França ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de covid-19, após registrar mais de 40 mil novas infecções por dois dias consecutivos, e se tornou o segundo país da Europa, depois da Espanha, a atingir esse número simbólico de casos. Especialistas afirmam que o número real de infecções é provavelmente muito maior dos divulgados oficialmente, devido à pouca testagem no início da pandemia. (23/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Polônia praticamente bane o aborto
Um tribunal constitucional na Polônia decidiu que a realização de abortos por anormalidade fetal viola a Constituição. A decisão significa uma proibição quase total da interrupção da gravidez em um país com as leis contra aborto mais rigorosas da Europa. (22/10)
Foto: picture-alliance/Zumapress/I. Berezowska
França homenageia professor decapitado
A França homenageou o professor que foi decapitado num subúrbio de Paris, após mostrar uma caricatura do profeta islâmico Maomé em sala de aula. Na cerimônia solene, o professor recebeu o título póstumo da Legião de Honra, a mais alta condecoração na França. O presidente Emmaniel Macron disse que o docente foi morto por ensinar alunos a serem cidadãos. (21/10)
Foto: Francois Mori/Pool/Reuters
Irlanda é o primeiro país da UE a reimpor lockdown
A Irlanda é o primeiro país da União Europeia a impor um segundo lockdown para conter a disseminação do coronavírus a partir da meia-noite desta quarta-feira. Comércios e serviços não essenciais ficarão fechados por seis semanas, mas escolas e creches permanecerão abertas. Exercícios ao ar livre serão permitidos num raio de até 5 quilômetros de casa. (20/10)
Foto: Paul FaithAFP/Getty Images
Mundo ultrapassa 40 milhões de casos de covid-19
O mundo ultrapassou a marca de 40 milhões de infecções por coronavírus, enquanto a Europa vive uma segunda onda de contágios, com cada vez mais países anunciando novas restrições. Mais da metade dos casos totais se concentram nos Estados Unidos (8.155.592), Índia (7.550.273) e Brasil (5.224.362). Em todo o mundo, já foram registradas 1.113.962 mortes em decorrência da covid-19. (19/10)
Foto: Alexander Demianchuk/TASS/dpa/picture-alliance
Banksy leva consolo a hotspot de covid
Num muro de Nottingham, Inglaterra, apareceu uma nova obra do misterioso "street artist" Banksy. Ela mostra uma menina brincando de bambolê. Na frente, acorrentada a um poste, está uma bicicleta (de verdade) com uma roda só. Os locais interpretam a imagem como um estímulo em meio à crise. Nottingham tem o mais alto nível de contágios no país. (18/10)
Foto: Carl Recine/Reuters
Ardern é reeleita na Nova Zelândia
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, foi a grande vencedora das eleições gerais realizadas na Nova Zelândia. "O país demonstrou o mais forte apoio ao Partido Trabalhista em pelo menos 50 anos", disse Ardern a seus correligionários eufóricos em Auckland, no discurso de vitória. A vitória esmagadora permitirá ao Partido Trabalhista assumir sozinho o governo. (17/10)
Foto: David Rowland/Reuters
Homem é decapitado nos arredores de Paris
Um homem foi decapitado em um subúrbio a noroeste de Paris. O agressor, um homem de origem argelina, foi morto a tiros pela polícia. Segundo a imprensa francesa, a vítima era um professor de História que mostrou caricaturas de Maomé para alunos. A seção antiterrorismo do Ministério Público francês abriu uma investigação por "assassinato em conexão com motivação terrorista. (16/10)
Foto: Charles Platiau/Reuters
Alemães voltam a estocar papel higiênico
Com o aumento no número de casos de covid-19 na Alemanha e a possibilidade de novas restrições, algumas redes de supermercado do país já começaram a registrar aumento na demanda por determinados produtos, como papel higiênico. Em março e abril, no auge da pandemia na Europa, as chamadas Hamsterkäufe (compras de Hamster) fizeram vários itens desapareceram das prateleiras. (15/10)
Foto: DW/M. Müller
Macron anuncia toque de recolher em Paris e outras oito cidades
O governo da França declarou estado de emergência de saúde pública por causa da covid-19 e a imposição de um toque de recolher entre 21h e 6h em nove cidades francesas, com previsão de multa de até 135 euros para quem desrespeitar a medida. As cidades que vão ficar sob toque de recolher são: Paris, Rouen, Lille, Saint-Etienne, Lyon, Grenoble, Montpellier, Marselha e Toulouse. (14/10)
FMI melhora previsão para o PIB brasileiro em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá recuar 5,8% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. O dado é um pouco mais otimista do que a projeção divulgada em junho, que havia apontado tombo de 9,1% em 2020. (13/10)
Foto: picture-alliance/Agencia Brazil/T. Rêgo
Mudanças climáticas dobram ocorrência de desastres naturais, diz ONU
Relatório da ONU afirma que ao menos 7.348 desastres naturais ocorreram entre os anos 2000 e 2019, o que resultou na perda de 1,23 milhões de vidas e afetou 4,2 bilhões de pessoas, além de custar à economia global em torno de 2,97 trilhões de dólares. Catástrofes como enchentes e incêndios foram impulsionadas em todo o mundo pelo aquecimento global. (12/10)
Foto: Valery Hache/AFP/Getty Images
Parada do Orgulho LGBT de Colônia sobre bicicletas
A maior parada do Orgulho LGBT+ da Alemanha, na cidade de Colônia, pôde finalmente ocorrer após ter sido cancelada em junho em razão da pandemia. Mas, para assegurar o distanciamento social e a saúde dos participantes, o evento foi realizado sobre bicicletas. A maioria das pessoas também usava máscaras de proteção. (11/10)
Foto: Thilo Schmuelgen/Reuters
Brasil supera 150 mil mortes por covid-19
Brasil acumula 150.198 mortes por covid-19, quase sete meses após o início da epidemia da doença no país. A morte da primeira vítima do coronavírus em solo brasileiro foi registrada no dia 12 de março. País soma 5.082.637 infecções. (10/10)
Foto: picture-alliance /ZUMAPRESS.com/PPI
Nobel da Paz premia Programa Alimentar Mundial da ONU
A maior agência humanitária do mundo foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz por seu empenho no combate à fome e pelo trabalho durante a pandemia de covid-19. Segundo a ONU, mais de 821 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome crônica, enquanto outros 135 milhões enfrentam fome severa e outros 130 milhões podem vir a se juntar a esse grupo no final de 2020. (09/10)
Foto: Niklas Elmehed for Nobel Media
Mundo registra aumento recorde de casos diários de covid-19
A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou um aumento recorde de casos diários de covid-19 em todo o mundo, com um total de 338.779 infecções. Somente na Europa, foram 96.996 casos em um dia, o maior total para o continente já registrado pela OMS, que supera o número diário de infecções nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia, os três países mais afetados pela pandemia. (08/10)
Foto: Cristian Leyva/NurPhoto/picture alliance
Criadoras da "tesoura genética" ganham Nobel de Química
As pesquisadoras Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna foram agraciadas com o Prêmio Nobel de Química pela descoberta de um método para a edição do genoma conhecido como CRISPR-Cas9 ou "tesoura genética". A francesa Charpentier e a americana Doudna se tornaram a sexta e a sétima mulheres a serem agraciadas com o Nobel de Química, se juntando à lista que inclui Marie Curie. (07/10)
Foto: Niklas Elmehed for Nobel Media
Nobel de Física premia pesquisa sobre buracos negros
O Nobel de Física de 2020 premiou três cientistas cujas pesquisas resultaram na descoberta de como se formam os buracos negros no universo. Os agraciados são o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez. A premiação celebra "um dos mais exóticos objetos no universo", ou seja, os buracos negros, "onde o tempo parece estar suspenso". (06/10)
Descobridores da hepatite C recebem Nobel de Medicina
O trio de pesquisadores Harvey Alter, Charles Rice e Michael Houghton foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina, pela descoberta do vírus da hepatite C. Segundo o comitê responsável pelo prêmio, os três – Alter e Rice são americanos, e Houghton, britânico – foram escolhidos por sua luta contra a hepatite, "um grande problema de saúde global que causa cirrose e câncer de fígado". (05/10)
Foto: Niklas Elmehed/Nobel Media
Nova encíclica papal
O papa Francisco criticou o neoliberalismo e o populismo na sua nova encíclica, na qual apresentou uma visão para o mundo pós-coronavírus. O documento pede mais solidariedade para o enfrentamento de problemas globais como as mudanças climáticas ou a injustiça causada pela desigualdade econômica. Essa é a terceira encíclica do pontificado de Francisco e primeira divulgada em cinco anos. (04/10)
Foto: Divisione Produzione Fotografica/Vatican Media/picture-alliance
30 anos da Reunificação da Alemanha
Em discurso na cerimônia pelos 30 anos da Reunificação da Alemanha, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, agradeceu aos cidadãos alemães e aos parceiros internacionais pela contribuição à unidade do país. "Foi preciso muita coragem para chegar lá", disse. A cerimônia ocorreu sob restrições devido à pandemia. (03/10)
Foto: Sean Gallup/Getty Images
Trump afirma que está com covid-19
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ele a primeira-dama, Melania, contraíram o novo coronavírus. Trump foi transferido para um hospital por precaução, onde deve permanecer nos próximos dias.Desde o início, Trump vinha menosprezando a doença. Ele ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde e vinha realizando eventos de campanha. (02/10)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queimadas no Pantanal batem recorde
As queimadas no Pantanal bateram o recorde histórico em setembro, segundo dados divulgados pelo Inpe. No mês, foram registrados 8.106 focos de calor no bioma, o maior número contabilizado desde o início do monitoramento em 1998.Em setembro, houve um aumento de 180% nos incêndios no Pantanal em relação ao mesmo mês de 2019. (01/10)