Depois de 50 anos em operação, terminal é substituído por novo aeroporto, planejado para ser o maior do mundo, com uma capacidade projetada para até 200 milhões de passageiros por ano. Obra custou cerca de US$ 8 bilhões.
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O último voo de passageiros comercial partindo do aeroporto Internacional Atatürk, em Istambul, decolou neste sábado (06/04). Depois de mais de 50 anos em operação, o terminal foi fechado e será substituído pelo novo Aeroporto Internacional de Istambul, situado na periferia da cidade.
Durante um período de 12 horas, ambos os aeroportos ficaram fechados ao tráfego aéreo. A gigantesca transferência de equipamentos entre os dois locais foi descrita pelas autoridades turcas como sem precedentes em escala e velocidade.
A nova instalação reabriu na manhã deste sábado e o primeiro voo foi realizado entre Istambul e Ancara, segundo confirmou a companhia Turkish Airlines. Já no começo da manhã, a empresa tinha anunciado que "94%" da mudança já tinha sido concluída, mas o plano prevê que a operação dure até a noite.
O código IST, que até agora identificava o aeroporto de Istambul Atatürk, foi atribuído ao novo terminal, construído em uma planície próxima ao Mar Negro.
O antigo, muito mais próximo ao centro urbano, foi fundado em 1912 como aeroporto militar e era utilizado para voos comerciais desde 1920. Apenas em 1953 começou a operar com voos internacionais. Apesar de fechado para passageiros, o antigo terminal seguirá operando sob o código ISL para voos de carga e privados.
Ao contrário do anterior, o novo aeroporto não tem conexão com o metrô ou trem, mas existem várias linhas de ônibus que o ligam à cidade.
Operando incialmente com capacidade para 90 milhões de passageiros por ano, o novo aeroporto de Istambul foi projetado para ser o maior do mundo e sua capacidade deve ser aumentada para 200 milhões de passageiros.
Um dos principais projetos de infraestruturas do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a construção do aeroporto custou cerca de 8 bilhões de dólares, aproximadamente 31 bilhões de reais.
CN/efe/rtr/ap
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Em 9 de fevereiro de 1969, um Jumbo decolava pela primeira vez. Ele logo se tornou o principal avião de passageiros do mundo – e abriu novas dimensões para as companhias aéreas.
Foto: picture-alliance/imageBroker/J. Tack
Apelido esclarecedor
Um jumbo da British Airways se aproxima do aeroporto de Heathrow. A imagem elucida por que a aeronave da Boeing do tipo 747 recebeu rapidamente o apelido de "Jumbo" logo após seu primeiro voo comercial há 50 anos: o quadrimotor a jato é simplesmente gigantesco. A aeronave também ficou conhecida como "rainha dos céus".
Foto: Reuters/T. Melville
Velhos amigos
O então presidente da Boeing, Bill Allen, e o CEO da empresa aérea americana Pan Am Juan Trippe (dir.), em 9 de fevereiro de 1968, após o voo inaugural do primeiro Boeing 747. Os dois eram amigos de longa data. Durante uma pescaria, Trippe teria indagado Allen sobre os planos para um grande avião de passageiros: "Se você construir, eu vou comprar". A resposta: "Se você comprar, eu vou construir".
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Viajar com glamour
A fama do novo 747 não adveio apenas de suas inovações técnicas, mas também do seu glamour. Com um lounge em que se serviam coquetéis, o avião prometia uma experiência de viagem elegante e descontraída. Com mais de 70 metros de comprimento e uma envergadura de quase 60 metros, a aeronave comportava entre 366 e 550 passageiros, dependendo da disposição dos assentos.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Catástrofes
O Jumbo também está associado a grandes desastres. A queda de um avião da Lufthansa em 1974, logo após a partida em Nairóbi, custou 59 vidas. Em 1977, dois Jumbos colidiram no aeroporto de Tenerife – 583 mortos. Em 1988, 270 pessoas morreram após a explosão de uma bomba a bordo em atentado terrorista quando o 747 sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie (foto).
Foto: Roy Letkey/AFP/Getty Images
Bicão
O Jumbo se destaca por sua "corcunda" na parte superior da fuselagem, em que se encontra, entre outros, a cabine de pilotos. Essa disposição possibilita uma porta de proa para as aeronaves de carga, permitindo a entrada de grandes volumes. Atualmente, a Boeing vende o quadrimotor a jato, com alto consumo de combustível, praticamente apenas na versão de frete.
Foto: Imago/Russian Look/L. Faerberg
Transporte do ônibus espacial
Nesta imagem de 2012, a Discovery pega carona com o gigante. As aeronaves de transporte do ônibus espacial (Shuttle Carrier Aircraft – SCA) foram dois jatos Boeing 747-100, modificados para transportar o veículo da agência espacial americana NASA. Eles foram usados no regresso dos ônibus espaciais para o Centro Espacial Kennedy.
Foto: picture-alliance/dpa
Avião dos vencedores
A Lufthansa teve orgulho de levar a seleção alemã de futebol do Rio de Janeiro para Berlim, com a taça da Copa do Mundo na bagagem. O Boeing 747-8 ganhou uma pintura nova com os dizeres "Siegerflieger Fanhansa" ou "avião dos vencedores Fanhansa".
Foto: picture-alliance/dpa
"Ed Force One" do Iron Maiden
Na foto, a banda britânica de rock pesado Iron Maiden aterrissa em maio de 2016 no Aeroporto de Düsseldorf. Metaleiros e observadores de aviões garantiram os melhores locais para ver o "Ed Force One" – em homenagem à mascote da banda, o monstro Eddie. O jato é pilotado pelo próprio vocalista Bruce Dickinson.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Young
Dinossauro dos céus
Como o ainda maior Airbus A380 (na foto em primeiro plano), o 747 não atende mais aos requisitos econômicos das companhias aéreas que preferem aeronaves bimotores de longo alcance, como o A350 ou o Boeing 777 e 787. No ano passado houve um total de 18 novos pedidos para o Jumbo, e existem apenas 24 encomendas não processadas.
Foto: picture-alliance/dpa
"Air Force One"
Além das 1548 aeronaves já fabricadas, poucas deverão ainda ser executadas, embora o presidente americano, Donald Trump, tenha encomendado o próximo avião presidencial "Air Force One" à base do 747. O imperador japonês e o sultão de Brunei também apreciam a "rainha dos céus" como aeronave do governo.