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Afeganistão confirma morte de líder talibã

29 de julho de 2015

Segundo o serviço de inteligência do país, mulá Omar morreu num hospital do Paquistão há dois anos. Confirmação pode comprometer negociações de paz entre governo e rebeldes talibãs, sem figura de liderança.

Foto: picture alliance/CPA Media

O governo do Afeganistão confirmou nesta quarta-feira (29/07) que o mulá Omar, líder do Talibã, morreu há dois anos no Paquistão.

"O governo da República Islâmica do Afeganistão, baseado em informações credíveis, confirma que o mulá Mohammad Omar, líder do Talibã, morreu em abril de 2013 no Paquistão", diz um comunicado oficial.

O serviço de inteligência do Afeganistão também confirmou a morte de Omar. "Ele morreu em abril de 2013 num hospital de Karachi sob circunstâncias misteriosas. Temos a confirmação vinda de múltiplas fontes", afirmou Haseeb Siddiqi, porta-voz do órgão. "Ele estava doente. Mas não sabemos com certeza se morreu por causa da doença ou por outras razões. Ainda estamos investigando isso."

Uma fonte ligada à liderança do Talibã informou ao jornal paquistanês Express Tribune que Omar morreu de tuberculose. "Ele foi enterrado no lado afegão da fronteira", disse. "O filho do mulá Omar identificou o corpo do pai."

De acordo com a fonte, o conselho do Talibã convocou uma reunião para eleger um novo líder para o movimento. Omar não era visto publicamente desde 2001, quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão e derrubaram o regime talibã.

A confirmação da morte de Omar ocorre dois dias antes da próxima rodada de negociações entre o governo afegão e representantes do Talibã. Sem uma figura de liderança entre os rebeldes, o processo de paz pode ser comprometido.

Em comunicado, o governo do Afeganistão afirmou que o diálogo de paz está "mais pavimentado agora do que antes" e, por isso, "convida todos os grupos armados opositores a aproveitar essa oportunidade e se juntar ao processo de paz."

KG/dpa/ap

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