Agência alemã faz apelo por redução de contatos no Natal
22 de dezembro de 2020
Presidente do Instituto Robert Koch pede que alemães não viajem nos feriados e encontrem o mínimo de pessoas possível. Incidência de infecções é recorde na Alemanha, e deve levar semanas para que número de casos diminua.
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Diante dos elevados números de infecções pelo novo coronavírus na Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças no país, pediu que as pessoas reduzam ao mínimo absoluto os contatos durante o Natal. O presidente do RKI, Lothar Wieler, afirmou nesta terça-feira (22/12) que a situação continua se deteriorando e fem apelo para que se evitem viagens nos feriados.
Segundo o chefe da agência governamental, todos os cidadãos devem passar a época festiva apenas num pequeno grupo, limitar os encontros aos mesmos participantes e, se possível, ao ar livre. "Peço que passem os dias do fim de ano com o menor círculo familiar possível. Por favor, reduzam seus contatos ao mínimo necessário. Não viajem!", disse Wieler, em entrevista coletiva.
Segundo o presidente do RKI, o novo coronavírus está presente em todas as faixas etárias da população e em todo o território alemão.
"Tememos que as infecções possam se intensificar ainda mais durante o feriado", afirmou Wieler. "No momento, a situação está piorando. Todos os dias morrem centenas de pessoas por covid-19 na Alemanha. Devemos, portanto, reduzir o número de novas infecções. Porque o vírus vive de contatos, e somente através deles pode se espalhar."
Segundo ele, provavelmente ainda levará várias semanas para que o número de casos diminua. Ele projeta semanas difíceis pela frente. "Não deveríamos torná-las ainda mais difíceis", disse.
Wieler ressaltou que ainda existem muitos surtos em lares de idosos. "Os profissionais de enfermagem estão no limite", afirmou o presidente do RKI.
Nova variante e vacina
Ao citar a nova variante mais contagiosa do coronavírus que foi identificada no Reino Unido, o chefe do RKI disse que "a probabilidade é muito, muito alta" de que esta cepa já esteja transitando em território alemão. Mas Wieler afirmou que sua importância para o ritmo de contágios ainda não pode ser avaliada de forma definitiva.
O presidente do RKI saudou a primeira aprovação de uma vacina contra a covid-19 pela União Europeia. No entanto, ele indicou que a vacinação – que deve começar em 27 de dezembro – não deve implicar uma mudança nas regras de distanciamento e higiene nos próximos meses. Isso porque levará algum tempo até que uma parcela significativa da população esteja imunizada.
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Incidência recorde
As autoridades de saúde da Alemanha relataram nesta terça-feira 19.528 novos casos e 731 mortes relacionadas à covid-19 em 24 horas. Na terça-feira da semana anterior, o RKI havia contabilizado 14.432 novas infecções e 500 mortes – porém, sem dados da Saxônia, que foram reportados com atraso.
A incidência de infecções num período de sete dias está atualmente em 197,6 contágios por grupo de 100 mil habitantes na Alemanha. Trata-se do nível mais alto já atingido no país desde o início da pandemia.
O estado da Saxônia é de longe o mais afetado, com uma taxa de incidência de 426,8 casos de infecção por grupo de 100 mil habitantes nos últimos sete dias – mais que o dobro da média nacional. A seguir, vem a Turíngia, com 299,4, e a Baviera, com 215,9. A taxa mais baixa está sendo registrada em Schleswig-Holstein, com 93,6 infecções por 100 mil habitantes em sete dias.
PV/rtr/dpa/ots
Celebridades e políticos que testaram positivo para covid-19
Várias estrelas de cinema contraíram o coronavírus. A doença varreu a elite política global e afetou também os melhores atletas.
Foto: Joshua Roberts/Reuters
Emmanuel Macron
O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
Foto: Lewis Joly/AP Photo/picture alliance
Donald Trump
Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
Foto: picture-alliance/CNP/A. Drago
Andrzej Duda
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
Foto: Photoshot/picture-alliance
Andrea Bocelli
O tenor italiano Andrea Bocelli testou positivo para o novo coronavírus em março. Ele relatou que teve apenas febre leve, e no mês seguinte, já fez uma apresentação na Catedral de Milão, vazia devido às regras de restrição.
Foto: Getty Images/S.Legato
Robert Pattinson
O ator, de 34 anos, mais conhecido por estrelar como o vampiro Edward Cullen na saga cinematográfica "Twilight", testou positivo para covid-19, obrigando a produção de "The Batman" a uma pausa apenas três dias depois de ter retomado trabalhos. Pattinson, que também foi Cedric Diggory na adaptação cinematográfica de "Harry Potter e o cálice de fogo", sucede Ben Affleck como o Homem Morcego.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/E. Chesnokova
Dwayne 'The Rock' Johnson
O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Shotwell
Neymar
O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
Foto: Getty Images/AFP/D. Ramos
Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Vojinovic
Usain Bolt
A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
Foto: Reuters/M. Childs
Antonio Banderas
O ator espanhol teve uma surpresa indesejável em seu 60º aniversário em meados de agosto, depois de um teste positivo para o coronavírus. Banderas disse que passou seu aniversário isolado e que estava "mais cansado do que de costume", mas "esperando se recuperar o mais rápido possível".
Foto: picture-alliance/Captital Pictures
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, que repetidamente minimizou a gravidade da pandemia, contraiu o vírus em julho. Ele foi criticado por ignorar as medidas de segurança recomendadas por especialistas em saúde antes e depois de seu diagnóstico, incluindo apertar as mãos e abraçar apoiadores na multidão. Sua mulher, Michelle, e os filhos Jair Renan e Flávio também testaram positivo.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Tom Hanks
O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
Foto: picture-alliance/AP/Invision/J. Strauss
Sophie Gregoire Trudeau
Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
Foto: Reuters/P. Doyle
Boris Johnson
No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Dawson
Ambrose Dlamini
O primeiro-ministro de Essuatíni (antiga Suazilândia), Ambrose Dlamini, contraiu o coronavírus e morreu em decorrência da covid-19, em dezembro de 2020. Ele tinha 52 anos e chegou a ser internado em um hospital da África do Sul, mas não resistiu.
Foto: RODGER BOSCH/AFP
Hamilton Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou no final de dezembro de 2020 que havia testado positivo para a covid-19. Ele ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu, em Brasília. Antes de receber o diagnóstico, o vice-presidente teve dor no corpo, dor de cabeça e febre que não passou de 38 graus. Em março de 2021, ele recebeu a primeira dose da Coronavac.
Foto: Sergio Lima/AFP
Larry King
O lendário apresentador de TV americano Larry King morreu em janeiro de 2021, em decorrência da covid-19. Ele tinha 87 anos e comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN há mais de duas décadas.
Foto: Radovan Stoklasa/REUTERS
Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 62 anos, anunciou no começo de abril de 2021 que contraiu o coronavírus. Segundo a Unidade Médica Presidencial, ele não teve sintomas, graças à imunização pela vacina russa Sputnik V, recebida dois meses antes.