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Agência alemã para refugiados acusada de irregularidades

21 de abril de 2018

Após denúncias de concessões ilícitas de refúgio, departamento federal revela problemas com falta de confiabilidade e incompetência profissional de tradutores-intérpretes. Ministério Público da Alemanha investiga.

Deutschland Bundesamt für Migration und Flüchtlinge
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann

Ameaçado por um possível escândalo de corrupção, o Departamento Federal para Migração e Refugiados (Bamf) da Alemanha apresenta agora problemas com seus tradutores-intérpretes, já tendo despedido mais de 2 mil deles por falta de confiabilidade e incompetência profissional.

Em 2017, a agência já encerrara a colaboração com 30 intérpretes "devido a infrações do código de conduta", noticiou neste sábado (21/04) o jornal Bild, com base na resposta do Ministério do Interior a um questionamento parlamentar do partido A Esquerda.

Leia mais:Bremen investiga esquema de concessão ilegal de refúgio

O motivo teriam sido problemas com a confiabilidade e neutralidade dos colaboradores. Em diversos casos, "várias transgressões acumuladas" teriam levado ao fim do contrato. Além disso, prossegue o relatório ministerial, em 2017 e 2018, um total de 2.100 outros tradutores-intérpretes foram excluídos de novas tarefas junto ao departamento, sobretudo devido a falta de qualificação.

Atendendo a consulta da agência de notícias DPA e sem citar números precisos, o Bamf confirmou que no passado se desligou de diversos intérpretes por violação do dever de neutralidade.

Refúgio ilegal em Bremen

As dificuldades com a assistência linguística não são o único problema presente do órgão federal. Na sexta-feira divulgou-se que a atualmente suspensa diretora de sua sucursal na cidade-estado de Bremen teria concedido refúgio a cerca de 1.200 requerentes, sobretudo da minoria religiosa yazidi, que não preenchiam os quesitos legais para tal.

O Ministério Público abriu inquérito por venalidade e "formação de quadrilha com o fim de fomentar requerimento abusivo de refúgio". Além da funcionária, haveria cinco outros implicados, entre os quais três advogados e um intérprete. Sua motivação ainda não está esclarecida, mas no caso diretora aparentemente não se tratou de interesse pecuniário.

Diante das denúncias, o ministro alemão do Interior, o social-cristão Horst Seehofer, prometeu investigar em profundidade as suspeitas de corrupção no Departamento Federal para Migração e Refugiados.

"Quero saber se existem aqui falhas do sistema que possibilitam tais coisas", declarou, ressalvando que não pretende colocar os funcionários do Bamf sob suspeita generalizada.

AV/afp,dpa

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