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Agência da UE indica vacina da Moderna para adolescentes

23 de julho de 2021

EMA amplia recomendação do imunizante para crianças de 12 a 17 anos após testes com mais de 3.700 indivíduos. É a segunda vacina com indicação da autoridade sanitária para a faixa etária, depois do inoculante da Pfizer.

Adolescente é vacinado no Chile
Chile é um dos países que já iniciaram vacinação de adolescentesFoto: Martin Bernetti/Getty Images/AFP

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ampliou nesta sexta-feira (23/07) a recomendação da vacina da Moderna para adolescentes entre 12 e 17 anos. O imunizante contra a covid-19 era autorizado atualmente na União Europeia apenas para maiores de 18.

A agência estabeleceu para este grupo etário as mesmas indicações estabelecidas para os adultos, ou seja, administração em duas doses, com intervalo de quatro semanas e na parte superior do braço.

O regulador europeu afirmou que pesquisas em mais de 3.700 indivíduos entre 12 e 17 anos mostraram que a vacina da Moderna produziu uma resposta de anticorpos comparável ao do outro grupo.

Até agora, a vacina da parceria Pfizer-Biontech tem sido a única opção para crianças a partir dos 12 anos nos Estados Unidos e na Europa.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA está considerando estender também o uso da vacina da Moderna a adolescentes.

Com o fornecimento global de vacinas ainda limitado, grande parte do mundo está ainda tentando imunizar todos os adultos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências pediram aos países ricos que doem suas doses para nações em desenvolvimento – onde menos de 2% da população foi vacinada – em vez de passar a inocular sua parcela da população menos vulnerável.

Efeitos colaterais

Braços doloridos, dor de cabeça e fadiga foram os efeitos colaterais mais comuns entre os jovens que receberam a vacina, os mesmos que nos adultos.

Reguladores americanos e europeus alertam, no entanto, que tanto as vacinas da Moderna e da Pfizer parecem estar associadas a uma reação extremamente rara em adolescentes e jovens adultos: dor no peito e inflamação no coração.

Nos Estados Unidos, as crianças representam cerca de 14% da população total de casos de coronavírus até o momento. E embora os jovens sejam muito menos propensos a adoecer gravemente do que os velhos, pelo menos 344 crianças morreram de covid-19 só nos EUA, de acordo com uma contagem da Academia Americana de Pediatria.

Até agora, nos EUA, pouco menos da metade da população está totalmente vacinada – com as taxas mais altas, não surpreendentemente, entre os adultos. Apenas um quarto dos jovens de 12 a 15 anos, que tiveram acesso à vacina da Pfizer a partir de maio, já tomou sua segunda dose, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Entre
aqueles de 16 e 17, cerca de 37% estão totalmente vacinados.

Testes em crianças menores

Tanto a Pfizer quanto a Moderna começaram os testes em indivíduos ainda mais jovens, de 6 meses a 11 anos de idade. Esses estudos são mais complexos: os adolescentes recebem a mesma dose que os adultos, mas os pesquisadores estão testando doses menores em crianças mais novas. Os primeiros resultados entre crianças em idade escolar são esperados para setembro.

O regulador de medicamentos da UE disse que continuaria a monitorar a segurança e eficácia da vacina da Moderna em crianças, enquanto ela estiver sendo usada nos países membros da UE.

Embora alguns países tenham autorizado a vacina da Pfizer-Biontech para menores de 18 anos, nem todos decidiram começar a usá-la, citando os riscos mínimos que as crianças enfrentam com o coronavírus.

No Reino Unido, por exemplo, o regulador liberou a vacina da Pfizer para pessoas entre 12 e 15 anos, mas as autoridades de saúde até agora se recusaram recomendar a vacina para menores de 18 anos, a menos que tenham condições médicas que justifiquem a aplicação.

md/ek (AP, Efe)

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