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Ahmadinejad se declara disposto a negociar com EUA

10 de fevereiro de 2013

A conversa entre os dois países depende da vontade de Washington de diminuir as sanções econômicas contra Teerã, diz presidente iraniano. Segundo ele, é impossível negociar sob pressão.

Foto: picture-alliance/dpa

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, demonstrou neste domingo (10/02), durante as comemorações do 34° aniversário da Revolução Iraniana, estar disposto a conversar com os Estados Unidos sobre o programa nuclear do seu país. Porém, segundo Ahmadinejad, essa conversa só será possível se a outra parte deixar de pressionar o Irã.

"Parem de apontar armas para a nação iraniana, e eu pessoalmente negociarei com vocês", afirmou o chefe de Estado a milhares de cidadãos reunidos. Estes participavam dos comícios organizados pelo governo no país inteiro para comemorar o aniversário da Revolução Iraniana de 1979.

No seu discurso, Ahmadinejad afirmou que a conversa é a melhor solução para esse conflito. "Vocês já fizeram de tudo para nos impedir de ter um programa nuclear, e falharam. A melhor solução é a cooperação e o entendimento."

Milhares participaram das comemorações do 34° aniversário da Revolução IranianaFoto: picture-alliance/dpa

Sequência incerta

Washington já se havia declarado disposto a conversar com o governo iraniano sobre o seu programa nuclear. Entretanto, na última semana foram adotadas novas medidas punitivas contra Teerã. Ainda não é possível saber, qual será o efeito das palavras de Ahmadinejad, já que na última quinta-feira o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, havia rejeitado qualquer proposta de negociação direta com os EUA.

As medidas punitivas contra o Irã têm causado uma grande crise econômica, ao quebrar o sistema bancário do país e limitar as exportações de petróleo, sua principal fonte de receita. As últimas sanções aumentaram a inflação e diminuíram o poder de compra da população.

Uma tentativa de negociação sobre o programa nuclear iraniano, com a participação dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mais a Alemanha, está marcada para 26 de fevereiro, no Cazaquistão. As potências ocidentais acusam o Irã de estar construindo armas atômicas, enquanto este defende seu direito de enriquecer urânio para fins civis.

CN/afp/rtr
Revisão: Augusto Valente

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