Air Berlin leiloa de assentos a cobertores da 1ª classe
19 de janeiro de 2018
Em processo de insolvência, segunda maior empresa aérea alemã vende diversos objetos para indenizar credores. Devido ao grande número de interessados, lance para um copo com a logomarca da companhia já está em 100 euros.
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A companhia aérea Air Berlin, que está em processo de insolvência, pôs à venda até 1º de fevereiro, por meio de um leilão eletrônico, parte de seu patrimônio, incluindo objetos como assentos de aeronaves e cobertores usados na primeira classe de rotas intercontinentais.
O dinheiro arrecadado será usado para indenizar os credores da segunda maior empresa aérea alemã, que deixou de operar em outubro de 2017.
Entre os destaques do inventário estão modelos em miniatura do Airbus A320, cujo lance já está em 200 euros (cerca de 780 reais), uma réplica de seis metros do Boeing 737 a partir de 6 mil euros (23.580 reais), guarda-chuvas por 45 euros (175 reais), mantas (um par) por 200 euros (785 reais) e caixas com cem dos famosos chocolates em forma de coração, que a empresa dava aos passageiros, por 332 euros (1.300 reais) cada.
Mais de 50 mil interessados já se registraram no site da casa de leilões Dechow, de Hamburgo, para participar da venda dos objetos. E, com o grande interesse, os lances já subiram. Por exemplo, um copo de café com a logomarca da empresa aérea, que tinha lance inicial de um euro (cerca de 3,90 reais), está em 100 euros (cerca de 390 reais) apenas 24 horas após o início do pregão.
"O leilão começou de forma promissora e, até o final dele, os preços dos produtos poderão aumentar significativamente. Algumas centenas de milhares de euros certamente entrarão no caixa", afirmou Jan Bröker, diretor da Dechow, em Hamburgo, responsável pelo leilão. "Outras companhias aéreas poderão ter interesse, por exemplo, nos VIPlounges em aeroportos ou nos móveis usados pela empresa aérea."
O dinheiro arrecadado será repassado para a massa falida – quer dizer, será agregado aos ativos que serão usados para indenizar os credores da segunda maior companhia aérea alemã, apenas atrás da Lufthansa, que faliu depois de acumular mais de 1,8 bilhão de euros de dívidas.
As pessoas físicas que derem os maiores lances pelos produtos deverão pagar ainda uma taxa extra de 15% do valor para a casa de leilões e o imposto de valor agregado (IVA). Já empresas que adquirirem grandes quantidades para revender poderão, em certas circunstâncias, ficar isentos do IVA – que será cobrado na revenda para particulares.
A aposentada Anne Brüningshaus, da cidade de Remscheid, foi uma das poucas pessoas que participou da visitação dos lotes do inventário em Essen, no sudoeste alemão.
"Meu filho é curioso e coleciona objetos, por isso viemos mesmo com o mau tempo", explicou Brüningshaus, sentada num assento da classe business (lance no valor de 2 mil euros, ou cerca de 7.850 reais).
Marcus Engler, gerente de uma empresa na área de gastronomia em Gelsenkirchen, afirmou que sua firma analisa a compra de meia dúzia de carrinhos de serviço de bordo (cada um por cerca de 400 euros, ou cerca de 1.570 reais) para distribuir comida em festas. "Algum dia poderemos organizar uma revival party com o tema Air Berlin", afirma Engler.
A empresa se declarou insolvente em 15 de agosto do ano passado depois que sua principal acionista, a Etihad Airways, anunciar a retirada de ajuda financeira à Air Berlin por não ver "perspectivas positivas". A companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos detém 29,2% das ações da companhia aérea alemã, que tinha como principais bases os aeroportos de Tegel, em Berlim, e o de Düsseldorf.
No mesmo dia, o governo alemão forneceu um crédito de 150 milhões de euros para a companhia alemã manter o plano de voos até o final de outubro e evitar que deixasse milhares de passageiros no chão. Em 28 de outubro, a Air Berlin – fundada em 1978 e que cresceu com o boom das companhias aéreas de baixo custo e com voos de Berlim para Maiorca, na Espanha – deixou de voar definitivamente.
FC/efe/dpa/rtr/ap/ots
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Os voos mais curtos e longos do mundo
O que você acha de fazer uma viagem de apenas dois minutos – ou 16 horas – num avião? Veja as rotas nacionais e internacionais mais curtas e longas do mundo.
Foto: picture alliance/dpa/T.Scholz
Rota mais curta com um Airbus A380
A Emirates lançou em 1º de dezembro de 2016 o voo mais curto do mundo operado por um Airbus A380. O gigante dos céus voa entre Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Doha, no Catar, percorrendo a distância de 379 quilômetros em 1 hora e 20 minutos. A configuração da aeronave usada no trajeto é de três classes, sendo 429 assentos na econômica, 76 na business e 14 na primeira classe.
Foto: picture alliance/dpa/T.Scholz
Rota doméstica regular mais curta
A empresa aérea regional escocesa Loganair opera o voo doméstico mais curto do mundo entre Westray (foto) e Papa Westray, nas Ilhas Orkney, no norte do país. O turboélice Britten Norman Islander, de apenas oito lugares, percorre 2,7 km em dois minutos. Se as condições de vento estiverem ideais, a viagem leva apenas 47 segundos.
Foto: picture-alliance/ANE Edition
Doméstica mais longa sobre território não contínuo
O voo "doméstico" mais longo do mundo é a rota entre Paris e ilha de Reunião, um departamento ultramarino francês localizado entre as ilhas de Madagascar e Maurício, no Oceano Índico. A distância de cerca de 9.300 quilômetros é percorrida em cerca de 11 horas de viagem. As companhias Air France (foto), Corsair e Air Austral oferecem a rota em voos sem paradas a partir da capital francesa.
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Doméstica mais longa sobre território contínuo
O título fica com o voo entre Moscou e Vladivostok, a maior cidade portuária russa no Pacífico: são 6.990 km (8h25) na ida, e 6.960 km (9h10) na volta. Na segunda colocação, mas não muito longe do primeiro lugar, está o trajeto da capital russa à Petropavlovsk-Kamchatski, no Pacífico: são 6.970 km (8h45) na ida, e 6.930 km (8h45) na volta. Aeroflot (foto) e sua subsidiária Rossiya fazem o trajeto.
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Rota internacional regular mais curta
A companhia aérea austríaca People’s Viennaline lançou no final de 2016 o voo entre o aeroporto de St. Gallen, na Suíça, e Friedrichshafen (foto), no extremo sul da Alemanha. O trajeto, de apenas oito minutos para percorrer os 20 quilômetros de distância, é feito com jatos E170 da fabricante brasileira Embraer para 74 passageiros. O tíquete de ida custa 40 euros (cerca de 140 reais).
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Rota internacional regular mais longa em tempo
O voo da Emirates entre Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Auckland (foto), na Nova Zelândia, é atualmente o mais longo do mundo em termos de tempo. O Airbus A380-800 da companhia leva 16h05 no voo de ida e 17h15 no da volta para percorrer os cerca de 14.200 km de distância entre as duas cidades.
Foto: picture-alliance/dpa
Rota internacional regular mais longa em distância
Uma mudança no trajeto de ida entre Nova Délhi e São Francisco, nos EUA, deu o título à Air India (foto). Antes, a rota passava sobre o Atlântico e, agora, é feita sobre o Pacífico. Apesar de o percurso ter ficado 1,4 mil km mais longo (chegando a 15,3 mil km), ele ficou até duas horas mais rápido, já que o Boeing 777-200 aproveita os fortes ventos de cauda e leva 15 horas na ida e 16h15 na volta.
Foto: picture-alliance/AP Photo
E a disputa pelo voo mais longo continua...
A Air India, porém, não deverá segurar por muito tempo o título de voo mais longo em distância. A Singapore Airlines se prepara para relançar em 2018 seu voo entre Cingapura e Nova York (foto), nos EUA. Ele será o mais longo em tempo e distância: o Airbus A350 da empresa irá percorrer os 16,5 mil km em 19 horas.
Foto: picture alliance / empics
Avianca Brasil
O voo doméstico mais curto da empresa, e também o mais rápido, é de Goiânia/GO para Brasília/DF: são percorridos 163 km em 45 minutos. Já o mais longo é de Guarulhos, em São Paulo, para Fortaleza/CE: 2.337 quilômetros em 3h32. Já o voo mais longo, e também o mais demorado, é da capital cearense para Bogotá, na Colômbia: 4.069 quilômetros em 5h50 de viagem.
Foto: Divulgação/Avianca Brasil
Azul
A rota de Recife/PE a João Pessoa/PB é a mais curta: o turboélice ATR-72 percorre 109 km em 44 minutos. O mais longo é de Campinas/SP a Manaus/AM: 2.620 km em quase 4 horas com um Embraer E195. Para o exterior, o mais longo é de Campinas para Lisboa, em Portugal, com 9.025 km em 10h10 com o Airbus A330 (foto). O mais curto é de Porto Alegre/RS para Punta del Este, no Uruguai: 653 km em 1h58.
Foto: Divulgação/Azul Linhas Aéreas Brasileiras
GOL
A rota nacional mais curta liga as duas principais cidades da Paraíba: Campina Grande e João Pessoa em 31 minutos (106 km). Já a mais longa é do Galeão, no Rio, a Manaus/AM – são 4h10 (2.840 km). Já nas internacionais, a mais rápida é de Belém/PA para Panamaribo, no Suriname: são 1.062 km em 1h55. A mais longa liga Guarulhos à caribenha Punta Cana, na República Dominicana: são 5.221 km em 7h05.
Foto: GOL Linhas Aéreas Inteligentes
Latam Brasil
O voo doméstico mais longo da empresa liga o Galeão, no Rio, a Manaus/AM; e o mais curto, de Goiânia/GO para Brasília/DF. São, respectivamente, 4h02 (2.847 km) e 38 minutos (163 km). Já o internacional mais longo é de Guarulhos, em São Paulo, para Frankfurt, na Alemanha: são 9.799 km em 11h50. Já o mais curto é de Assunção, no Paraguai, para Guarulhos: 1.137 km em 2 horas de viagem.